É próprio da natureza do homem interrogar-se. Desde que existe ele procura compreender as coisas e o mundo a seu redor, mas, em especial, a si próprio. Por que existe? Para onde vai? Qual o valor da sua existência? Que caminhos têm sentido?
Com seu espírito ele desenvolveu uma civilização. Essa Civilização, que pretendia ser a resposta às interrogações do homem, tornou-se ela própria, pergunta. Ela coloca o homem no limiar do não ser, do "non-sense".
Nesta perspectiva, o problema de Deus torna-se o cerne da interrogação contemporânea. É preciso, então, refazer o trajeto existencial seguido pelo homem, desde seu surgimento até o momento atual. E é preciso tentar encontrar o caráter essencial da fé, pois, durante muito tempo, o discurso teológico limitou-se a um fácil idealismo que pretendia ter resposta para tudo. É o que o autor faz nessas páginas. Pelo caminho da abundância analítica, que retoma, passo a passo, as iniciativas da teologia, da filosofia, do conhecimento científico e da antropologia, o autor nos conduz a uma visão inteiramente nova de Deus, da fé e do discurso Teológico.
Aqueles, para quem a existência é interrogação, talvez possam entrever aqui uma resposta, cuja riqueza os deixará admirados.