Jean-François Steiner, judeu preocupado com sua raça, considera-se acima de tudo francês, pois, além de ter nascido em Paris em 1938, assimilou toda a cultura francesa e se formou na Sorbonne. É casado com Grit von Brauchitsch, nascida em Berlim e neta do comandante-chefe da Wehrmacht nas campanhas da Polônia em 1939, da França em 1940 e da Rússia em 1941.
Em 1959, Steiner foi enviado à Argélia num regimento de pára-quedistas francês. Era o tempo do movimento de libertação daquele país. De volta à França, escreveu Como Se Faz Um Pára-Quedista, publicado na revista Les Temps Modernes, de Jean-Paul Sartre.
Jornalista, colabora nas revistas Réalités, L'Express, e le Nouveau Candide.
Aos dois anos de idade perdeu seu pai, deportado para Auschwitz. Segundo sua própria declaração, o massacre dos judeus o preocupou desde que dele tomou conhecimento. Levantando depoimentos e pesquisando em arquivos sobre o nazismo, os judeus e a Segunda Guerra Mundial, Steiner reuniu o material que lhe permitiu escrever Treblinka, terrível narrativa sobre as condições de vida num campo de concentração e a revolta que resultou em sua destruição em 1943.
Publicado na França em 1966, Treblinka despertou protestos e acusações. Muitos viram no livro uma tentativa de condenação da passividade dos judeus levados aos campos de concentração e extermínio. Mas a verdadeira intenção de Steiner foi relatar a revolta ocorrida no campo que deu a oportunidade de fuga e sobrevivência a seiscentos judeus.
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