Não podemos controlar nossos destinos. Somos apenas uma peça no jogo da vida.
Callie sofreu um acidente que a levou ao hospital. Tirou as pessoas mais importantes sua vida e como se não bastasse, apagou sua memória.
Entre sofrer durante meses por suas lembranças esquecidas e conseguir seguir em frente, Callie passou por dias doloridos. Conviver com o branco na mente não foi fácil, não lembrar das últimas palavras dos pais, como foi o ensino médio ou porque ela fazia aquela viagem a deixavam com uma sensação de vazio no peito.
E esses espaços em branco só podiam ser preenchidos por suas memorias inexistente.
Como sempre, Calliope encontra conforto na música e a banda Perfeita Simetria parece a entender em todos os aspectos. Assim como em uma terapia, a vontade de voltar ao mundo logo surge e ela dedica seus estudos a se tornar produtora musical – a mesma carreira de seus pais – e continuar o legado de sua família.
E como obra do destino, a banda precisa de uma gravadora nova. Ela vê isso como uma oportunidade de agradecer pessoalmente a banda que tanto a ajudou a superar uma fase difícil de sua vida.
Mas não é apenas essa brincadeira que o destino vai fazer. Há muito mais do que músicas em seu encontro com Rafael, o cantor/compositor da banda. Há também a sensação familiar que lhe ocorre quando acontece o primeiro encontro.
Há sentimentos que não podem ser apagados quando eles estão marcados como tatuagem sobre a pele.
Literatura Brasileira