Resenhas - Morangos Mofados

Camila 02/05/2020

Quase nunca releio um livro porque sempre penso na imensa quantidade dos que ainda não foram lidos. Abri uma exceção para Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu. Esta edição saiu no ano passado, em meio a uma conjuntura horrível, e não creio que tenha sido por acaso. Juntamos quatro pessoas pra ler, conversar, sentir o livro. Foi como ler pela primeira vez. Tudo novo.

Danillo 05/05/2020

Alguns contos da são complexos.
Outros completamente fantásticos.
Autor bastante descritivo.

Tamara 07/05/2020

Mofado, porém um morango
Minha primeira leitura integral de Caio. Antes, a admiração pelas tantas frases de impacto compartilhadas em tempos virtuais. Hoje, depois desta leitura, uma visão mais realista - ora indigesta - do autor. A escrita verborrágica do início contrasta com as histórias bem construídas que surgem ao persistir na leitura. Um livro pra tirar qualquer leitor da zona de conforto, pela forma e conteúdo. Contos favoritos: "Fotografias", "Pera, uva ou maçã?" e "Aqueles Dois"

site: https://tamarapsi.wordpress.com/

alekele_ 07/05/2020

Para sempre Caio
Este não é o primeiro livro que leio de Caio F. Abreu.... eu me apaixonei por Caio há muito tempo. Tanto que já nem lembro.
Apesar da grande maioria indicar que devemos começar a adentrar o mundinho de Caio pelo livro ?Morangos Mofados?, eu confesso que fiquei feliz ter lido após certos obras dele.
Caio é intenso, sincero, calmo, frenético... são muitas pessoas em um, muitos sentimentos para poucas linhas, os quais ele consegue expor com uma maestria única.
Por favor, não deixem de ler... ??

mari 21/05/2020

strawberry fields forever.
''Apesar das minhas unhas crescidas, ainda não estão longas nem afiadas o suficiente para que possa cravá-las em minha própria garganta.''
Meu primeiro contato com Caio Fernando Abreu não poderia ter sido melhor. Ler esta obra foi como submergir-me n’um oceano egrégio de sentimentos profundos, pessoais e melancólicos onde cada frase, tão crua e direta, atravessa o meu âmago de uma forma que não consigo pensar em nada além de cada palavra dolorosamente colocada pelo autor e, ahhh... que escrita belíssima! Senti-me em contato com a mais profunda camada de seu cerne a cada página lida, onde Caio utilizou como um refúgio peculiar para uma espécie de desafogo que ficará eternamente em minha memória o deleite que fora esta mistura de sentimentos durante a leitura. Puxa vida, muito obrigada Caio por cada palavra meticulosamente escrita de uma forma única que apenas um virginiano conseguiria!

drummondianos 28/05/2020

sobre ser jovem num mundo de desencanto
o livro morangos mofados, de caio fernando abreu, não é apenas um compilado de contos; é uma obra que reflete a sensação da juventude da época, com seus ?mofos? e ?morangos?.

na primeira parte, intitulada ?mofo? vemos exatamente o que eu irei chamar de desencantamento do mundo, ou seja, a juventude da época está encarando a realidade amarga do mundo pós movimentos por mudanças e igualdade que ocorreram nos anos 60,70. esses movimentos guiaram muitas pessoas, principalmente jovens, mas no final o mundo continuou desigual e amargo. essa sensação de desencantamento se perdura até hoje: a juventude ainda lida com essa falta de direção (que no nosso caso, os anos 90 trouxeram mais ainda), pois tem a impressão de que nada que fizer mudará realmente algo, assim como os movimentos que nossos pais e avós fizeram não duraram muito tempo numa mudança real da ordem das coisas. além disso, caio mostra a questão da homossexualidade na época, a dor que as pessoas com essa orientação sexual sentiam em uma sociedade retrógrada e com a doença que havia acabado de chegar nesses grupos, a AIDS.

na parte de morangos, caio mostra que mesmo com tamanho desencantamento, ainda há a possibilidade de se apaixonar e criar sentimentos bons, mesmo que o mundo seja amargo. o último conto do mofo e o primeiro do morango são meus favoritos do livro, pois mostram exatamente essa transição entre um mundo amargo e um mundo mais doce ao encontrar a chamada Outra Pessoa.

com a parte final, o chamado morangos mofados, caio confirma que o tema é o desencantamento que a geração da época sofria.

meu segundo conto favorito é o ?além do ponto?.

Arthur 02/06/2020

além do ponto é literalmente uma das minhas coisas favoritas de todos os tempos. tudo aqui é lindo, Caio é incrível e eu amo ser viado, 5 estrelas

emlindh 17/06/2020

perfeito
Mas que texto! cada conto é uma onda de sentimentos diferentes, cada um com seu ritmo e alma próprios. Não é o tipo de livro que eu costumo ler, mas nunca vou me arrepender de passar por essas páginas.

Brenda 17/06/2020

os sobreviventes, ao som de Ângela Ro-Ro. digo e insisto até que o elevador chegue.

Larissa Tabosa 19/06/2020

Perfeito
Amo Caio Fernando Abreu.
Amo a forma como ele escreve.
Amo sobre o que ele escreve.
Amo esse livro.

alice 21/06/2020

"Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra."

Um livro de contos, alguns são mais profundos outros são mais superficiais e monótonos mas de todo é um bom livro, descreve a solidão ou a ilusão de uma vida feliz de maneira crua e real.

Renan.Schiavon 29/06/2020

Aqueles livros que você sente que pode precisar ler mais varias vezes por ser tão único e rico!!!

laura.bw 08/06/2024

Os contos são muito tristes e explícitos, uma pegada crise existencial. Alguns são nada fáceis de ler e compreender sem parar para analisar, acabou me levando a reflexões.

Ana Claudia 11/07/2020

Alguns textos interessantes enquanto outros foram cansativos.

Ângela Bittencourt Cardoso 10/08/2020

Strawberry fields forever
A maneira como Caio faz críticas em seus contos é admirável. Esse livro se divide em três partes: o mofo (que aborda o uso de drogas como um modo de fuga, a solidão, amores perdidos), os morangos (com o excesso, as paixões, o preconceito) e, por fim, morangos mofados (A epígrafe tem versos de Strawberry fields forever e a história é sobre a personagem que cisma que tem uma doença, mas apenas o que sente é um gosto de morangos mofados que persiste na boca). Eu já havia lido outro livro dele, mas esse me agradou ainda mais. Para felicidade do leitor, a obra termina com uma carta dele explicando como faz suas criações.