Diva nasceu com um hemangioma, uma mancha vermelha e extensa no rosto, inoperável. Se não fosse pela mancha, ela seria o reflexo perfeito de sua irmã gêmea. Elas são inseparáveis, amigas, parceiras, mas com o início da vida escolar e em sociedade, vai crescendo a distância entre a irmã “com” e “sem mancha”. Aos 16 anos, Diva se apaixona e se abre pela primeira vez para alguém fora da relação fraterna. Até ali, nenhum xingamento ou brincadeira de mau gosto a atingia. Mas o amor que fez seu coração dizer um só nome foi também o motivo para Diva se esconder em casa e nunca mais sair: “Se eu for namorar uma delas vou namorar a sem mancha.” Em primeira pessoa, a autora vai montando um mosaico da vida dessa mulher, tendo como “espinha dorsal” o fato de que ela gostava se ser quem era, mas passou a se enxergar através dos olhos das outras pessoas por conta da sua aparência.
Ficção / Literatura Brasileira