Amanda 27/07/2020
Então... Gostei e não gostei
Esse é aquele tipo de livro que você gosta, mas não gosta tantooo assim - o que é surpreendente no meu caso, pois eu amo a Júlia Quinn - mas não me interessei tanto assim pelo casal principal e acho que esse fator foi fundamental para minha nota.
Miranda Cheever levou a outro nível o crush da infância. Ela se apaixonou por Nigel Belvestoke, visconde de Turner, aos 10 anos quando ele a fez se sentir especial. Turner com então 19 anos acompanhou a vizinha e melhor amiga da irmã até em casa e escutou sobre o bullying que ela sofria das outras meninas por ter cabelos e olhos castanhos, além de ser muito magra e não tão bonita. Ele foi um fofo e achei que ia amar o casal, mas os anos não foram gentis com ele.
Dez anos depois, Turner se apaixonou e casou com Letícia que o traiu a todo muitas vezes e destruiu o coração do visconde. Quando ela morre, ele não quer guardar o luto necessário e após o enterro acaba cometendo um erro brutal, ele beija a melhor amiga de sua irmã e seus problemas se iniciam. Ele é bem escroto com a menina e mesmo sabendo que ela tem algum sentimento por ele, acaba apenas se afastando sem satisfação.
Já Miranda ainda com problemas de autoestima e com o desprezo do pai que nunca a nota, acaba alimentando essa paixonite que tem por Turner. Eles acabam se beijando e as coisas se complicam. O ponto principal é que Miranda é apaixonada por Turner que por sua vez não consegue enxergar e nem assumir o que sente por ela. Isso vira uma bola de neve de frustrações e infelicidade é apenas só fingir que está bem, não ajuda em nada.
Eu gostei do livro, mas não simpatizei com os dois personagens principais como casal. Achei a paixonite da Miranda uma clara obsessão gerada pelo fascínio que ela tinha por Turner ter sido quem a acalentou em um momento de vulnerabilidade. Já Turner é um orgulhoso e cego que se prende a más experiências sem reconhecer o que a vida está jogando no colo dele (até ser tarde demais). Quem sou eu pra julgar, mas acho que Júlia tivesse desenvolvido melhor o interesse de Winston ou o ciúmes de Turner teria sido melhor. A impressão que eu tinha era que ele estava tão seguro dos sentimentos dela, que não se importava em explanar os seus, enquanto ela estava tão ocupada em querer ouvir as palavras dele que não se atentava aos sinais. Enfim, complicado. No final quem roubou a cena em vários momentos foi a Olívia, que será a próxima protagonista de um livro espero seja bem melhor.