Gisa 25/04/2015LindoEntão gente, adquiri esse livro já faz um bom tempo. Acho que comprei na black friday e estava deixando a leitura de lado. Até que resolvi ler. E que bela surpresa.
Como falar com um viúvo, é narrado pelo Doug, um cara que acabou faz um ano de perder a mulher. Ele encontra-se perdido então, pois não sabe o que fazer. E além de lidar com a própria dor dele, precisa lidar com a dor do enteado adolescente e rebelde.
Para tentar passar por tudo isso, ele escreve uma coluna com o título do livro e faz muito sucesso, se tornando o homem mais desejado de todos os tempos. Bonito, triste, solitário e esbelto.
E para completar, ainda conta com a ajuda da linda, grávida e atrapalhada irmã que acha que tudo o que ele precisa é de um bom sexo.
O livro é lindo e poético. Pois afinal, a dor é assim não é? Existe uma certa beleza na tristeza. E é isso que acompanhamos. Doug está acabado, fragilizado, com raiva de todos, se sentindo a pessoa mais sem sorte do mundo. Você consegue sentir a dor dele, apalpar a dor que ele sente. Ela chega a ser física e não apenas uma representação em palavras vazias.
Eu tive muito medo, de que quando a irmã Claire aparecesse, o autor transformasse essa linda história em um chick lit. E eu adoro o gênero, mas acho que não combinaria com esse livro. Nós realmente encontramos algumas cenas muito engraçadas, mas isso só porque a dor é linda, poética e irônica.
Os personagens são tão bem construídos que poderiam ser eu, você, sua mãe, sua vizinha. São todos tão errados, mas que estão apenas tentando acertar. E há melhor definição para nós humanos? Não é isso que fazemos todos os dias?
A escrita do Jonathan cativa, emociona e encanta. Nos vemos grudados nas páginas, pois queremos de alguma forma consolá-lo e sermos consolados por ele.
Um livro que nos mostra que a vida é dura mesmo, que as famílias são esquisitas e é assim que deve ser e isso não significa que não exista amor. O amor está ali, quando aguentamos os pequenos e grandes erros daqueles que estão a nossa volta.
Talvez uma das mais importantes mensagens que o livro nos deixa, é que a dor e o luto precisam ser sentidos. Quando perdemos alguém, sempre aparece alguém para dizer "segue em frente" . Mas você só pode seguir em frente, quando estiver preparado para isso, caso contrário, as coisas darão imensamente errado e a dor nunca irá amenizar.
Parece um pouco idiota falar sobre a qualidade física (papel, capa, diagramação) do livro, tamanha a qualidade da história. Afinal, eu recomendaria que você lesse esse livro, mesmo que ele tivesse sido produzido em papel de jornal. Mas vou dar essa informação, para quem se interesse pelo assunto: As folhas são amarelas, os capítulos são curtos, a letra e os espaçamentos são ótimos e não encontrei erros de revisão.
Por fim, só posso dizer para que você leia o livro. Com certeza, você vai encontrar grandes lições e que podem te ajudar a passar pelos momentos mais difíceis da sua vida.
"Nem sempre perdemos as pessoas para a morte. As vezes, nós a perdemos para a vida. Mas isso não faz com que a perda seja menos dolorosa." Gislaine oliveira
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