Dri 22/05/2022
Faltou aproveitar melhor a lenda
Um ex-policial que se torna detetive particular começa a investigar um caso misterioso, uma jovem que é acusada de matar todos os seus amigos em uma chácara.
A polícia está convencida de que a menina é mesmo a assasina com problemas mentais e a interna. Mas o detetive Eduardo começa a perceber que os jovens invocaram algo muito perigoso naquele dia, uma entidade assasina, a Bloody Mary.
Quando vi que ia se tratar da famosa Bloody Mary (no Brasil também conhecida como Maria Sangrenta) pensei logo no episódio de Supernatural, mas o livro não me trouxe a mesma felicidade.
Mary não aprofunda a lenda, tem narrativa que às vezes parece tradução e não fica tão natural, é repetitivo e o detetive passa 40% do livro assistindo ao vídeo dos adolecentes na chácara na noite dos assassinatos, o que deixa muito mais lento e prejudica o desenvolvimento. As ideias são boas, mas as execuções deixam a desejar.
Fiquei frustrada com a quantidade de detalhes inúteis na história, como o protagonista toda hora entrar no Facebook pra checar algo ou a história de vida triste dele que no fim não serve pra nada.
Senti uma falta de conexão maior com os acontecimentos e pessoas desse livro, é tudo muito jogado. Uma das coisas mais legais de histórias com crimes é ver tudo ir se conectando aos poucos.
Pelo menos pra mim, faltou a tensão crescente, mortes arrasadoras, cenas medonhas, motivações malucas e reviravoltas, além de ter faltado aproveitar mais a própria Bloody Mary.