OUTRAS DO ANALISTA DE BAGÉ. por Luis Fernando Veríssimo
Impresso por primeira vez na Primavera de 1982, no Brasil, é uma forma diferente e agradável ao mostrar um pouco do tragicómico do Machismo Gaúcho, do homem das pampas e do chovinismo do Rio Grande do Sul.
Poucos personagens na literatura brasileira, em toda a sua historia, alcançaram a repercussão e a admiração popular do Analista de Bagé, genial criação de Luis Fernando Veríssimo. Oito meses depois de lançada, a primeira serie de histórias do analista atingiu a 50.ª edição com mais de 160 mil livros vendidos em todo o Brasil, estabelecendo um recorde editorial muito difícil de ser batido por textos do seu género literario. Ja transformado até em tiras cómicas em quadrinhos de circulação em jornais, notadamente, tem se transformado numa voz ativa e crítica do espartano estilo de vida do gauchismo machista e dos costumes e preconceitos no cotidiano farroupilha, bem no estilo do humor filosófico.
Outras do Analista de Bagé é uma nova coletánea de 35 trabalhos onde vocé encontrará novas historias do analista e mais um fascinante conjunto de contos e crónicas onde raramente decepciona. Mais uma vez oleitor se deliciará como talento de Luis Fernando Veríssimo, o grande escritor que, com humor, inteligencia e sensibilidade, conquistou um inmenso contingente de leitores em todo o Brasil e em Portugal ao criar um personagem com tanta profundeza filosófica nos seus conceitos:
SUA ESCOLA NA PSICOANÁLISE:
"Sou freudiano de carregar bandeirinha, mais ortodoxo do que rótulo de Maizena."
SOBRE O FEMINISMO:
"Toda mulher deve lutar pelos seus direitos, desde que não interfera nos serviços de casa."
SOBRE A INFLUENCIA DA BOMBACHA (calça típica)NO MACHISMO GAÚCHO:
"O gaúcho é o que é, porque a bombacha dava espaço. Uso bombacha até no consultório." "Quando a ocasião é social uso as de enfeite do lado. Mas nada que brilhe, senão já é bichice." "Pra apertar meus fundilhos, só mão de china..."
SOBRE A SUA INFANCIA:
"Normal. O que não aprendí no galpão, aprendí atrás do galpão."
SOBRE REICH:
"Esse tal de Reich, nempra catá bosta. Reich, pra mi, é prenuncio de cuspida."
SOBRE A Sociedade Psicanalítica de Bagé:
"Eles me consideram uma rês desgarrada, porque sou muito radical. Só não me expulsaram ainda porque querem me capar antes."
Obras do mesmo autor:
AS COBRAS E OUTROS BICHOS (inclusive o homem)
ED MORT E OUTRAS HISTÓRIAS (3.ª edição)
SEXO NA CABEÇA (2.ª edição)
O ANALISTA DE BAGÉ (53.ª edição)
O GIGOLÓ DAS PALAVRAS (4.ª edição)
OUTRAS DO ANALISTA DE BAGÉ, por Luis Fernando Veríssimo; 140 páginas. 1982. L&M Editores ltda. Rua Nova Iorque, 306, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, RS;Ficha Catalográfica: CDU 869.0(81)-94 Capa de Jorge Polydoro. Foto da capa: Roberto Silva fotografando a Fraga encarnando o analista. Impresso na LIS - Gráfica e Editora, Ltda. São Paulo, SP.
Resumo do Patriarca: Pedro Olmedo