Teoria do Romance vincula a narrativa romancesca à modernidade. De fato, o romance aparece quando se anunciam os tempos modernos, época em que os ideias contatos na epopéia medieval começam a agonizar. O Autor entende que as muitas crises pelas quais passa o romance mostram a vitalidade do gênero. O Romance, em contínua transformação, narra a crise da modernidade ou a modernidade em crise. Sendo ele o gênero da modernidade, é possível refletir sobre suas interações, o que o Autor procura realizar neste livro, desfazendo a oposição estrutura/história e entendendo a história do romance como sucessão de várias sincronias.
Sem trair suas características fundamentais, o romance se altera no tempo e no espaço. Atento a isso, Donald Schüler discute as alterações sofridas por ele ao aprofundar raízes no solo brasileiro. Em regiões culturalmente bem definidas, o romance brasileiro se diversifica. Adaptado ao novo espaço é inevitável que passe a dialogar com textos produzidos na Europa.
O Autor entende que permanecer atento ao diálogo rende mais do que insistir na abandonada teoria das influências.
Para Donald Schüler, a reflexão é tão importante como a informação e procura manter neste livro um contínuo clima de debate. O leitor é convidado a aprofundar questões teóricas, de forma a entender que a reflexão sobre o romance pode ser atividade tão fascinate quanto a sua leitura.
Artes / Comunicação / Ensaios / Ficção / Literatura Brasileira / Não-ficção / Romance