Em tradução direta do idioma original, O violino de Auschwitz, da catalã Maria Àngels Anglada, integra uma importante vertente da ficção contemporânea, cujo tema geral pode ser sintetizado pela expressão dignidade na barbárie. Se os racistas pretendem diminuir a dimensão humana do objeto de seu ódio, os nazistas, por sua vez, pretendiam anulá-la inteiramente. A arte, porém, a rearfima. A história de O violino de Auschwitz se constrói então sobre uma magnífica e brutal ironia.