Na transição do regionalismo romântico para o realista, Domingos Olímpio deu contribuição original à literatura brasileira baseando-se no drama da seca nordestina. Seu romance “Luzia-Homem”, de 1903, é uma das últimas obras naturalistas produzidas no país, e uma das raras incursões dessa escola literária no regionalismo.
Não há, em toda a literatura de ficção no Brasil, um tipo romanesco mais vivo e poderoso do que esse. Do começo ao fim do romance, a presença de Luzia-Homem é um fator de ação e mantém preso o leitor.
"Luzia-Homem" é um romance despojado para os padrões da época, cuja descrição dos flagelados da seca permite antever as figuras de Portinari.
Esta é, como escreveu Sérgio Milliet, “uma obra que tem seu lugar na história do romance brasileiro”.
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