Neste livro o autor afirma que a literatura não deve ser avaliada por um a pseudocapacidade de revelar verdades sobre a vida ou como auxiliar da cultura. Ele acredita que a recepção da obra deve ter um fim em si própria. Para Lewis, quanto mais especificamente literárias forem as observações, menos contaminadas estariam por uma teoria de valor.
O livro considera a literatura uma prática que permite que tenhamos acesso a experiências que não são as nossas. Elas podem ser realistas, estranhas, belas, terríveis, assustadoras, hilariantes, patéticas, cômicas ou picantes, entre infinitas alternativas. Nesse aspecto, a literatura seria uma libertação para que o homem não seja apenas ele mesmo.
Lewis argumenta que a experiência literária aumenta o referencial do indivíduo sem ferir a individualidade. Ler um bom livro significaria ver de mil maneiras o mundo com manutenção da autonomia de pensamento. Torna-se, assim, uma possibilidade de transcendência, ou seja, uma jornada para fora do eu que leva à ampliação da própria capacidade de cada um se relacionar com a realidade.
Não-ficção / Educação