Um Conto de Duas Cidades

Um Conto de Duas Cidades Charles Dickens




Resenhas - Um Conto de Duas Cidades


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Erica Passos 11/09/2010

“Aquele foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos; aquela foi a idade da sabedoria, foi a idade da insensatez, foi a época da crença, foi a época da descrença, foi a estação da Luz, a estação das Trevas, a primavera da esperança, o inverno do desespero; tínhamos tudo diante de nós, tínhamos nada diante de nós, íamos todos direto para o Paraíso, íamos todos direto no sentido contrário.”
O trecho acima, faz parte, do livro “Um Conto de Duas Cidades” que é considerado uma das melhores obras de Charles Dickens(1812- 1870) , retrata o período da Revolução Francesa, toda a loucura, a instabilidade que pairava sob a Europa naquela época. É considerado um livro histórico-realista, baseado na obra de Thomas Carlyle “A Revolução Francesa”. Lendo essa obra grandiosa de Dickens, podemos com certeza entender que os ideais da revolução francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, acabaram por se desvanecer em meio ao caos que tomou conta de toda a França durante a revolução, dando lugar ao horror, ao medo e a morte.
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m.cIara 24/01/2024

Ressurreição, renascimento e segundas chances.
É picaresco e desarticulado; é um ?conto?, mas longo; é ficção histórica, mas evita grande parte da história e, dado o seu material de origem, corre vários riscos de falta de originalidade. Mas, nas mãos de um mestre, torna-se um clássico. Entre os pontos fortes para recomendá-lo, não há como negar que Dickens sabe escrever uma grande cena. De um modo geral, ele cria um tom para o leitor sentir o mundo que está criando para ele, como quando descreve a pobreza e a fome na França, com as ferramentas e armas afiadas e prontas. Dickens sempre consegue armar suas palavras com drama e tensão. Ele então concentra deliberadamente sua capacidade de dar grande poder a certos capítulos e momentos da história.
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Joyce544 04/10/2023

Livro favorito de Will herondale
Em 'Um Conto de Duas Cidades', Charles Dickens nos presenteia com um romance histórico que mistura ficção e realidade no cenário tumultuado da Revolução Francesa. Nesta obra, somos apresentados a diversos personagens, cada um revelando uma faceta única da revolução e das perspectivas opostas da Inglaterra e da França, como Dickens expressou no início do livro com as palavras 'Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos.'

Nota: Através de uma referência na trilogia 'Peças Infernais', de Cassandra Clare, conheci 'Um Conto de Duas Cidades', o que tornou a leitura ainda mais especial e significativa, recomendo :) .
Fabio 06/10/2023minha estante
Adorei a resenha!???




Josy.Ribeiro 27/03/2021

O que me levou a ler esse livro foi o modo que ele é retrato em "peças infernais" e eu sempre fico curiosa com os livros citados por personagens de outros livros.

Sendo um clássico (de 1859), não foi um leitura fácil. Mas achei uma história muito rica, uma trama bem interessante, cheia de personagens que por fim de interligam. Acho que teria sido bastante enriquecedor ter lido na época da escola quando de estuda a revolução francesa (afinal já não lembro mais). No entanto, adorei a leitura, super recomendo. Foge um pouco da zona de conforto mas foi uma ótima experiência.
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Samira_santos 08/04/2021

Livro famoso que faz jus a sua fama
Que Um conto de duas cidades é um livro bem famoso, isso eu sempre soube. O que eu não sabia é que é um livro famoso por de fato ser muito bom, porque nós sabemos que nem todo livro famoso faz jus a sua fama, mas este faz sim.
No começo, demorei alguns capítulos para me situar e entrar no ritmo de Dickens, mas creio que consegui entender. A história se passa no contexto da revolução francesa, retratando pontos como a desorganização dos revolucionários, a impiedade, o quanto a república era colocada acima de tudo e de todos no sentido mais literal da expressão.
Fiquei com muito dó do Dr. Mannete, um homem bom que foi preso basicamente por sua bondade, tornando-se prisioneiro da Bastilha por dezoito anos. E mesmo depois de liberto, seguiu tendo que lidar com os fantasmas deste confinamento.
Sua filha, Lucie, é sua luz no fim do túnel. Cuida do pai com toda a dedicação de uma filha que passou toda a vida separada do mesmo. É com ela que o Doutor tem seus momentos de merecida paz, não posso esquecer do Sr. Lorry um fiel amigo da família e personagem tão importante na trama.
Enfim, enfim, eu não conseguiria resumir uma obra tão grandiosa, do meio para o fim torna-se tão emocionante, que causou-me apreensão. Tive minha atenção fixa no desenvolvimento final. E quantas surpresas não tive. Portanto, torno a dizer que, segundo a revista eu (risos), Um conto de duas cidades é uma obra famosa que faz jus a sua fama.
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Renata Rezende 05/07/2020

Leitura obrigatória!
O livro é incrível!
O texto é rápido, fabuloso, como se estivéssemos vendo um filme. Muitos personagens entre Londres e Paris contando suas vidas tendo no plano de fundo a realista e cruel, Revolução Francesa. É apaixonante! Desses livros que a gente não consegue fechar para ir dormir. E quando fecha, passa o resto do tempo pensando em quando poderá voltar a lê-lo.
Entrou na minha lista TOP 5 Livros da Vida.
Leitura e . 05/07/2020minha estante
Oii... Boa noitee...Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




Ana Luísa 13/10/2022

Ponte aérea Londres - Paris
Um conto de duas cidades é um clássico da literatura mundial. Nas suas páginas encontramos um pouco de tudo: romance, tragédia, drama e humor.

A narrativa acompanha a vida de seis personagens e suas idas e vindas entre Londres e Paris. Uma hora a viagem é à negócios, na outra estão fugindo por suas vidas.

É durante esse trajeto que os personagens são engolidos pela Revolução e considerados seus inimigos. E agora, como se livrar da guilhotina e voltar para a Inglaterra?
Um último plano, uma última esperança, uma redenção.
Que puta final!
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Pedro.Gondim 31/08/2020

Guillotine!
"Todos os dias, pelas ruas pedregosas sacolejavam as carroças carregadas com condenados. Meninas encantadoras, mulheres brilhantes, cabelos castanhos, negros e grisalhos; jovens, homens robustos e idosos; filhos da nobreza e da miséria, todo o vinho tinto para La Guillotine, todos dariamente trazidos dos porões escuros e abomináveis à luz, é carregados pelas ruas para saciarem sua sede aterradora. Liberdade, Igualdade, Fraternidade ou Morte, sendo está última a mais fácil de se conceder, ó Guillotine!" (p. 259)
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Luigi.Schinzari 11/12/2020

Sobre Um Conto de Duas Cidades de Charles Dickens:
Poucos autores souberam dominar seus leitores como o mestre inglês Charles Dickens (1812?1870). Cada livro de sua vasta obra cativa facilmente o público logo nas primeiras páginas por conta de uma escrita primorosamente fluída, uma gama de personagens interessantes e ocorrências que perpetuam as histórias e persuadem o interlocutor a se manter preso em cada página, cada parágrafo, cada frase e cada palavra nelas escritas até não chegar em seu fim. Em Um Conto de Duas Cidades (A Tale of Two Cities), romance publicado em 1859 nas páginas da revista All The Year Round (fundada e editada pelo próprio autor), Dickens, já em uma fase madura de sua escrita, absorve todos os elementos desenvolvidos ao longo de sua carreira e brinda o leitor com um livro emocionante e denso focado em paralelos entre personagens, conflitos e, principalmente, duas cidades, como diz o título: Paris e Londres.

Traçada em um período que vai de 1775 até 1793, Dickens nos apresenta um núcleo diverso espalhado entre as duas cidades e todo interligado por conexões apresentadas ao longo do trama (das mais sutis à coincidências facilitadoras), dividindo sua obra em três blocos bem delimitados: De Volta à Vida, em que Alexandre Manette, médico francês que a família acreditava estar morto mas que, na realidade, havia sido preso injustamente na Bastilha, é reencontrado, em Paris, por sua filha e única parente viva Lucie junto a um funcionário de um banco com quem tinha conhecimento em sua vida anterior a prisão, Jarvis Lorry, velho metódico e, como ele mesmo diz, um solteirão convicto; O Fio Dourado, em que anos já se passaram desse reencontro e, em Londres, o médico vive bem com sua filha Lucie enquanto esta é cotejada por vários jovens e acaba se casando com Charles Darnay, jovem francês recém-absolvido em um processo por conspiração contra a Inglaterra por ter uma história turva com a França; e, por fim, O Rastro de Uma Tempestade, em que os fatos e personagens antes apresentados se chocam em pleno período do Terror pós-Revolução de 1789.

Com este curto e básico esboço -- longe da dimensão da história e da quantidade de personagens exploradas por Dickens -- da história, o autor, munido de dezenas de situações que colocará em suas quase quinhentas páginas, explora as relações humanas, das mais belas às mais bestiais, expondo espelhos ao longo de toda a obra, sempre refletindo de situação para situação, de personagem para personagem, de sentimentos para sentimentos; não à toa situa sua obra tanto em Paris quanto Londres, enquanto uma aponta as injustiças e perversidades que a outra possui em nome de causas como a República ou a Coroa.

Imbuído de uma escrita madura e já celebrada em seu tempo, Dickens conhece muito bem a história que quer contar e as ferramentas que irá usar como autor; e, sem mistério para ninguém, o escritor consegue enrolar a história como um grande cordão no pescoço do leitor e que, quanto mais a lê, mais se enforca no gozo do livro: é inevitável o leitor se asfixiar e desejar cada vez mais ler de forma incontinenti os próximos capítulos da obra. Mérito do autor, experiente como era, que não poupa esforços para, muitas vezes, criar ligações que fogem a lógica por sua coincidência descabida, mas que, conhecendo seu leitor, sabe que pouco importaria criar formas rocambolescas de se chegar ao fim desejado tanto por ele quanto para seu público; não são deméritos essas facilitações na mão de um autor como Dickens, apenas recursos muito bem utilizados para forrar cada canto de seu livro com as situações e fins planejados sem jamais cair na modorra.

Dickens, conhecido por suas descrições poéticas de lugares e momentos sentidos pelas personagens, eleva sua característica já conhecida ao acrescentar uma característica que só colheria frutos em seu futuro com nomes como Zola (um capítulo de revolta em específico é inegável dissociar de Germinal, por exemplo) e Maupassant ao retratar o caráter bestial da humanidade contagiada pela situação. São muitos os momentos em que a massa francesa, principalmente, fatigada dos abusos da coroa e de partes de sua aristocracia, expele todo o ódio cultivado ao longo dos anos de dor. Dickens centra essa sua nova façanha, a do narrador de façanhas animalescas, no casal DeFarge -- donos da estalagem em que o doutor Manette é encontrado por Lucie e Lorry logo no começo da obra enquanto faz sapatos de modo cego e irracional --, símbolo das jacqueries medievais (revoltas camponesas) no contexto da França pré e pós?Revolução, revolucionários extremados e rancorosos que servem como principais antagonistas, junto a seus seguidores e convivas, da obra.

Assim como todo bom autor, Dickens, situando sua obra em um período em que as paixões ideológicas facilmente seriam tomadas pelo lado A ou B para fazer uma observação simplória sobre causas e consequências a seu gosto, aborda -- novamente se utilizando da ferramenta dos espelhos -- os atos monárquicos sendo tão indevidos e inconsequentes quanto a cega paixão dos revolucionários que levaram sua revolta a níveis de mais puro autoritarismo, indo de encontro ao mote básico da Igualdade, Fraternidade e Liberdade, sendo ou Morte um quarto elemento novo assim como ...mas alguns são mais que outros é para Todos os animais são iguaisna obra Revolução dos Bichos de George Orwell.

Um Conto de Duas Cidades é, assim como toda a obra de Dickens, um primor de técnica narrativa alinhada ao tom mais novelesco (no sentido audiovisual e não literário da palavra) e que deixa o leitor desejando a cada pausa feita na leitura poder logo retornar a ela para prosseguir a história daquelas personagens cativantes -- algumas, donas de honra; outras, de ódio; tantas de amor, outras tantas pela apatia. Sempre há um contraponto a cada elemento de nosso mundo, e Dickens, escritor hábil como foi, pincela sua obra com essa e tantas outras características do humano e sua vida por vezes feliz, por vezes trágica. Talvez nunca tenha havido alguém que retratasse o homem tão fidedignamente quanto ele, e por isso a leitura de Dickens é e sempre será enriquecedora, e Um Conto de Duas Cidades é mais um belo exemplo disso.
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Reginaldo Pereira 14/04/2023

Um Dickens diferente, mas ainda grandioso!
Sou suspeito ao escrever uma breve resenha de algo escrito por Dickens, pois ele é simplesmente o meu maior mestre literário; mas confesso que ao iniciar a leitura desta obra, ela demorou um pouco para ?engrenar?. Não me conquistou de cara, nem a história e tampouco os personagens?.

Até que??. tudo mudou.

E eu é que descobri que estava tentando dela desfrutar nos mesmos moldes de David Copperfield, A Casa Soturna, Grandes Esperanças?. sendo que Um Conto de Duas Cidades é diferente das demais obras dickensianas: ela é histórica, e baseada em um momento do Século XVIII nem tão agradável.

A obra tem como pano de fundo a Revolução Francesa, desde a bomba-relógio que se armava pelo sofrimento popular, até a sua efetiva explosão, culminando no horror de um derramamento de sangue causado por sua grande heroína: Guilhotine (uma das principais personagens da obra, inclusive!).

E ao redor deste momento histórico tão marcante, duas famílias tem suas histórias contadas - parte em Londres, parte em Paris - e, principalmente entrelaçadas. Felizmente?. e infelizmente?!

Mas a grandeza da obra, na minha opinião, está em dois destaques: o primeiro deles é como Dickens confunde o leitor a respeito da importância dos personagens, ?escondendo? seu herói durante grande parte da história, até ele poder se revelar inteiramente no momento certo. E o segundo (ah! o segundo!), é o final, o último capítulo: definitivamente uma das mais belas e perfeitas maneiras de encerrar uma obra entre as que já li (estou boquiaberto até agora?!).

Enfim, como disse no início, sou suspeito pra escrever, pois se existe um autor maior que Dickens, eu ainda não o conheci!
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Blog MVL - Nina 19/01/2012

Minha Vida por um Livro | www.minhavidaporumlivro.com.br | Marina Moura
Liberdade, Igualdade, Fraternidade… ou a morte.


A Revolução Francesa e seus efeitos na Inglaterra - considerando a competição política que existia entre os dois países - é o cenário da estória narrada por Charles Dickens. A “duas cidades” a que ele se refere no título do livro. É impressionante a gama de detalhes que o autor reuniu sobre a revolução. É quase como se o leitor estivesse lá,vivenciando o desespero e pavor que era Paris na ocasião. Prisões, violência, miséria, tortura. Eventos corriqueiros nos tempos que antecederam e se seguiram à Revolução. Entremeado aos conflitos políticos da época – brilhantemente marcados pelo autor – somos apresentados à dramática história de um médico que após dezoito anos como prisioneiro é finalmente libertado. Quando sua filha, Lucie Manette, é comunicada de que o pai está vivo e livre, ela resolve buscá-lo para que ambos criem uma vida juntos.

Além de toda a estrutura histórica contextualizada na obra,um dos tópicos principais no enredo de “Um conto de duas cidades” é a força dos laços que os homens criam entre si. Charles Dickens é, e sempre será um mestre na arte de classificar e construir emoções. Todos os tipos de afeto podem ser encontrados no livro. O amor de uma filha pelo pai, a paixão de dois homens – diametralmente opostos – pela mesma mulher, a idolatria à pátria e a amizade que de certa forma uni todos estes outros sentimentos. Lucie Manette – apesar de não ser posicionada como protagonista – é quem liga os outros personagens uns aos outros. Incluindo Charles Darney e Sydeney Carton. Ambos são apaixonados por Lucie. Charles é um homem amoroso, delicado, um verdadeiro cavalheiro. Sydney é um bad boy – em um termo mais contemporâneo – sombrio, autodestrutivo, e freqüentador de bares.

Mesmo em uma trama dramática como a encontrada em “Um Conto de duas cidades” o leitor pode observar o tom irônico e divertido de Dickens. Cada capítulo é intitulado de acordo com os eventos por vir,um detalhe que eu pessoalmente gosto de encontrar nos livros. O único aspecto negativo da leitura foi a extensa gama de personagens que participam centralmente do enredo. Penso que – em certos momentos – não era necessária a adição dos sentimentos e reflexões de personagens que não eram relevantes à estória.

A singularidade, simplicidade e crítica social da narrativa de Charles Dickens é o que há de mais encantador em suas obras. O escritor é considerado o maior romancista da era vitoriana. Apesar de “A Tale of Two Cities” não ser seu trabalho mais popular e conhecido, acredito que seja aquele onde o autor mais se dedicou em criar um ambiente realista e rico como cenário para sua estória.

Um clássico histórico maravilhoso,que nos envolve,emociona, angustia e instrui. As cenas protagonizadas por Lucie e seu pai são as mais comoventes, assim como a declaração de amor de Sydney Carton à mesma. Além de aprender, o leitor também se apaixona pelas personagens e degusta o melhor da literatura inglesa.
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Daniele 14/08/2022

O Chacal
O senhor Manette perdeu tudo ainda jovem. Foi condenado à prisão da Bastilha, onde ficou quase duas décadas, onde foi impedido de ver sua filha crescer, acompanhar o último suspiro de sua esposa, e onde perdeu sua sanidade.
Anos depois um milagre veio a tona; “De volta a vida!”, quando o Senhor Manette foi resgatado e teve a oportunidade de reencontrar sua filha, Lucie, que com muito amor, proporcionou que aos poucos ele recobrasse o intelecto que um dia o tornou médico. Lucie cresceu, se apaixonou por Darnay, abastado que abandonou todo o luxo que seu nascimento o proporcionou para sair da França de 1789 e ir viver com Lucie na Inglaterra. As duas cidades. Assim como os dois homens, Darnay e Carton, assim como a dualidade apresentada por Dickens e presente durante todo o livro.
Nunca me apeguei tanto a um personagem como me apeguei a Sydney Carton, um homem solitário “de boas habilidade e bons sentimentos, incapaz, entretanto, de exercitá-los, incapaz de ajudar a si mesmo e de lutar por sua felicidade, consciente de sua má sorte, mas resignando-se a deixar que ela o conduzisse a destruição”
Sua redenção foi mostrada ao longo de cada página, desde seu amor por Lucie, seu carinho e apreço pela sua filha, a pequena Lucie, pela decisão que tomou sem hesitar já sabendo das consequências, até o momento de segurar com firmeza a mão de uma jovem e afastá-la do medo, até o memento em que mesmo cercado de horror, sentiu paz.
Agora entendo a Tessa e o Will. Esse livro é lindo, triste e muito profundo.
Sydney Carton, você sempre estará no meu coração
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Valério 07/03/2017

Grandioso
De Dickens, li "Grandes Esperanças". Mas o que deve ser lido é "Um conto de duas cidades". Semelhante a "Guerra e Paz" de Tolstoi, "Um conto de duas cidades não se limita a contar a história dos personagens principais. Pois que estão envolvidos até as entranhas na Revolução Francesa. E, pela presente obra, é possível ver o sentimento que invadiu o coração da nação francesa e levou à Revolução. Ao contrário do que romantizam os livros de história brasileiros, foi uma revolução sangrenta, um regime de exceção, onde pessoas de índole duvidosa, para dizer pouco, faziam parte do poder e guilhotinavam pessoas apenas por serem parte da "elite" da época ou por considerarem, em um julgamento sumário de 15 minutos, que eram inimigos da "revolução".
É uma leitura interessante e importante para evitarmos deixar que sentimentos como esse dominem novamente uma nação. "Eles" contra "nós". Ricos x pobres. Brancos x negros. Homossexuais x heterossexuais. E daí por diante.
Somos todos humanos. E as diferenças devem ser celebradas. E não relembradas o tempo todo como antagônicas. Que chato seria se todos fôssemos iguais. "O que seria do azul se não fosse o amarelo?" Já dizia Machado de Assis.
Saindo do cenário que permeia o livro e voltando especificamente aos personagens, a história trata de vítimas e assassinos. Pessoas desprovidas de ódio e outras imbuídas do único propósito de se vingar (de um ente abstrato, "a aristocracia e tudo que com ela se relaciona").
E aí temos todos os personagens. Alguns nos causam surpresa, pela reviravolta em sua personalidade no decorrer do livro. O maior herói da história é inimaginável em seu início.
E isso é o que tornou, a meus olhos, o livro tão interessante. Não há como não se emocionar com o final épico, grandioso, heroico.
Alguns livros começam prometendo muito. E terminam entregando pouco.
Um conto de duas cidades começa bem. Mas termina esplendidamente.

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Sassenach 08/04/2023

"- Não podia ser de outra maneira. O bem nunca poderia resultar de um mal como aquele. E como esperar de tais começos uma conclusão feliz?"
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Sara 02/11/2020

Bem que a Tessa falou que esse livro era perfeito...
Eu não fazia a mínima ideia do que esse livro se tratava, só sabia os nomes dos personagens porque eles são citados várias vezes na trilogia Peças infernais da Cassandra Clare, já que é o livro preferido da Tessa e do Will, admito que só li por causa deles, mas meu deus eu fiquei extremamente surpresa com a história, muito envolvido e interessante, o final é um pouco previsível, mas eu amei e pretendo ler outras obras do Charles Dickens, adorei a escrita do homem.
Jooh 29/08/2023minha estante
Eu comprei esse livro por causa da Tessa, aahhhhhhh
Vim ver agr as resenhas oq vou começar a ler




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