Mar me quer

Mar me quer Mia Couto


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Mar me quer





Um dia o padre Nunes me falou de Luarmina, seus brumosos passados. O pai era um grego, um desses pescadores que arrumou rede em costas de Moçambique, do lado de lá da baía de S. Vicente. Já se antigamentara há muito. A mãe morreu pouco tempo depois. Dizem que de desgosto. Não devido da viuvez, mas por causa da beleza da filha. Ao que parece, Luarmina endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa. A senhora maldizia a perfeição de sua filha. Diz-se que, enlouquecida, certa noite intentou de golpear o rosto de Luarmina. Só para a esfeiar e, assim, afastar os candidatos. Depois da morte da mãe, enviaram Luarmina para o lado de cá, para ela se amoldar na Missão, entregue a reza e crucifixo. Havia que arrumar a moça por fora, engomá-la por dentro. E foi assim que ela se dedicou a linhas, agulhas e dedais. Até se transferir para sua atual moradia, nos arredores de minha existência.

Ficção / Literatura Estrangeira / Romance

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Um romance repleto de folclore negro.

Este pequeno romance de Mia Couto foi uma contribuição para uma expo mundial em Lisboa de 1998, representando Moçambique. Para representar seu país, Mia Couto derramou um mar de conhecimentos do folclore do povo praiano no livro, típicas de seu país. É uma coisa linda de se ver, a história de Zeca e Luarmina. São personagens com o seu quê de poético, seres que resistem às agruras que a vida traz, com uma alegria e uma candura digamos que quase biológica. Enquanto tenta conquistar a g... leia mais

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Desejam51
Trocam1
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Jenifer
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12/07/2021 23:21:17

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