Mandíbula

Mandíbula Mónica Ojeda
Mónica Ojeda




Resenhas -


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Nana 25/05/2023

Livro nr 09 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Equador"

Definitivamente não gostei desse livro! Só fui até o final da leitura para cumprir minha meta com o país sorteado, no caso o Equador. Infelizmente não encontrei outras opções de livros de autores desse país.
A leitura não me acrescentou em nada e nem cumpriu com o que eu desejava que era conhecer um pouco mais da cultura local. Mas é isso, se futuramente aparecer outro escritor equatoriano que me desperte interesse, eu leio e substituo por esse aqui..rss
Trock 22/08/2023minha estante
Talvez você goste de María Fernanda Ampuero (Rinha de Galos; Sacrificios Humanos).


Anna 07/09/2023minha estante
Ou Zoraida Córdova, com a herança da orquídea divina (o livro é incrível!)


Nana 08/09/2023minha estante
Obrigada pelas dicas, vou dar uma olhada




Bookster Pedro Pacifico 15/06/2022

Mandíbula, de Mónica Ojeda
Você já leu literatura equatoriana? No Brasil, ainda encontramos muita dificuldade de acessar autoras de países mais periféricos do mercado editorial. É importante valorizar quando editoras fazem esse movimento de trazer obras pouco conhecidas, o que é o caso de “Mandíbula”, da equatoriana Mónica Ojeda, que agora povoa as livrarias após a publicação da @autentica.contemporanea !

Antes de iniciar a leitura, procurei ler opiniões na internet, um hábito que tenho na hora de escolher os livros. Me deparei com opinões bem diferentes umas das outras. No entanto, algo que estava presente em quase todas as críticas era o quanto o romance de Ojeda era perturbador!

A narrativa tem como ponto de partida o sequestro de uma aluna do ensino médio por sua professora de literatura, Miss Clara. Uma situação bastante inusitada e que logo no início já aguça a curiosidade do leitor: qual seria o motivo disso? Com o passar dos capítulos, vamos adentrando às memórias da professora e da aluna para compreender o presente. Aos poucos o leitor vai descobrindo que o passado da professora é muito mais complexo e cheio de traumas. Por outro lado, conhecemos um pouco mais de uma estudante fascinada por histórias de terror e com ideias arrepiantes.

E o que deixa mais perturbadora a obra não é o enredo em si, mas a escrita de Ojeda. Uma linguagem crua, que toca em temas sensíveis como relações familiares, sobretudo a relação entre mãe e filha, sexualidade e violência. Tudo isso junto e misturado. É uma paranoia, um horror de verdade, um livro sobre o medo íntimo.

A leitura me prendeu e no começou gostei bastante. O problema é que senti falta de um melhor desenvolvimento da narrativa. Acho que fiquei esperando mais acontecimentos quando, na verdade, o objetivo da autora foi focar nos traumas e no passado dos personagens. Isso acabou prejudicando minha experiência com o livro e, apesar de ter lido super rápido, fiquei com a sensação de que faltou algo a mais. O problema com expectativas…

Se a premissa do livro te interessou, vai com tudo! Mas lembre-se, essa não é uma leitura para qualquer um.

Nota 7/10

site: http://instagram.com/book.ster
() 11/09/2022minha estante
outra dificuldade de acesso é o valor dos livros, como é o caso de "Mandíbula", que nas livrarias custa quase 70 reais...


Marcelo Oliveira 28/01/2023minha estante
Eu tô chegando na metade do livro, e estou achando bem chato. Tô quase largando




Karlesy 05/10/2023

Que pancada ?
Daqueles livros que ficam na categoria, me traumatizou, amei ?
.
Esse livro fala de tanta coisa, que acho difícil de tentar sintetizar tudo que refleti em um simples texto. Além de qualquer coisa, a escrita é crua, direta e reta. O que dá a impressão de levar tijoladas no fundo da alma, na medida em que viramos as páginas. Sobre os temas, além da reflexão a respeito do afeto na maternidade, vamos passando por assuntos que tangenciam a liberdade ou falta dela no universo feminino, além de ser um belo ensaio sobre as angústias e o horror presentes na puberdade. O quanto tudo que é desconhecido é assustador, paralisa e hipnotiza: o Deus Branco, idade de leite!
.
A simbiose na relação entre mãe e filha e nas amizades ao longo da vida é tratada de um jeito animalesco e visceral. O que não deixa de ser uma representação no concreto do que se é no emocional! Engolir o outro, de todas as formas possíveis ?
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Terminei batendo palmas! Por favor, leiam ? Apenas 5 estrelas, Favoritado! ?
Letícia 05/10/2023minha estante
tô doida pra ler esseeeee


Karlesy 07/10/2023minha estante
Se joga, pq é otimooooo! Aquele terror psicológico bom pro mês de outubro ??




Arthécia 29/07/2022

Perturbador
Ainda estou digerindo a história... O livro apareceu para mim como quem não quer nada, com uma premissa que despertou minha atenção: uma professora que sequestra uma aluna. Porém, a leitura foi além do que poderia imaginar. É um livro incômodo, perturbador e que causa um âmago no estômago sobre personagens femininas complexas, caóticas, presas nas suas próprias loucuras. E por isso não recomendo para todo mundo. Os capítulos se alternam entre a professora e a aluna o que faz você ficar a par do histórico, dos pensamentos e do sentimentos de cada... A autora ela escolheu expor essas personagens, despir não escondê-las o que tornou a narrativa densa e algumas vezes angustiante. É um livro que coloco na categórica tijolada, aquela tijolada na cara que machuca que causa danos.
() 11/09/2022minha estante
leia "A cachorra", de Pilar Quintana, acho que você não vai se arrepender!




nxcecvx 11/03/2023

Eu queria que você me guardasse na sua mandíbula
A premissa do livro não adianta a leitura, não dimensiona a profundidade e a visceralidade na escrita da Monica Ojeda. Não é uma história linear e pode frustrar quem espera uma conclusão. É uma história de passado, mais focada em construir as intimidades das personagens do que em dar uma trajetória tátil pra elas.
Um livro muito bonito, grotesco, extremamente feminino, extremamente maternal, e um horror (horror mesmo!) muito bem escrito. Mesmo com muita vontade, duvido conseguir descrever o que li. Não acho que seja um livro de recomendação, por ser pessoal demais - eu tenho vontade de guardar, sentir que ele é só meu, só pra mim.
diliterando 14/03/2023minha estante
Belas palavras....tô começando a leitura...




Pandora 29/07/2022

Contém partes do livro
“Minha mãe tem medo de mim. Explicara a ele que sua mãe guardava a foto do filho morto e olhava para ele como se estivesse vivo, enquanto olhava para ela como se estivesse morta.” - pág. 162

Este livro é uma preciosidade. É uma crítica social, um estudo de (falta de) valores, um panorama da alta sociedade, das famílias de bem direitistas hipócritas: religiosas no discurso e profanas na ação. E das relações complexas - e algumas vezes doentias - entre mães e filhas.

Existe uma semelhança nos extremamente ricos e nos miseravelmente pobres: a desesperança. Eles não têm nada a perder. Por mais que se esforcem, os miseráveis encontram-se estagnados numa situação que não lhes permite subir um patamar e os riquíssimos, bem, não há mais pra onde subir.

Quando você sabe que seu dinheiro irá sobreviver a você, coisas mundanas como trocar o seu jatinho por um mais novo, comprar o carro mais caro do mundo, se hospedar num paraíso particular ou dar um lance bilionário num leilão não significam nada. Só o poder sobre outro ser vivo. O medo, que é uma forma de controle. Jogos mentais, torturas físicas, humilhações, perigo. Porque a morte é inevitável para todos, sem exceção.

Annelise e Fernanda são duas adolescentes que se conheceram crianças, no círculo abastado onde se encontram suas famílias cheias de grana e ausentes de valores. Hipocritamente religiosas. Decidem ser irmãs. Mais tarde, no Colégio Bilíngue Delta, High-School-for-Girls, uma entidade do Opus Dei, formam com mais quatro colegas uma espécie de sociedade secreta que se encontra num prédio abandonado, envolto pelo mato e todo tipo de insetos e répteis. Tendo como base histórias de terror e as creepypastas(1) - pelas quais são apaixonadas -, elas se entregam a perigosos jogos sadomasoquistas, inflamados pela sexualidade latente e a inconsequência próprias da adolescência. Longe da escola onde devem reverenciar ao Deus cristão e estancar desejos, reverenciam ao Deus Branco, o branco que “representa pureza e luz, mas também ausência de cor, morte e indefinição.” - pág. 218

Miss Clara é a nova professora de Língua e Literatura do Colégio Delta. Extremamente instável emocionalmente, luta contra um transtorno de ansiedade agravado pela violência perpetrada por duas ex-alunas que a tornaram refém. Como bem colocado por Diego Aguilar em sua resenha publicada em El Colóquio de Los Perros, Clara tem uma relação quase “normanbatesiana”(2) com a mãe morta. Ao mesmo tempo em que é assombrada pela figura materna, sua obsessão a leva a vestir as roupas da mãe e até a repetir seus gestos e atitudes.

As relações de Fernanda e Annelise com suas mães também não é saudável: a mãe de Fernanda tem medo da filha, que trata bem socialmente, mas ignora no âmbito familiar; a de Annelise a maltrata física e psicologicamente.

Quando o universo dessas garotas colide com o da professora, o horror branco(3) explode.

Não só o tratamento das temáticas aqui é feito de modo magistral - bem como o desenvolvimento das personagens -, como os vários recursos narrativos de Ojeda intensificam e diferenciam cada capítulo. Ojeda vai às “zonas escuras” a que já se referiu Ariana Harwicz, que afirma que “todo escritor deveria lutar contra à autocensura”. O resultado é esta obra única, originalíssima e inquietante.

Como disse Malik, do canal Para qué Leer… “Mónica, gracias por perturbarme!”

“O Deus Branco as fazia rir de suas mães: de seus seios caídos dentro de sutiãs Victoria’s Secret, de seus cremes antirrugas feitos para caras-de-uvas-passas e suas tinturas de cabelos fosforescentes porque a natureza das filhas, dizia o credo, era saltar na língua materna de mãos dadas com firmeza; sobreviver à mandíbula para se converter na mandíbula(4), tomar o lugar do monstro, isto é, da mãe-Deus que dava início ao mundo do desejo.” - pág. 160

1. Creepypasta é um termo criado para definir as histórias de terror que são divulgadas através da internet em fóruns e demais redes sociais de modo viral, espalhando-se rapidamente no universo online;
2. Referência a Norman Bates, personagem do livro Psicose, de Robert Bloch;
3. Horror branco seria aquilo que não se pode ver, não se pode tocar, mas que se sabe que está latente; é quando se tem consciência de que uma coisa horrível irá acontecer, mas não se sabe quando;
4. A mandíbula do crocodilo é uma combinação surpreendente de força e sensibilidade. Dentre todos os animais que existem hoje, o crocodilo tem a mordida mais poderosa já medida. Ela é coberta de milhares de saliências que agem como sensores e contêm uma quantidade enorme de terminações nervosas. Assim, o crocodilo consegue perceber se o que está em sua boca é comida ou não. Por isso, uma mãe crocodilo pode carregar seus filhotes na boca sem esmagá-los acidentalmente. Ela faz isso para protegê-los de predadores.

Fontes: JW, Wikipédia, Paraque leer, El Colóquio de Los Perros.
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Mari Pereira 31/07/2022

A força do medo
Podemos ler Mandíbula a partir de vários pontos de vista. Pode ser uma história sobre adolescentes ricas que fazem coisas bizarras para matar o tédio. Pode ser uma história sobre pessoas perturbadas e esquisitas, que têm modos bizarros de se relacionarem. Pode ser um livro sobre a relação assustadora entre mães e filhas, professoras e alunas, irmãs e amigas...
Eu prefiro entender Mandíbula como uma analogia sobre o medo, que diz sobre isso tudo que falei acima, mas que também transcende essa forma pragmática e organizada de pensar sobre as coisas e as relações, porque Mandíbula reflete sobre os sentimentos, sobre o intangível...
E nesse lugar escuro (ou excessivamente branco), onde está a loucura, o medo, o trauma, há pouco espaço para a racionalidade.
Mandíbula propõe uma reflexão profunda e perturbadora sobre a relação entre mulheres, especialmente entre mães e filhas, professoras e alunas, irmãs/amigas, e como acontece uma espécie de antropofagia nessas relações. A reflexão é perturbadora, em minha opinião, exatamente por refletir questões que estão no âmago dessas relações. Afinal, nada é mais perturbador que um pouquinho de realidade.
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M. S. Rossetti 30/08/2022

Literatura Equatoriana
A trama aborda a relação conturbada de uma professora e suas alunas adolescentes. A linguagem varia entre coloquial, sob o ponto de vista de uma das jovens alunas; e formal, quando reproduz a fala e os pensamentos da professora. O ponto chave é a relação entre personagens femininas, muitas vezes com completa ausência de sororidade. O desfecho é bastante sombrio. Leitura indispensável para quem quiser conhecer um pouco mais da literatura contemporânea da América Latina.
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Icaro 06/10/2022

Excelente!
Gostei muito desse livro. Bastante denso e intenso, literatura equatoriana de altíssima qualidade e com dezenas de referências incríveis!
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Rafael G. 15/10/2022

Resenha - Mandíbula
"Mandíbula" começa com um sequestro: Fernanda, a sequestrada, é aluna; Miss Clara, a sequestradora, é professora. E o Colégio Bilíngue Delta - High School For Girls é o cenário que se abre para que entendamos, pouco a pouco, através de idas e vindas no tempo, o que corre por baixo desse encontro - o tanto de coisas não-ditas, micro agressões, violências de gênero e classe que produzem episódios completamente perturbadores (e hipnóticos, porque é impossível parar de ler).

O que mais gostei no romance é o frescor. Nos últimos anos, os debates de gênero e classe têm ocupado a Literatura de forma muitas vezes cansada, repetindo chavões e saídas fáceis. O êxito do livro neste sentido se dá, creio eu, porque os temas estão a serviço das personagens, não o contrário: Fernanda, Miss Clara, Annelise e todas as outras movimentam verdadeiramente a história; suas questões reverberam, interferem e produzem um quadro psicológico muito vivo, pulsante, permitindo que as conheçamos cada vez mais.

E essas entradas na composição psíquica das personagens são importantíssimas na medida em que "Mandíbula" caminha na incerteza. O terreno é pantanoso. Avançamos em cenas movediças, que sempre guardam um tanto de sonho, fantasia, delírio e irrealidade, numa composição intensificada pela mudança de forma a depender de quem conta (diálogo com o psicanalista ou puro fluxo de consciência, por exemplo). A autora costura diferentes registros numa teia complexa, sem perder a sua verve pop ou deixar de acionar referências que vão de Lovecraft a creepypastas. Este livro é daquelas coisas que, pelo menos em mim, disparam criatividade e curiosidade, e reavivam o desejo de continuar lendo (e escrevendo).
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Vinder 01/11/2022

Bom livro de uma jovem escritora equatoriana. Passando por temas como maternidade, adolescência e sexualidade.
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Aline Anjos 20/11/2022

Qual é o único animal que nasce da filha e dá à luz a mãe?
Livro cheio de simbologia e realidade grotesca.
Aborda muitos assuntos como, relacionamento materno, humano e feminino.
Meninas más, ruins, nojentas, carentes!?
Esse livro tem uma escritora perturbadora e maravilhosa.
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Giu 15/05/2024

Mandíbula, um berço de espinhos
Nessa agonizante novela, há uma mistura de terror, erotismo e drama familiar. As descobertas e curiosidades da adolescência em desvendar os mais profundos sentimentos. O encontro de mulheres de diferentes idades, as jovens que desafiam o status quo desafiando os próprios limites da vida. A segurança e o poder conquistados através da dor. Mandíbula é o berço de uma sociedade doente, que perpassa limites através de dentadas e sangue , encontrando o conforto nos lugares mais imorais e arrepilantes.
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mere 08/03/2023

Gostei do livro e do desenrolar da história. Mas achei que ficou devendo um pouco no final. Nada me faça achar o livro ruim.
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Lulys 12/03/2023

Relações complexas
Monica Ojeda vai construindo a história através de vários pontos de vista, indo e voltando no tempo. Conseguimos sentir o terror chegando, a angústia crescendo durante a leitura. Às vezes perde um pouco o ritmo e se torna cansativo, mas vale muito a leitura.
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