O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


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MoisAs32 31/01/2024

OBRIGATÓRIO
Ai vey, francamente, não existe moral e ética quando vc é pobre, pq vc vai ter que escolher entre SOBREVIVER ou MORRER na periferia das cidades. Não posso julgas as trambicagens dos personagens, mas coitada da ex escrava lá
Em fim, muitas discussões sobre o protagonismo, mas acredito que o próprio cortiço seja o protagonista
Quem disse que pra ser protagonista tem que, obrigatoriamente, ser um ser vivo?
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paulajustino13 31/01/2024

Revolta
Decidi me aventurar lendo um clássico, minha única experiência foi há mais de dez anos na escola lendo ?Capitães da Areia?. Uma leitura maçante, cheia de palavras difíceis, até a metade do livro eu passei mais tempo no dicionário do que lendo. Beleza, livro de época, mas não farei de novo. Não gostei do estilo e odeio com todas as forças aquele velho *palavrão* do João Romão.
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Verônica Raal 30/01/2024

Um livro que retrata o Brasil de hoje
O Cortiço foi escrito por Aluísio Azevedo, grande crítico da sociedade urbana e das instituições formais do século XIX. Sua obra é considerada o grande percurso do gênero naturalista na literatura brasileira.

Ou seja, os personagens são estereotipados e têm as suas ações influenciadas pelo meio social e econômico onde vivem. São movidos por instintos naturais, como os sexuais e os de sobrevivência.

Nesta obra o personagem principal é o próprio Cortiço de São Romão, localizado no bairro de Botafogo. Local que, apesar de hoje ser uma região privilegiada, na época era um grande sertão. Seu dono chama-se João Romão, português ávido por enriquecer. Há todo um arranjo político em torno desse espaço. João Romão é um pseudoabolicionista que ?escraviza? Bertoleza, sua amante, que trabalha dia e noite.

Seu delírio de enriquecimento torna-se mais forte quando ao lado de seu cortiço o outro português, o comerciante Miranda, torna-se seu vizinho e adquire o título de barão.

O cortiço é construído por Romão com a exploração de Bertoleza (escrava que almeja a alforria) e de seus empregados. E o mesmo não mede esforços para alcança sua ascensão econômica e social, furtando e cometendo todos os tipos de atrocidades possíveis.

Desta maneira, o livro aborda questões que continuam atuais, como a da luta de classes, a luta financeira que se revela através dos explorados e do explorador. Por isto, um dos temas principais é a desigualdade social e econômica.

Além do mais, o Cortiço resgata o drama da transição do trabalho escravo para o trabalho livre. João Romão aproveita o momento, como outros capitalistas em ascensão, para submeter os trabalhadores e especialmente os ex-escravos a um outro tipo de dominação, igualmente dramática.

A linguagem do livro é um grande desafio. Por isto, é importante compreender que o livro trata-se de uma crítica irônica a um recorte específico de tempo e espaço do século XIX. Para que se perceba o compromisso da prosa realista da denúncia e das pequenas mazelas da sociedade.

Assim, em termos ideológicos, políticos e sociais o livro fornece ferramentas para a compreensão do mundo. Em suma, para a compreensão dos problemas existentes ainda hoje em nossa sociedade. Por isto, para esta obra fenomenal, daria até mais que 5 estrelas.
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Raphael Clezar 30/01/2024

O Cortiço e quem o narra
O Cortiço é uma dessas obras que eu me pego pensando sobre tempos depois de terminar a leitura, e eu acho que esse é o aspecto mais forte do romance.

Não sou muito fã das descrições naturalistas, especialmente em um livro com uma linguagem tão rebuscada quanto o português do século 19, com todas as longas descrições dos eventos e das locações. Acho a leitura, especialmente no começo, um pouco maçante, mas tu vai se acostumando.

A história de João Romão e como sua ambição e sede por capital vai crescendo é interessante de se analisar e acompanhar. Bertoleza então, uma personagem tão dedicada e forte que é tratada com tanto desdém por João e pelo narrador. É um retrato da injustiça social do Brasil.

Isso tudo sem mencionar o cortiço em si é como a história das pessoas que vivem dentro dele vão se desenvolvendo. Confesso que aqui acho que as várias tramas vão ficando meio cansativas de acompanhar (de novo por conta dessa escrita que eu não sou tão fã). Acho os problemas e ideias que surgem bem interessantes, especialmente com a história da Rita Baiana e de Jerônimo, mas ir lendo parágrafo por parágrafo é um pouco cansativo.

Dito isso, o narrador, e como ele narra o que ocorre no livro, é o que mais me chama atenção. Usando um narrador com uma visão escravista e de homem branco, a abordagem naturalista, uma narração mais distante e observadora, é colocada de ponta cabeça ao introduzir o elemento de um narrador tão enviesado. Junto com Bertoleza, o cortiço e o João, acho o narrador um dos personagens mais importantes do livro.

Pode ser um pouco chato o ponta-pé inicial da leitura, e tem algumas partes mais entediantes, mas o conjunto da obra vale a pena.
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Rafa 30/01/2024

Relato selvagem do Brasil
Achei que seria um livro monótono e de caráter descritivo, como é de se esperar de um romance clássico. Mas foi completamente o contrário, é cheio de ação, barraco, injustiças, violência e pobreza. Inclusive há gatilhos de violência doméstica a abusou sexual do qual eu não tinha o prévio conhecimento, pensa no susto! Mesmo enojada com algumas coisas o livro é uma amostra Brasil do século XIX na sua mais pura identidade. Com desejo aristocrata, capitalismo selvagem atrelado ao racismo e síndrome de vira-lata.
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Sarah587 28/01/2024

Tadinha da Bertoleza...
Esse livro eu já comecei umas 3 vezes em toda a minha vida e hoje finalmente terminei.
Com o tempo acredito que os dilemas tratados na história me prenderam mais.
Interessante ver as histórias, mudanças de planos e de vida das pessoas. E um dos finais mais tristes que já li... O puro suco da traição humana...
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herxnjudx 26/01/2024

A hipocrisia e a realidade crua retratadas com perfeição
Só esse último trecho do livro(com todo o contexto) consegue resumir perfeitamente toda a trajetória do cortiço.

?Era uma comissão de abolicionistas que vinha, de casaca! trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito. Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.?

Tem motivo pra ser clássico.
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malu517 26/01/2024

Um livro muito bom, tem personagens horríveis que eu queria muito que sumissem e tem personagens que eu só conseguia sentir pena
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juu 25/01/2024

O Cortiço
Obra publicada em 1890 por Aluisio de Azevedo, retrata a vida dos moradores do cortiço no Rio de Janeiro. Uma narrativa importante para conhecer sobre a formação das camadas sociais brasileiras que adveio do capitalismo.
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Cassiane.Schultz 25/01/2024

Aquela exuberância brutal de vida
Sobre a obra:

Vi algumas pessoas que resenharam falando que é um livro racista, xenofóbico, trata abuso sexual e homicídio com leviandade, e eu concordo com tudo isso, mas não consigo culpar a obra e nem o autor e sim o contexto histórico. No meu ponto de vista, o autor apenas retratou a realidade cruel da época.

Só que o mais revoltante é ver que o racismo, as questões políticas, econômica, entre outros temas abordados, ainda são pautas atuais, essa obra é necessária pra fazer a gente refletir, tudo que já evoluímos, mas também o que ainda precisa ser trabalhado.

Sobre a leitura:

Desde o início a leitura me prendeu, gosto de livros com bastantes personagens, todos diferentes entre si, me senti apegada as pessoas do cortiço, mesmo a maioria não sendo totalmente boas, me pareceu que eram apenas ?vítimas? do meio e da sociedade. O João Romão é com certeza o algoz do livro e infelizmente não teve o final que merecia, mas se fosse vida real ele provavelmente também não teria.
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Eliane406 23/01/2024

Uma obra de extrema importância para entender a sociedade
?A importância real de uma literatura clássica se encontra na obra "O Cortiço", a linguagem, a realidade faz parte do movimento Naturalista, uma das obras mais importantes desse movimento que denuncia diante de um ambiente degradado o comportamento humano.
?O enredo denuncia problemas sociais existentes no século XIX e muitos ainda existentes hoje no século XXI, como pobreza, adultério, corrupção, formação de moradias em lugares inapropiados, e a maneira como as pessoas desses conglomerados viviam, explorados por alguém que enriquece a custa das necessidades dos mais pobres, e também trata de tabus da sociedade, como homossexualidade, alcoolismo e prostituição.

?A obra tem dois fatores: o naturalismo que é a observação fiel da realidade, retratando as mazelas sociais, os defeitos humanos, o comportamento humano e a critica social que se faz atual, demonstrando problemas antigos que vivenciamos hoje, a formação das favelas, pobreza, brigas, exploração e preconceito.

?"Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordavs, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia"
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Céu cheio de estrelas 23/01/2024

O contexto é o mesmo fora e dentro do livro. O narrador, que seria o próprio Aluísio vivendo seu tempo, entra no cortiço, um espaço cheio de casebres, sem qualquer olhar estatal, e narra a vida de cada um de seus principais habitantes. Dentro dessas casinha simples de gente que vive duramente à margem da sociedade conhecemos o malandro carioca, as rodas de samba, a pobreza, as meninas e mulheres que sofrem todo tipo de violencias, o racismo, naturalizado pelo autor e pelos personagens e especialmente as questoes de raça e classe social: entre pretos e os brancos; brasileiros e portugueses e finalmente entre portugueses ricos e portugueses pobres que imigraram para o Brasil no tempo do Brasil abolicionista (demonstrado de forma satírica e muito sutil). Com muitas ressalvas e considerando o contexto, um bom livro!
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Jucier0 23/01/2024

Clássico
"O Cortiço", um clássico da literatura brasileira escrito por Aluísio Azevedo, é uma obra marcante do naturalismo no país. Publicado em 1890, o romance oferece uma visão crua e realista da sociedade brasileira do final do século XIX, centrando-se em torno da vida em um cortiço no Rio de Janeiro. A narrativa descreve a vida cotidiana dos moradores deste ambiente, que é um microcosmo da sociedade brasileira da época, apresentando uma gama de personagens de diferentes origens étnicas e sociais. O autor utiliza esses personagens para explorar temas como a pobreza, o preconceito racial, a exploração econômica e a luta pela sobrevivência.

Azevedo é habilidoso em descrever detalhadamente o cenário e os personagens, proporcionando ao leitor uma imersão na realidade do cortiço. As descrições são tão vívidas que quase se pode sentir o calor, a sujeira e o tumulto do lugar. Através desta obra, Azevedo critica a estrutura social e as injustiças da época, mostrando como o ambiente e as condições socioeconômicas influenciam o comportamento e o destino dos personagens. O romance é uma leitura essencial para compreender não só o naturalismo na literatura brasileira, mas também para obter uma perspectiva histórica e social do Brasil do século XIX.
Emerson295 16/02/2024minha estante
Muito bom!!




mayoko 22/01/2024

O cortiço
Quase não termino esse livro socorro, o início é bem fluido e intrigante e até absurdo em alguns momentos (esse é meio que o intuito então se mostrou muito bem aplicado), porém o meio é muitoooo parado em partes ainda muito intrigante mas a lerdeza consegue ser maior. Apesar disso o final volta a ser bem fluido e o final deixa você confuso e totalmente indignado, embora tenha dado apenas 3 estrelas é realmente um bom livro, talvez o livro que eu li que tenha deixado a leitura mais complicada (eu peguei a edição da Martin claret) até que recomendo pra quem tem o estômago e a mente fortes kkkkkk
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