Luiza Helena (@balaiodebabados) 28/05/2020Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/A série Modern Love foi uma das estreias favoritas de 2019. Quando fiquei sabendo que os episódios foram inspirados em textos publicados no The New York Times, eu fiquei super curiosa para poder conferi-los. Nessa coletânea organizada por Daniel Jones, temos todos esses textos e muitos outros.
Modern Love é dividido em quatro partes (Em algum lugar lá fora, Acho que amo você, Segurando firme nas curvas, Assuntos de família) e conta com 42 textos que foram publicados no NY Times. Cada texto tem por volta de 5, 6 páginas mas é o suficiente para que você se envolva na história narrada.
Há relatos sobre vários tipos de amor: o amor romântico, amor platônico, amor familiar e, até, a falta, perda e desgaste de amor. Ao final de cada texto, temos uma mini biografia de quem o escreveu, sua vida atual e a data que foi publicado no jornal.
Na parte Em algum lugar lá fora, temos relatos de pessoas que passam por algum tipo de desilusão amorosa, mas não perdem a esperança de encontrar a pessoa certa. Em Acho que amo você, boa parte é sobre segundas chances e recomeços. Segurando firme nas curvas e Assuntos de família temos como principal textos sobre família e compromisso.
Dos relatos mostrados na série, os mesmos que não haviam me agradado muito meio que permaneceu o mesmo sentimento. Porém um que achei interessante conferir foi o Ora, Ele Parecia um Pai. Era Só um Jantar, Certo?, o qual vemos uma jovem tentando suprir a falta do amor paterno projetando em um outro homem. Confesso que aqui a situação ficou bem menos daddy issues do que apresentado na série. Em contrapartida, um texto que gostei bem mais do modo como foi apresentado na série foi o A Mãe Sem-Teto do DJ.
Dos outros relatos, alguns relatos me tocaram mais que outros. Como Você talvez queira casar com meu marido narrado por uma mulher que está morrendo de câncer e desejando que o marido recomece sua vida ao lado de outra pessoa. Outro que também destaco é Quando Eva e Eva mordem a maçã, narrado por uma mulher que tem uma forte ligação com sua religião, se vê apaixonada por outra mulher e reflete em como esse sentimento pode influenciar em sua participação na igreja; e O meu marido é agora minha esposa, uma mulher contando sobre a cirurgia de mudança de gênero de seu marido.
Há também alguns relatos de causar indignação como o Quando o Sr. Estável se torna o Sr. Carente, que narrado por uma filha comentando como sua mãe passou a negligenciar o pai quando foi descoberto que ele estava com Alzheimer. Em contrapartida, há relatos de causar admiração em seus protagonistas, como Só segurando firme nas curvas e Minha primeira lição sobre a maternidade.
Como os textos são super independentes entre si, você poder na maneira que quiser. Abaixo eu deixo a relação dos que já foram adaptados na série, na ordem que aparecem no livro, e estou bem ansiosa em saber quais serão os próximos. Por isso, fica a dica de uma ótima leitura e uma ótima série para maratonar.
- No hospital, um interlúdio de clareza, por Brian Gittis (episódio 5)
- Ora, ele parecia um pai. Era só um jantar, certo?, por Abby Sher (episódio 6)
- Quando o cupido é uma jornalista intrometida, por Deborah Copaken (episódio 2)
- A corrida fica mais gostosa perto da última volta, por Eve Pell (episódio 8)
- A mãe sem-teto do DJ, por Dan Savage (episódio 7)
- Aceite-me como eu sou, não importa quem eu seja, por Terri Cheney (episódio 3)
- Unir forças para manter o jogo vivo, por Ann Leary (episódio 4)
- Quando o porteiro é o principal homem da sua vida, por Julie Margaret Hogben (episódio 1)
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