Resenhas - Caetés

Julio.Argibay 22/02/2018

Caetes
Este foi o primeiro romance de Graciliano Ramos. Nele o autor retrata o cotidiano de uma pequena comunidade de Alagoas, terra do autor. A estória eh contada de forma simples, realista e sem floreios. Os personagens são aqueles comuns do povo, seus temperamentos combinam com a secura do ambiente onde vivem suas vidas comuns.

Clari 07/02/2021

Livro interessante para compreender a geração de escritores da década de 30, porém achei o livro um pouco parado, faltava mais ação por parte de joão valério, que ora era corajoso, cheio de qualidades e inteligente e ora era assolado por uma autoestima baixissima. Esperava que ele e luísa ficassem juntos no final, porém nem isso ele foi capaz de fazer, visto que demorou DOIS meses pra ir atras dela depois da morte de Adrião.

Caio 25/12/2018

Livro bom para crítica de uma cidade interiorana.
Livro muito bom, simples, direto retrata a vida pacata de Palmeira dos índios interior de Alagoas onde é um lugar pequeno e todos se conhecem, as fofocas, e assutnos triviais correm solto na cidade. João Valério é o principal, trabalhava na firma de Graciliano e João anseia a vida do Chefe: O chefe tinha prestígio o João queria muito mais também, e queria sua esposa, seu lugar na empresa, fala da inveja do João perante ao chefe, ele gostaria de se tornar maior, participar mais da alta sociedade, pois ele era um guarda livros simples, nao estava contente onde estava. Ele até cita se comparando ao seu chefe: Sou mais jovem, conhecimento em literatura, e mais bonito. Ele tem desejo de escrever uma obra sobre tribo Caétes que é canibal, onde ele não tem embalsamento histórico nenhum para escrever nada, mas ele quer lançar um livro só para ter sucesso e fama se tornar maior que o seu chefe. Enfim, o livro é bom pois tem resquícios do realismo e faz uma crítica a pacata sociedade que vive de aparências, de fofoca, de status social almejado por todos. 4/5.

Raphael 16/12/2019

Livro de mediano para bom. Em uma primeira leitura, não me conquistou totalmente, embora a leitura tenha sido rápida (4 dias); sensação que a tensão envolta na obra pouco me "perturbou". Ficou uma percepção que o próprio Graciliano iria conseguir desenvolver com mais brilhantismo a questão da paixão doentia anos depois, no livro "Angústia".

Bárbara 21/04/2020

Literatura brasileira
Sempre bom ler uma história de um brasileiro, ainda se tratando de um escritor como Graciliano Ramos.
A simplicidade da escrita e a história onde se passa, faz a gente viajar e se vivêssemos em Palmeira dos índios.

Hilton Neves 24/04/2020

Uma descrição pungente dos anti-heróis duma pequena cidade alagoana combina com uma inteligente de sua paisagem. Um pouco chocante na página 64. E alguns acontecimentos depois, Nazaré, o tabelião de Palmeira dos Índios, exibe um lance magistral e ferino em direção a Valério enquanto eles jogam xadrez! Peraí... o Peninha vem nos ensinando errado! ... Não foram os charruas que comeram o Bispo.

Flávia 19/05/2020

Mais uma vez, Graciliano demonstra seu trato impecável com a linguagem e as técnicas literárias. Em Caetés, João Valério narra a sua história como tabelião da firma de Adrião Tavares e sua paixão pela esposa do patrão, Luísa. Com um ar introvertido e suscetível a devaneios, Valério emprega seu tempo a escrever um romance inacabado que trata dos índios Caetés. Durante o livro, João Valério, ao refletir sobre o adultério com a esposa do amigo, percebe-se muito semelhante aos índios antropofágicos de seu romance. Os indígenas devoraram o bispo Sardinha e ele, movido pela paixão, acaba com a vida de seu patrão e amigo.

Desnorteada 26/12/2020

As vezes nem tudo o que desejamos é realmente o que queremos. E quando se obtém, perde a graça. João Valério... Me parece um cafajeste.

Thiago Barbosa Santos 17/01/2021

Caetés
Este foi o primeiro livro publicado por Graciliano Ramos. O protagonista é João Valério e a história se passa em Palmeira dos Índios, em Alagoas, cidade onde Graciliano chegou a exercer o cargo de prefeito.

O narrador e personagem principal dessa história trabalha em uma empresa comercial pertencente a Adrião. O patrão é um homem mais velho, já bastante doente, que vive à beira da morte, uma espécie também de protetor e grande amigo de João Valério.

O problema é que João Valério é ambicioso, ainda se apaixonou por Maria Luísa, com quem teve um envolvimento amoroso. A relação ganhou o conhecimento do público até que chegou a Adrião através de uma carta anônima.

Ele é questionado por Adrião e consegue convencê-lo de que tudo não passa de boatos. João Valério chega a se afastar de María Luísa, mas não das benesses do cargo que ocupava na firma comercial.

O nome Caetés é uma analogia com a história do nativo selvagem Caeté, que devorou o Bispo Sardinha. João tem um lado selvagem como um nativo canibal ao devorar seu amigo Adrião, para conseguir poder.

Maria Luísa também era ambiciosa e pensava em ficar com o que era do marido. Adrião finalmente faleceu. O livro termina mostrando João Valério tentando se reaproximar da moça e ela se tornando um tando inacessível.