Em "Memórias de Lázaro" confundem-se e harmonizam-se, encaixam-se e entrosam-se, entrecho e estilo, essência e forma, estrutura e composição, natureza e criaturas, humanas ou não.
Paisagem, objetos, pessoas, animais são uma coisa só, se interpenetram, prendem-se uns aos outros, indissolúveis e encadeados. Faz esse amálgama o milagre do estilo - musical, dúctil, de estranha e poderosa poesia, de sabor quase sempre bíblico ou de canto religioso pagão.