Tempos Difíceis

Tempos Difíceis Charles Dickens




Resenhas - Tempos Difíceis


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Alipio 19/01/2022

Tempos Difíceis
Vale ressaltar que a literatura, produção cultural de uma época, expressa o pensamento do autor diante do momento histórico a qual a sociedade está vivendo e constitui uma verdadeira caixa de ressonância para alguns temas da vida citadina.
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Tempos Difícieis, décimo romance de Charles Dickens foi publicado em 1854 e tem como tema central duas visões diametralmente opostas da vida e do mundo. Teríamos aqui um "conflito" entre racionalismo e empirismo?
A obra não perde a magia carasterística de um romance ficcional, entretando não deixa de lado as demandas sociais
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Embora o termo "Capital Cultural" venha a ser desenvolvido no Século XX por Pierre Bourdieu, esse conceito é perceptível na obra de Dickens. (conceito que está diretamente relacionado ao desempenho dos alunos na sala de aula devido ao seu contexto social.)

Temos nesta obra clássica , uma crítica às desigualdades socias imposta pelo sistema capitalista que explorava a força de trabalho na Sociedade Inglesa do Século XVIII. ( temática bem atual)
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os personagens com seus dilemas e infortunios sacode profundamente os sentimentos do leitor. ( abandono, privações, miséria, exploração, apatia, misantropia, etc). Entre tantos personagens que vão abrilhantar a história temos:
Tom Gradgrind, que acredita piamente que a vida é norteada por estatistica matemática, rigido em seus métodos educativos, assume a criação e educação de Cecilia Jupe ( sissy), que fora abandonada por seu pai.
Josiah Bounderby constantenente de forma jactanciosa , narra suas experiências sobre a sua vida pregressa e como deu a volta por cima por seu próprio esforço.
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As obras de Dickens não são apenas literatura de entretenimento. Dickens aborda de forma sutil, irônica, sarcástica e até humorada, temas relevantes que presenciou/vivenciou na sociedade em sua época e que são bem atuais. Ele não aponta somente os problemas sociais que são produzidas pela natureza humana. Em suas histórias, que são brilhantemente construídas, apresenta de forma contundente que é possível haver mudanças.
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Nati 19/12/2021

Tempos difíceis foi meu segundo contato com a escrita de Dickens e uma experiência de leitura muito difícil de comparar com David Copperfield, não só pelo tamanho, mas também pela construção da trama, muito mais crítica.

Em tempos difíceis temos um núcleo de personagem que vai compôr a trama: 
Sr. Josiah Bounderby, o dono da fábrica local em que trabalha Stephen Blackpool, operário apaixonado platonicamente por Rachael, que vive com muita penúria, mas é considerado um "funcionário modelo". Sr. Bounderby é amigo do Sr. Thomas Gradgrind, pai de Louisa, o objeto de desejo do Sr. Bounderby e que sofre com a educação rígida de seu pai, um homem sem imaginação que quer matar qualquer espontaneidade em seus filhos, principalmente Louisa e jovem Tom que vão compôr suas próprias histórias também. Ainda vamos acompanhar Cecilia (uma filha de domador de cavalos circense) que acaba aos cuidados do Sr. Gradgrind e de sua educação eminentemente prática.

Coketown é uma cidade industrial do interior da Inglaterra, que abriga uma amplitude de pessoas miseráveis, cujo salário só lhe permitem ter o mínimo para sobreviver, Stephen  e Rachel são um desses trabalhadores miseráveis. E do outro lado da equação está a aristocracia representada pelo Sr. Bounderby e por Sr. Gradgrind e sua família. 

Aqui Dickens irá tecer uma crítica social nada sutil com sua forma sagaz de conduzir a narrativa nos envolvendo nos pequenos dramas de cada personagem e com essa variedade de personagens sem podermos apontar um principal,  temos vários pequenos dramas, que me envolveram e deixaram a leitura muito dinâmica e rápida. 

Eu amei o livro, mas não superou David Copperfield, que continua sendo meu amor literário. 

Eu gostaria de um final melhor, mais esperançoso, mas é bem mais verossímil como foi. Uma ótima porta de entrada para Dickens, escrito no século XIX e continua abordando temas que continuam atual.
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clara 26/11/2021

?Não há mistério no motor; há um mistério insondável no mais ínfimos de seus servos, para sempre.?

Uma coisa é certa: a cada novo livro do Dickens que leio, fico mais fascinada!

Ler Tempos Difíceis enquanto vivenciamos tempos incrivelmente difíceis foi uma experiência única. Uma das minhas passagens favoritas do livro se dá quando o narrador ironiza a ideia de meritocracia, que ainda temos que rebater nos dias atuais!

Como em outros livros de Dickens, encontramos um narrador sarcástico e muito engraçado que só ele é capaz de criar. Mas diferente de outras obras do autor, a história é muito mais sobre a sociedade industrial da época e sua crítica ao utilitarismo, do que sobre os próprios personagens ? que não deixam de ser intrigantes e originais (mais uma vez, marca registrada de Dickens).

Enfim, daqueles clássicos inesquecíveis que marcam sua época. Recomendo muito!
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Rafa 05/11/2021

Um retrato divertido e um tanto quanto irritante das hipocrisias da sociedade inglesa na revolução industrial. Com um narrador irônico e nada imparcial, Dickens crítica os valores sociais da época e levanta discussões relevantes até hoje.
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Icaro 28/10/2021

Um livro repleto de críticas sociais.
Tempos Difíceis retrata uma vida de uma sociedade em ... tempos Difíceis. Um narrador carismático, engraçado e entrometido que nos ajuda a construir o cenário e as nossas próprias opiniões. Com diversas críticas ao sistema capitalista, à revolução industrial, colocando em alguns cenários os trabalhadores como apenas "mãos", trata do alcoolismo, abandono infantil e acima de tudo de pessoas; imperfeitas como nós. Sissy e seu coração de ouro, Rachel e sua coragem em defender, Sr Blackpool e a coragem de questionar o sistema trabalhista, o sindicato que age (ou não) para defender os seus.

Um livro que nos trás muitas camadas e reflexões. De uma coisa tenho certeza. Você sairá desse livro como alguém melhor e mais responsável. Isso eu garanto.
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julianvaes 17/10/2021

Incrível
Tempos Difíceis foi o meu primeiro livro do Dickens e eu não posso estar mais feliz. Quis fugir um pouco dos clichês como Um Conto de Natal(que pretendo ler ainda esse ano), David Copperfield e Oliver Twist e acho que fiz a escolha certa. Foi uma leitura incrível, mesmo que muito lenta. Inclusive, o único motivo para eu ter dado 4,5 estrelas ou invés de 5 foi a lentidão para ler. Talvez eu seja o problema, mas esse realmente não é um livro que alguém lê em 2 dias. É uma complexa análise social da Inglaterra durante seu auge na segunda revolução industrial. O narrador é o ponto alto da narrativa, pois tece diversos comentários irônicos que enriquecem muito a leitura. Os personagens são todos representações caricatas de figuras da época. Por exemplo, Sr Bounderby e Bitzer, clássicos homens meritocráticos que creem que apenas trabalho duro basta para sucesso na vida. Sr Gradgrind, aquele tipo de pessoa que repele qualquer tipo de fantasia e imaginação, e logo tira a individualidade dos próprios filhos, que se tornam apenas novos bonequinhos em linhas de produção. Stephen e Rachael representam o proletariado, que trabalham dia e noite, são injutsiçados e não recebem o reconhecimento devido, além de ironicamente gostarem de trabalhar muito. E Tom Gradgrind é apenas um menino que foi sufocado pelo pai, tem zero originalidade, se perdeu no mundo e provavelmente vai morrer sem fazer nada muito significante. Ainda existem, claro, outros personagens no livro, e eu apenas fiz uma breve descrição da minha visão a respeito de alguns deles. No fim, a narrativa é muito boa, e o final é bastante comovente. Percebi também, enquanto lia, alguns aspectos, como:
A repetição de palavras para dar mais ênfase no seu significado e na mensagem que quer passar; O uso de ?Mãos?para generalizar os trabalhadores, mostrando como eles são apenas as mãos que fazem tudo, nada mais; Coketown (obviamente) representa a Europa, em especial a Inglaterra, nesse perído da história, e as suas ?ficções? são as mesmas crenças difundidas na população na era vitoriana e que permanecem até hoje.

Espero ter passado com clareza o que achei do livro, e recomendo a leitura para todos.
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Asenate Brasil 08/10/2021

Essa é minha segunda experiência com Charles Dickens. Já li sabendo que o autor tem um teor mais crítico, assim como foi no livro Um conto de Natal. Em Tempos difíceis a crítica é mais direcionada às diferenças de classe, algo batido e tals, mas Dickens fez uma abordagem mais pessoal, já que o narrador é onisciente. Assim, vemos as lutas e conflitos de cada personagem. Só achei a leitura em alguns momentos muito filosófica o que não me agrada muito. Mas ainda assim é um excelente livro pra quem gosta dessa literatura crítica.
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Analuz 24/09/2021

"Tempos Difíceis" foi uma leitura diferente para mim. Comecei não gostando e terminei adorando! E creio que muito se dê tanto pelo desenvolvimento do enredo quanto pelo sarcasmo do narrador, que, nada impessoal, tece os mais irônicos comentários.

Charles Dickens, de forma explícita, critica a educação britânica de sua época (que só se atinha aos fatos) e também o falso moralismo de quem pregava discursos meritocráticos. Com uma gama de personagens interessantíssimos, somos apresentados a pessoas ricas e pobres, indo do dono da fábrica até seu humilde operário. Também passando, é claro, pelos conflitos sociais representados pelos sindicalistas. Afinal, não seria Dickens sem uma pitada de julgamento ao sistema, não é mesmo?

"Tempos Difíceis" é um bom retrato da Inglaterra vitoriana, demonstrando as consequências da Revolução Industrial para a sociedade.


site: https://youtube.com/c/AnaluzMarinho
julianvaes 17/10/2021minha estante
Adorei a resenha, descreveu perfeitamente o livro!


Analuz 18/10/2021minha estante
Que bom que gostou :)




Thalita 10/09/2021

Uma belíssima caricatura da sociedade
Não há um personagem como protagonista, talvez o protagonismo seja da própria estrutura da sociedade.

Com um narrador irônico, sarcástico e debochado sempre muito presente acompanhamos núcleos bem interessantes que tratam de questões complexas e importantes. Como por exemplo, capitalismo, revolução industrial, racionalismo, abandono, utilitarismo, escolarização, e etc.
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@leitoradassombras 08/09/2021

Virou um favorito!
Esse foi um livro que li em LC e no dia em que acabei senti um aperto no peito. Senti como algo querido indo embora, mas terminou com uma frase do Dickens que amei. No início foi difícil me acostumar com a escrita mas depois fluiu bem rápido. Um clássico incrível, super recomendo.
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Renata.Carmo 02/09/2021

"sentaremos diante da lareira com o coração mais leve, para ver as cinzas de nossos fogos tornarem-se brancas e frias"
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Bruna 30/08/2021

A disparidade social e a falta de perspectiva de vida.
Um livro que retrata a vida miserável dos trabalhadores, sejam eles nas minas ou nas indústrias. O rico aumentando sua fortuna por meio de mão de obra barata. O conservadorismo extremista, educação limitada que visa bloquear qualquer pensamento crítico, criativo e diferente do que é imposto e a falta de humanidade em qualquer relação. O caos que todo esse sistema causa na vida das pessoas. O título faz jus a estória.
Senti uma falta de esperança e vida nesses personagens. Uma caricatura grotesca de seres desumanizados e reféns do sistema capitalista.
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thaw 29/08/2021

Uma obra que me conquistou MUITO no início mas que foi me perdendo aos poucos. Duas coisas que prenderam a essa obra: a primeira foram as questões ligadas à educação, logo no início do livro, em que o autor satiriza a forma de dominação imposta por uma escola que só ensina fatos e repudia qualquer indício de imaginação e criatividade. A segunda foram as críticas acerca da condição de vida dos trabalhadores dessa sociedade que vivem imersos em um lamaçal. Além disso, Dickens é incrível, eu adoro a escrita e a narração que ele usa em suas obras, sou uma grande fã das descrições do autor. Entretanto, o foco em vários personagens acabou me dispersando um pouco e eu não consegui me conectar tanto com a história que foi ficando monótona. Ainda assim, uma leitura incrível, genial e que vale muito a pena.
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