O objetivo desta dissertação de mestrado é o de investigar a hipótese de se considerar o romance Frankenstein ou o Moderno Prometeu, escrito por Mary Shelley em 1816, como índice de um olhar crítico de sua autora em relação a seu próprio tempo, principalmente no que diz respeito às conseqüências perversas do acelerado desenvolvimento da ciência e da técnica e à perda das dimensões mais tradicionais de coesão social. Neste sentido, ao mapearmos a analisarmos as múltiplas referências à obra, buscamos compreender em que sentido Frankenstein assume o caráter pedagógico e admonitório da fábula moral, como contraponto à crença numa trajetória progressiva da humanidade.