Resenhas - Recursao

Pedro.Farinha 16/03/2021

SORTEIO
Poucas obras de ficção lhe deixam sem reação. Me senti assim quando assisti o filme ?A Origem? pela primeira vez, e me senti assim com esse livro. Nos dois casos, a viagem é muito mais importante do que a lógica em si. São mentiras contadas para se chegar em uma verdade maior. Uma linda verdade. Sim, muitas vezes esse livro é confuso, mas cada nova revelação é prazerosa.
O livro é intenso e instigante do começo ao fim, e levei apenas um dia para lê-lo. A pseudociência fajuta é completamente eclipsada pelas situações criativas que surgem a cada viagem no tempo. Porém, gostaria que o livro fosse mais consistente. Alguns diálogos são fracos, enquanto outros são verdadeiras aulas de filosofia.
O final do livro é absolutamente completo e genial; um presente para o leitor.
Por último, gostaria de destacar a edição do livro pela editora Intríseca. A versão capa dura é impecável.


O sorteio desse livro será realizado no próximo sábado. Comentem uma ? e sigam minha página para participar.
Uma ? por pessoa.

Brujo 11/10/2021

As memórias constroem a realidade !
Um policial atende a um chamado para tentar impedir que uma mulher se jogue do alto de um prédio em NY. Ao chegar ao local da ocorrência, o policial conversa com a mulher que está sentada no parapeito chamada Ann Voss Peters, que lhe conta que está sendo assolada por uma enxurrada de memórias de uma vida inteira que ela nunca viveu, uma linha do tempo onde era casada e tinha um filho. E naquela manhã ela acordou e nem seu casamento e menos ainda seu filho sequer existiram. Me digam, como largar um livro que já começa assim ?
Recursão possui duas linhas narrativas distintas e que acabam se entrelaçando no decorrer da história: a primeira se passa em 2018 e narra a história do policial Barry Sutton, um homem assombrado pela morte da filha que ocorreu há 11 anos atrás e por um casamento fracassado. Barry passa a investigar o fenômeno conhecido como Síndrome da Falsa Memória, ou SFM, que desencadeia uma onda crescente de suicídios. Essa investigação leva sua história a se entrelaçar com a nossa segunda linha narrativa: Helena Smith é uma neurocientista brilhante, que tem como objetivo desenvolver uma tecnologia que mapeia e armazena memórias, com a finalidade de ajudar pacientes com Alzheimer, um mal que degenera a mente da mãe da cientista. Certo dia, Helena recebe uma oferta de financiamento de seu projeto feita por um bilionário muito conhecido chamado Marcus Slade, que a chama para trabalhar em uma base ultra-secreta no meio do oceano. Slade demonstra cada vez mais conhecer Helena muito bem e que talvez ele não seja a pessoa que parecia ser a princípio. A história de Helena se passa em 2007. E como ela se encontra com a de Barry em 2018? Somente lendo para descobrir.
Recursão me pegou desde suas primeiras páginas. A história é fluída, envolvente e com linguagem cinematográfica. Eu, que geralmente tenho certa dificuldade em imaginar na minha mente as imagens dos livros, via um filme passar conforme virava cada página. Aqui temos Sci-Fi, suspense, mistérios ( muitos ! ) e romance. Temos reflexões a respeito de perda, do luto, sobre o tempo e nossas escolhas na vida. Em diversos momentos da leitura eu me peguei pensando sobre o meu próprio passado e imaginando como seria a minha vida se tivesse tomado este ou aquele caminho.
Outro ponto positivo diz respeito aos personagens: todos eles são muito carismáticos e me conquistaram de imediato! Slade como antagonista é complexo, que acredita que suas ações são benéficas e que os fins justificam os meios.
Por último, eu também gostaria de citar que a história tem um ritmo alucinante e as coisas em determinado momento escalonam tanto rumo ao apocalipse que nós leitores nos perguntamos com frequência como é que tudo vai se resolver. Vi em algumas resenhas que o loop que ocorre na reta final do livro é cansativo, mas eu não poderia discordar mais, acho que ele se encaixa na história proposta e, a cada "ciclo", algo era acrescentado, senão ao enredo, pelo menos à carga dramática carregada pelos ótimos protagonistas.
Em suma, se você é fã de Sci-Fi ou de Thrillers, corra agora atrás desta preciosidade de livro! Você não vai se arrepender!!

Trilha sonora: Iron Maiden - Senjutsu (2021)

Wonderland of Books 21/11/2019

GENTE DE DEUS , QUE LIVRO CRAZY FOI ESSE ?

Esse autor sabe como escrever um livro que te deixa viciada para saber o que que vai acontecer.

Super recomendo!!

Isaac 14/12/2020

Angustiante
Não é fácil falar do que é Recursão sem dar spoilers. Foram 300 e poucas páginas de coração acelerado (às vezes tinha que parar de ler, juro!).
Acredito que a experiência deve ser muito melhor quando você lê sem esperar nada dele.
Meu conselho: não procure opinião de ninguém, evite spoilers, sequer leia a sinopse.
Esse livro me torturou demais. 5 estrelas.

Alane.Sthefany 23/02/2022

Recursão ? Blake Crouch
No livro, conhecemos Barry Sutton, um policial e investigador que perdeu a filha ainda adolescente e logo depois viu o seu casamento desmoronar; e Helena Smith, uma neurocientista que dedica toda a sua vida ao desenvolvimento de uma tecnologia para a cura do Alzheimer. Quando um dos homens mais ricos do mundo decide financiar o projeto de Helena, ela acredita que sua invenção irá salvar as pessoas que sofrem da doença ? inclusive a sua própria mãe. Mas o que acontece só poderia ser definido como caos.

O livro é contado por duas perspectivas, a de Barry e a da Helena.
Barry é um policial da cidade de Nova York, que ainda vive preso na terrível e trágica lembrança da morte de sua filha. O início se dá com ele sendo encarregado de uma emergência, para tentar salvar/impedir a Ann Voss Peters de uma tentativa de suicídio, operação responsável por ele se deparar com uma mulher que sofre com a Síndrome da Falsa Memória (SFM), uma doença misteriosa que vem atacando ultimamente as pessoas da cidade e que implanta na mente das pessoas que são acometidas por ela, lembranças de uma vida que elas nunca viveram.

Esse livro é incrível, não consigo expressar em palavras como eu me senti lendo-o. Perfeito !!!
Te deixa ansioso pelo que virá acontecer, como tudo terminará.

Amei ???

É aquele tipo de leitura que faz você fritar os neurônios com a suas teorias mirabolantes das quais o leitor faz no decorrer da história, pensando no que está acontecendo e no que acontecerá ao passo que vai lendo.

Depois dele, pretendo ler Matéria Escura, livro do mesmo autor. Só leiam !!!

Aproveitem os que adoram uma boa Ficção Científica. ??????

Super recomendo ??

?? Spoiler ??

.
. Trechos preferidos ????
.


Olha, eu já passei por isso. Já quis dar um fim a tudo. E aqui, na sua frente, posso dizer que hoje fico feliz por não ter feito isso. Por ter tido a força de enfrentar aquilo tudo. Esse momento difícil não é a história completa da sua vida, é apenas um capítulo.
[...]
Em breve mais um ano terá
acabado, e depois vai ser mais um avançando depressa, o tempo cada vez
mais veloz. A vida não é nada daquilo que ele esperava quando jovem,
vivendo sob a ilusão de que tinha o controle das coisas. Não podemos
controlar nada. Só aguentar o tranco.
[...]
É o momento mais solitário da madrugada, aquele que lhe é tão íntimo:
quando a cidade dorme, mas você não, e todos os remorsos da sua vida
assolam sua mente com uma intensidade insuportável.
[...]
Quando a era filha era pequena, tinha certeza de que havia um monstro no
baú ao pé de sua cama. Durante o dia, isso nem lhe passava pela cabeça, mas
bastava o sol se pôr e o pai sair do quarto depois de colocá-la para dormir
que ela o chamava de volta, toda vez. Ele voltava correndo, ajoelhava-se ao
lado da cama dela e lembrava à filha que tudo parece mais assustador à
noite. Que é coisa da nossa cabeça. Uma peça que a escuridão prega na
gente.
Agora lhe parece estranho que, décadas depois, com sua vida trilhando
um caminho tão distinto do que ele traçou para si, Barry se veja sozinho no
sofá de uma amiga, tentando aplacar os próprios medos com a mesma lógica
que usava com a mesma lógica que usava com a filha tanto tempo atrás.

Tudo vai parecer melhor pela manhã.
A esperança vai retornar com o raiar do dia.
O desespero é coisa da minha cabeça, uma peça que a escuridão prega.
[...]
? O que temos de mais precioso que as lembranças? ? pergunta ele. ?
Elas nos definem, formam nossa identidade.
[...]
Quero encontrar um meio de armazenar lembranças de
cérebros em processo de declínio, que já não podem mais acessá-las. Uma
cápsula do tempo para nossas memórias mais importantes.
[...]
Durante o colégio, e também na faculdade, foi encorajada
vezes sem-fim a encontrar sua paixão; a razão para se levantar da cama, para
continuar respirando. Em sua experiência, poucos são os que encontram
essa raison d?être.
O que os professores nunca lhe disseram foi sobre o lado ruim de
encontrar um propósito. A parte em que ele nos consome. Em que se torna
o pivô do fim de relacionamentos e da sua felicidade.
[...]
O tempo é uma ilusão construída pela memória humana. Não
existe passado, presente ou futuro. Tudo está acontecendo agora.
[...]
O ?agora? não passa de uma ilusão, um
efeito aleatório do modo como nosso cérebro processa a realidade.
[...]
(...) nossa percepção do tempo é tão falha
que não passa de uma ilusão. Todos os momentos são reais em igual
medida e todos estão acontecendo agora, mas nossa consciência, devido
à sua natureza, só nos dá acesso a um de cada vez. Pense na vida como
um livro. Cada página é um momento distinto, mas só conseguimos
apreender um momento, uma página de cada vez. Nossa percepção
limitada impede que tenhamos acesso a todos os outros. Impedia, até
agora.
[...]

Quando uma pessoa morre, ela apenas parece estar morta.
Mas continua bem viva no passado (?) Todos os momentos
? passado, presente e futuro ? sempre existiram, sempre
vão existir (?) É apenas ilusória a impressão que temos
aqui na Terra de que um momento se segue a outro, como
se fossem contas em um cordão, e, uma vez acabado o
momento, está para sempre acabado.

? KURT VONNEGUT, MATADOURO-CINCO

[...]
Você quer recomeçar sem mim?
? Não. Quero respirar o mesmo ar que você cada minuto de cada dia
da minha vida, não importa quantas linhas do tempo eu viva. Foi por
isso que eu o procurei. Mas essa cruz é minha, e sou eu quem deve
carregá-la.
[...]
Sua perspectiva muda
depois de incontáveis vidas.
[...]
É hora de admitir
nosso fracasso e deixar que o mundo se destrua, já que parece tão empenhado a fazer isso.
[...]
Uma verdade parece estar emergindo da
cacofonia de teorias e filosofias: ninguém tem a menor ideia do que
constitui a realidade. Santo Agostinho exprimiu perfeitamente isso, ainda
no século IV: ?O que é o tempo, então? Se ninguém me perguntar, eu sei;
mas, se explicar a alguém que me pergunte, não sei.?
[...]
Às vezes ele tem a sensação de
que algo já aconteceu e que está apenas vivendo lâminas incrementais,
momento a momento, sua consciência como a agulha nas ranhuras de
um disco já gravado: início, meio e fim.
Como se nossas escolhas ? nosso destino ? estivessem definidos desde nosso primeiro fôlego.
[...]
Barry sabe que, tecnicamente, quando olha para
determinado objeto, está olhando para o passado. Mesmo ao olhar para a
própria mão, a luz leva um nanossegundo (um bilionésimo de segundo)
para levar aquela imagem aos olhos.
[...]
De pé com o pai uma manhã no acesso para carros da casa deles em
Portland, os pássaros em silêncio, tudo quieto, o ar frio como a noite. A
expressão do pai enquanto assiste ao eclipse total é mais fascinante que o
eclipse em si. Quantas vezes testemunhamos nossos pais maravilhados?
[...]
A luz entrando por uma janela, e as sombras das folhas dançando na
parede acima do berço. É a lembrança que vinha procurando a vida inteira, e a força da gravidade da nostalgia
atrai sua consciência, porque isso não é apenas a lembrança
quintessencial de lar, é o momento mais perfeito e seguro ?antes de a
vida conter qualquer dor real.
Antes de fracassar.
Antes de perder pessoas que amava.
Antes de sentir o medo de que seus melhores dias já houvessem
passado.
Ele sente que poderia deixar sua consciência repousar nesta
lembrança como um velho numa cama quente e macia.
Viver este momento perfeito para sempre.
[...]
É isso o que você quer? Mergulhar numa espécie de natureza-morta da
memória porque se decepcionou com a vida?
Tantas vidas ele passou num estado de remorso perpétuo, voltando
obsessiva e destrutivamente a tempos melhores, a momentos que
desejava poder mudar? Durante a maior parte dessas vidas seu olhar se
manteve fixo no retrovisor.
Até Helena.
O pensamento vem quase como uma oração: Não quero mais olhar
para trás. Estou pronto para aceitar que a dor faz parte da existência.
Chega de tentar fugir, seja por nostalgia ou por uma cadeira da memória.
São a mesma merda.
Viver com um macete não é viver. Nossa existência não é algo a ser
arquitetado ou otimizado para evitar a dor.
É nisso que consiste ser humano: a beleza e a dor, pois uma não tem
significado sem a outra.
[...]

A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas
só pode ser vivida olhando-se para a frente.

? SØREN KIERKEGAARD

[...]

? Preciso lhe dizer uma coisa, Julia.
(...)
? Eu passei muito tempo com raiva de você.
? Eu sei ? diz ela.
? Achei que você tivesse me deixado por causa de Meghan.
? Talvez tenha sido. Não sei. Eu não conseguia continuar respirando
o mesmo ar que você naqueles dias sombrios.
? Eu acho que se nós dois pudéssemos voltar no tempo, mesmo se
pudéssemos de alguma forma impedir que ela morresse, você ainda teria
seguido seu caminho, e eu, o meu. Acho que nossa história não era para
ser para sempre. Talvez a perda de Meghan tenha abreviado nosso tempo
juntos, mas, mesmo se ela estivesse viva, ainda assim teríamos nos
divorciado.
? Você acha?
? Sim, e sinto muito por ter me apegado à raiva. Sinto muito por só
ver isso agora. Tivemos tantos momentos perfeitos, e por muito tempo
não consegui dar o devido valor a isso. Só conseguia olhar para trás com
arrependimento. O que eu queria lhe dizer é que eu não mudaria nada.
Fico feliz que você tenha entrado na minha vida. Fico feliz pelo tempo
que tivemos juntos. Fico feliz por Meghan, e porque ela veio de nós dois.
Ela não poderia ter vindo de outras pessoas. Eu não mudaria um único
segundo da nossa história.
Julia seca uma lágrima.
? Todos esses anos, eu pensei que você quisesse nunca ter me
conhecido. Achei que me culpasse por destruir sua vida.
? Eu estava de luto ? diz ele.
Ela aperta a mão dele.
? Sinto muito que não sejamos a pessoa certa um para o outro, Barry.
Você tem razão nisso, e sinto muito por todo o resto.
[...]
Barry faz seu pedido, e então se vê sentado
com sua cerveja, perguntando-se algo de disparar o coração: o que se diz
à mulher mais corajosa que já conheceu, com quem viveu meia dúzia de
vidas extraordinárias, com quem salvou o mundo, que salvou você de todos os modos concebíveis, mas que não faz ideia de sua existência?
.
.
.

Esse final, queria muito saber o que ele disse e as respostas das perguntas anteriores que ele fez para si mesmo antes de se virar para ela ???

Gabi 25/10/2019

Me tirou da zona de conforto... mas...
Se esse livro não tivesse vindo pelo Intrínsecos jamais o teria lido, Sci-Fi é um dos meus bloqueios literários e, sem dúvida, tenho preconceito quanto ao gênero.

Bem, a história se baseia no poder da nossa memória e o quão poderosas elas são. Achei a premissa interessante e fui ler.

O início do livro é mega rápido e também muito confuso, mas em poucas horas eu já estava praticamente no meio do livro e, sendo algo "novo" pra mim, senti que tava fluindo (apesar de cada vez mais confuso) e estava gostando da leitura. Do meio pro final é o oposto, totalmente arrastado e repetitivo. São idas e vindas num mesmo ponto onde nada de fato acontece. A história não anda.

Talvez toda a minha "confusão" esteja na inexperiência em ler ficção científica, mas, comparando a fantasia (no sentido de imaginarmos algo inexistente), o cenário desse livro me incomodou, as trocas de capítulos e de datas aleatórias, as trocas de livros (são cinco na mesma história, pra ajudar, rs). Não rolou pra mim...

Bruna | @bmartinssss 27/09/2020

Que livro incrível! Minha primeira experiência com o autor e só sei recomendar esse livro. Leiam, é perfeito!

Marília 17/10/2023

"Minha alma conhece a sua, não importa quando"
Simplesmente fenomenal kkkkk esse livro envolve vários temas que eu gosto física + viagem no tempo e seus loopings + ação + romance. Já comecei a ler com boas espectativas, mas elas foram superadas. Acho que tenho um novo livro favorito para lista kkkk

Dhi Ferreira 04/10/2019

"O tempo é uma ilusão construída pela memória humana. Não existe passado, presente ou futuro. Tudo está acontecendo agora."
O livro é bem interessante, me prendeu até quase o final. O modo como a história é construída, fez com que eu ficasse curiosa como o problema seria solucionado (ou msm se seria solucionado).

Eu não curto muito ficção científica, mas como os livros do clube são para me tirarem da minha zona de conforto, encarei a leitura. a parte que eu achei mais enfadonha e que fez eu dar 3 estrelas para o livro, foi o Livro 5. Já estava ficando chato aquelas incontáveis idas para o passado na tentativa de evitar que a SFM. Entendo que o nome do livro seja recursão por causa dessas idas e vindas, mas precisa ser aquilo tudo de vezes?? Já tinha dado para entender que eles estavam lascados.

Outro ponto, pelo que eu tinha entendido, não dava para voltar a uma memória que havia sido morta, eles descobrem isso lá no início, quando estão fazendo os testes com o tatuado. Quando tentam voltar a uma memória que não faz parte da linha do tempo atual, o cara tatuado morre e não volta, certo?? Então, como Barry conseguiu voltar para a primeira linha do tempo?? Aquela memória já não fazia parte da linha do tempo que ele estava vivendo, e ele iria morrer se voltasse até ela.

E finalmente, o que me deixou mais p... da vida: A última frase do livro "E ele disse:"
Ele disse o que? São tantas possibilidades... Ele teve coragem de abordá-la? Ela acreditou nele ou simplesmente ela achou que ele era doido (seria oq eu faria)?

SE vocês já leram, deixem seus comentários aqui, vamos conversar sobre Recursão.

Rahrt 20/02/2021

Bom, se você é do tipo que gosta de ler manuais
Melhor ainda se você não se importa com narrativas no presente.

Blake Crouch é tão técnico em algumas (quase todas as) partes, que, ao meu ver, tirou um pouco da magia da história. O resto ele conseguiu matar com a narrativa no presente, que meu cérebro ficava automaticamente corrigindo pro passado enquanto lia.
Fazer o quê, pra mim não serviu.
Mas pode ser que sirva pra você, porque entendo que a história seja boa e que ele entregue o que se dispôs a fazer.

Gus 04/10/2021

A chance de mudar nossas vidas seria mesmo uma dádiva?
Se você pudesse voltar ao passado, e mudar um acontecimento que o assombra, você o faria? E se ao voltar e mudar tal acontecimento, isso desencadeasse uma torrente de catástrofes ainda piores do que a que você mudou? Isso é um pouco do que Black Crouch retrata aqui em Recursão. Mas você pode estar pensando : "esse é o maior clichê de viagens no tempo!". E você está certo! Esse é o maior clichê de viagens no tempo. Entretanto, eu te garanto que a forma que o autor criou para retratar as viagens no tempo está muito além do que você jamais imaginou. Black Crouch prova que Matéria Escura, seu livro antecessor a Recursão, não foi apenas um golpe de sorte. Muito pelo contrário, Recursão sedimenta a genialidade do autor, ao se apropriar de teorias científicas complexas, e as desenvolve de forma plausível e de fácil compreensão aos leitores. Eu devorei o livro em poucos dias, e posso afirmar com tranquilidade que o autor se tornou um dos meus favoritos. Com certeza lerei qualquer livro dele que seja lançado.

gabrielequeiroz 14/03/2024

"Os bons momentos.
As brigas.
As despedidas, as mortes.
E os começos, como este."

Esse livro me lembrou a roda das encarnações. O processo evolutivo de se conhecer - errar, errar, tentar, tentar... acertar - e, um dia, de retornar a origem; lembrando que, no fim das contas, isso tudo é tudo hoje.
Realmente muito bom!

Almeidz 09/12/2020

"Agora ele se despediu deste estranho mundo antes de mim. Isso não significa nada. Pessoas como nós, que acreditam na física, sabem que a distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão persistente."
O que você faria se pudesse voltar ao passado e reviver uma nova vida, reviver momentos com pessoas que nos deixaram e aproveitar todas as lembranças que, com o tempo, tendem a perder diversos detalhes?
Bom, Recursão é um sci-fi incrível e que foge do óbvio quando trata-se do gênero, esqueça clichês e viagem no tempo simples. A trama é contada através de dois personagens principais: Barry Sutton e Helena Smith. Indivíduos com vidas distintas mas importantes para o desenvolver do livro. Helena é uma cientista em desenvolvimento, que busca ajudar sua mãe ao combate do Alzheimer, enquanto Barry é um investigador que sofre constantemente pela dor da nostalgia.
A leitura é extremamente imersiva, tive que lutar para não ler tudo de uma vez. O autor retrata diversos casos científicos sem que seja preciso ser o mais perito no assunto para entender, o que faz com que a leitura seja boa para quem já teve interação ou não com outros livros de sci-fi. No entanto, uma das coisas que mais me instigou a continuar a leitura é ver o desenvolvimento dos personagens quando necessita decidir entre o dilema: reviver uma memória com uma pessoa amada ou apenas guardá-la na sala da nostalgia? Para quem já perdeu alguém irá compreender facilmente a dor que nos abala quando tornamos a pensar sobre os bons momentos.

Gustavo Rodrigues 25/03/2022

Maluco. Esse livro é maluco. Nunca li algo que me deixasse tão confuso e interessado ao mesmo tempo. Quanto mais eu tentava entender, menos eu entendia, mas isso me fazia querer entender mais (seria um paradoxo?), e assim eu fui nesse looping até o fim. ?

Curti demais! É meio que uma mistura de sci-fi com suspense que te faz ir e voltar tantas vezes que depois de uns capítulos tu já não sabem quem é quem, quem tá aonde, pra onde esse alguém vai, nem o que ele quer fazer. Mas, que fique bem claro, isso tudo é feito de uma bela forma. A ?loucura? é bem calculada, a escrita não é difícil, você só tem que parar as vezes pra organizar as ideias (ou pelo menos tentar ?).

Único ponto negativo é que caiu um pouco de ritmo nos últimos 30%, mas até acho que não foi um defeito propriamente dito. A história foi por um caminho que fez com que essa ?lentidão? fosse necessária. De toda forma, quebrou um pouco o ritmo que tava frenético até então.

Algumas pessoas me perguntaram se é um livro difícil de ser lido. A resposta é: sim e não. Sim, porque o tema é complexo, então tu tem que tá muito atento a tudo pra não perder o fio condutor da história. E não, porque a leitura não é densa, até pelo fato do autor não se aprofundar muito na parte da teoria científica, falando somente o necessário pra um entendimento básico.

Pra quem quer ficar meio louco, aconselho demais! ?

Wania Cris 15/09/2020

Blake sabe prender a atenção do leitor
Com uma trama bastante instigante mergulhei nessa leitura já confiante na qualidade de escrita do autor e não me decepcionei.

Barry Sutton e Helena Smith se vêem envolvidos em lembranças e memórias que nunca aconteceram ou já aconteceram ou deixaram de acontecer e é essa incerteza sobre o que é real, o que é ilusão e como essas duas opções se fundem que nos aprofundamos nessa obra de arte.

Blake já havia me ganhado em Matéria Escura, um sic-fi eletrizante que entrega tudo o que promete e não fez menos em Recursão. Talvez pudesse ter economizado um pouco nas reminiscências ou nas recidivas, mas a ambientação, a construção dos personagens, a explicação de um tema complexo como viagem no tempo acontecem de uma forma maravilhosa e o término do livro nos deixa com o desejo de ler tudo o que esse cara já escreve e foi exatamente isso que fiz, parti para Pines que é bem produto do Blake esse maldito devorador de tempo!!!