Simão é filho do Mestre de Guerreiro e sonha entrar no maior grupo dedicado à proteção do reino: a Hierarquia.
Com a morte da mãe, o pai o desilude desse propósito e vinte anos depois, Simão ainda guarda consigo a mágoa e o desprezo. Com o líder indígena planejando o ataque ao Reino de Guerreiros, Simão presencia o assassinato do pai e assume o posto de Mestre em seu lugar.
Carregando a responsabilidade de ser o novo Mestre de Guerreiro, Simão precisa entender que o futuro de milhares de pessoas requer o sacrifício que ele mais teme: se tornar exatamente como seu falecido pai.
Esta é uma fantasia baseada no Auto de Guerreiros alagoano, uma das mais importantes expressões culturais brasileiras.
O Auto de Guerreiros surge no início do século XX, e traz cantores e dançarinos com trajes multicoloridos. Os homens usam calções e meias longas. As mulheres, vestidos com acessórios de acordo com seus personagens. A parte que mais chama nossa atenção é o chapéu em formato de igreja, cheio de brilho e enfeites, e da base caem fitas de cetim que tremulam e cintilam durante as coreografias, giros e disputas de espada. Por trás desse aparente aspecto de brincadeira, o Auto de Guerreiros narra uma guerra recheada de conflitos políticos que envolvem múltiplos personagens.
Alagoas é um estado riquíssimo em cultura popular. No entanto, não apenas alagoanos, mas brasileiros como um todo, muitas vezes não fazem ideia do que nos cerca.
Este romance mescla os escritos do folclorista Théo Brandão com um universo ficcional inédito. E o leitor tem a oportunidade de conhecer o Auto de Guerreiros, sua riqueza e se encantar com as intrigas políticas entre o Reino de Guerreiros e o Reino de Peri.
Fantasia / Ficção