A criança recém-nascida sobrevive à indiferença com que foi parida e largada à própria sorte num caixote forrado com aparas de madeira e, como um vaticínio do que seria a sua vida, vem com os calcanhares virados: uma Curupira urbana. E assim, aos poucos, com a escrita precisa e a sensibilidade de quem consegue sentir a dor do outro, Viviane Santiago vai nos apresentando as desventuras de Laura. E nós, leitores, à medida que Laura vai elaborando e se desviando de suas dores e medos, vamos nos indagando sobre o destino das milhares de Lauras que sobrevivem às tragédias de suas vidas, sabe Deus como. Sobre as Lauras, que a personagem deste livro representa, em cada um de seus lares, a autora nos leva à reflexão e às lágrimas.
Drama