"...Jamais pretendi escrever uma trilogia. Nem tinha em mente, ao iniciar esta obra conhecida domo A Crucificação Encarnada, dar às partes distintas os títulos de Sexus, Plexus e Nexus. O título principal era o único que se revestia de importância para mim. Através da crucificação uma pessoa pode ser ressuscitada - ou "transformada", se preferirem assim. Minha ideia, muito simples, foi a de contar, sem pensar no número de páginas, a história do período mais pungente de minha vida, a saber, os sete anos antes de minha fuga voluntária para a França. Parte considerável da narrativa refere-se à luta que travei para me expressar em palavras - eu comecei tarde! -, dificuldades para ganhar a vida, luta com o meu próprio ser complexo, encontros com outros homens e mulheres na condição de "errante facinora cultural", e assim por diante. E mais do que tudo, talvez meu esforço para compreender o padrão de minha vida, seu propósito e significação."
Henry Miller.
Literatura Estrangeira