No extremo da península salentina na Itália, o tarantismo ou envenenamento por picada de aranha era a explicação para os surtos de violenta agitação – uivos, saracoteios, correrias e gargalhadas, tudo impregnado por exuberante sensualidade. Para se livrar do veneno, restava a Giuseppina Palumbo recorrer ao ritual das tarantelas e invocar a força de São Paulo, protetor das tarantatas, as mulheres que sofrem de tarantismo. É com a esperança de encontrar a cura que os Palumbo emigram para o Brasil, instalando-se na cidade batizada com o nome do santo. Na periferia paulistana, serão vizinhos do professor de piano Marçal Quintalusa, que ficará fascinado pela escuridão dos olhos da italiana.
Ficção / Literatura Brasileira