O eterno marido

O eterno marido Fiódor Dostoiévski




Resenhas - O Eterno Marido


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Carlos 01/02/2022

O Eterno Marido subterrâneo
Romance curto (chamado, inclusive, de novela pelo próprio Dostoiévski) que releva toda a grandiosidade do autor, intercalando temas recorrentes em sua obra, como o homem do subsolo, representado aqui de forma ambígua por Vieltchâninov e Páviel Pávlovitch), a criança abandonada (Lisa) e o bufão, também representado por Páviel.
Considerado por muitos o maior romance curto do autor, para mim ainda fica atrás do impecável Memórias do Subsolo.

?É tudo um absurdo: ambos somos gente viciosa, subterrânea, vil??
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Alex 02/12/2023

Casos de família russo antigo.
"Tem c0rn0 , tem p?t4, tem v14do .."
Isso tava melhor que novela das nove, eu simplesmente ADOREI, além de prender muito, ter um enredo cheio de reviravolta e intriga, tem oque o povo gosta né. Tem umas partes que achei bem lgtv né, mas talvez seja esquizofrênico.
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Toni 08/11/2011

Consciências que se elucidam
Escrito em 1870, ‘O eterno marido’ é considerado um romance fruto da maturidade artística de Dostoiévski. Síntese de sua poética, elaboração formal e temática, a crítica vê nele um dos momentos culminantes da obra dostoievskiana: uma narrativa breve capaz de engendrar temas universais e abrangentes ao lado de elementos bastante específicos e tipicamente russos, principalmente no tocante às relações interpessoais (que amiúde causam estranhamento aos leitores deste lado de cá).

De maneira análoga a de 'Notas do Subsolo', em que temos o desenvolvimento de um 'tipo' complexo, 'O eterno marido' traz em seu título essa categoria de homem que seria “um complemento da esposa, mesmo que possua indiscutivelmente personalidade própria, (...) ele não pode deixar de ser portador de chifres” (p.49). O livro segue os passos de Vieltchâninov, caracterizado com todos os traços daquele habitante dos subterrâneos: hipocondria, insônia, vaidade, inteligência judiciosa e incontestavelmente dotada, ceticismo. A narrativa se desenvolve a partir do encontro desta personagem com Páviel Pávlovitch Trussótzki, cuja mulher recentemente falecida fora amante de Vieltchâninov quase uma década atrás.

No impecável desenrolar dessa história, Dostoiévski logra orquestrar o suspense com maestria, à medida que as consciências desses dois homens se elucidam nos prolixos embates dialógicos da narrativa. Como apontado por Bakhtin, na obra do romancista as consciências são independentes e vivas, mas só existem no contato com o outro. Para desenvolver a 'imagem do homem no homem', o autor não objetifica as personagens tornando-as consciências submissas à sua visão de mundo. Pelo contrário, ele se põe ao lado dos outros, interrogando, provocando e respondendo sem, no entanto, abafar as vozes das personagens. A polifonia do romance dostoievskiano permite que Vieltchâninov e Páviel Pávlovitch sejam representados de dentro para fora, na sua inconclusibilidade, à luz de muitas consciências isônomas e plenivalentes que revelam umas às outras.

Em ‘O eterno marido’ encontramos uma sucessão de Leitmotiven característicos da obra do autor como a criança sofredora (Lisa), o bufão trágico (Páviel), o sonho prenunciador (nos capítulos 2 e 15) e o já referido homem do subsolo (Vieltchâninov), além de elementos que o aproximam da sátira menipéia*: as cenas de escândalo e excentricidade (em casa dos Zaklébinin), o jogo com oxímoros ('o mais monstruoso dos monstros é o monstro com sentimentos nobres', 'amava-me por ódio'), a publicística ('os grandes pensamentos originam-se mais de um grande sentimento do que de uma grande inteligência'), o riso de escárnio ('ele fica procurando...amantes embaixo da cama'), a embriaguez (estado quase constante de Páviel Pávlovitch). Tudo articulado, no equilíbrio perfeito entre os capítulos, com as próprias motivações psicológicas. Neste breve romance, Dostoiévski atinge o thriller psicológico com centralidade de ação incomum aos romances do autor, geralmente desdobrados em vários outros núcleos narrativos. Representa o epítome da obra aberta: polifonicamente construída e dialogicamente instigante.

*Elementos apontados por Mikhail Bakhtin em Problemas da Poética de Dostoiévski
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Otoniel.Filho 24/12/2020

O eterno marido
Dostoiévski mais uma vez impecável, inatacável quando o assunto é literatura, romance escrito com maestria, de beleza inefável
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Manu 29/04/2020

1° livro concluído no ano e 1° lido do Dostoiévski
Foi o primeiro de Dostoiévski que li e achei bem instigante. Conta com descrições dos pensamentos e sentimentos do protagonista frente a uma situação inusitada para ele. Apesar de não ser muito fã desses detalhes, achei importante pra nos situar no estado emocional do protagonista.
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Davi Teixeira 17/10/2022

Muito bom
Um enredo que tinha tudo para ser pesado, mas a escrita do autor torna a leitura divertida e leve. Tem umas pitadas de suspense e algumas respostas só aparecem nos capítulos finais.
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18/07/2020

Vieltchâninov é um homem comunicativo, sedutor e atraente, apesar de ter já os seus 40 anos, uma forte hipocondria e um passado de recordações amargas. Ele não tenta enganar a si mesmo: sabe que tem uma régua moral curta e que é capaz de cometer atos condenáveis, caso representem uma vantagem para ele. Não é exatamente o tipo de personagem pelo qual gostamos de torcer; ainda assim, Dostoiévski, em um livro chamado ?o eterno marido?, nos faz tomar o lado do amante.

O suspense se inicia quando, após nove anos do término do caso entre Vieltchâninov e Natália Vassílievna, o amante de repente se vê frente a frente com o marido traído - agora viúvo. Páviel Pavlovitch aparece como uma figura trágica e ao mesmo tempo cômica, correspondendo à categoria de ?eterno marido? - aquele que vive para as necessidades de sua esposa -, inventada por Vieltchâninov, e inclusive fazendo jus a ela ao definir a si mesmo com os dois dedos acima da cabeça em formato de chifres. É um homem que bebe a própria tristeza e como que se embriaga com ela, arrastando junto para sua miséria a filha Lisa (em torno de quem também gira um grande mistério). Não há paz para Vieltchâninov durante todo o período em que Páviel se encontra na cidade. Como dormir tranquilamento quando o homem a quem você prometeu amizade e de quem logo após roubou a esposa se encontra parado de pé, no meio do seu quarto, na completa escuridão, encarando-o com o que só pode ser entendido como ódio mortal? Teria esse homem - reflete Vieltchâninov - a intenção de matá-lo?

Dostoiévski consegue dizer muito com poucas palavras. Captamos aspectos da personalidade dos personagens por meio do seu jeito de falar, da sua reação aos acontecimentos, dos diálogos angustiantes entre marido e amante. O suspense e a ambiguidade (e também o humor) perpassam todo o livro. A narração é feita de maneira impecável, e nenhuma frase é gratuita.

"Sim, amava-me por ódio; e este é o amor mais forte..."
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Vi Fonseca 22/12/2022

" O Eterno Marido"- Dostoiévski
Sabendo que o próprio Dostoiévski escreveu este livro para pagar uma dívida de jogo e que o mesmo era o livro que o autor menos gostava...fui ler o livro com um pouco de dúvida.

O primeiro capítulo foi entendiante, quase larguei o livro, mas entendo que o autor utilizou do mesmo para introduzir ao leitor o caráter do personagem principal (Veltchanínov, um homem rico de São Petersburgo).

Veltchanínov é um personagem um tanto quanto imoral, é um personagem rude, egoísta e que gosta de humilhar as pessoas que não são tão privilegiadas e abastadas, como ele. Ivánovitch revela, logo no início, que,quando mais jovem, gostava de se relacionar com mulheres casadas e de ter uma boa relação com seus respectivos marido os ditos "eternos maridos".

Após alguns capítulos o leitor conhece Pávlovitch, o marido de uma falecida amante de Ivánovitch (Natália, uma mulher forte e decidida que traia muito seu marido). O (ex) marido de Natália é aquilo que o personagem principal intitula de "eterno marido"- homens que estão destinados a casar, a satisfazer e a obedecer cegamente suas esposas, independentemente da situação ( o famoso "🤬 #$%!& manso").

Basicamente a história se desenrola entre tentar descobrir se Pávlovitch sabe que Ivánovitch teve um caso com Natália e se Liza ("filha" de Pávlovitch) é ou não fruto da relação extraconjugal que Natália teve com o personagem principal.

O livro é legal, de forma geral, mas o assunto triângulo amorosa já é batido na literatura e o desenrolar da história me deixou confusa. Gostei que o autor fez uma espécie de inversão de papéis: o amante corajoso, ao longo da narrativa, se sentiu amedrontado e encurralado, pelo marido medroso.
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Ronaldo 16/09/2012

É lugar-comum afirmar que se lê pouco no Brasil porque os livros são caros. É hora de começarmos a relativizar esta afirmação. A L&PM, a Saraiva e a Companhia das Letras estão com excelentes coleções de livros de bolso: baratos, títulos de primeira ordem e traduções muito boas. Este livro de Dostoiévski é um caso típico: excelente, pequeno (168 pg) e muito barato. A história é fantástica, como só Dostoiévski consegue fazer: um tratado de psicologia em um enredo fascinante, com várias reviravoltas. Cinco estrelas é pouco!
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carolmureb 22/06/2021

Mais um "Dostô" pra conta e assim seguimos tirando o atraso do Projeto de Leitura "Lendo Dostoievski em ordem cronológica" da Isa Vichi. ??
Um livro curto que mistura humor, suspense e temas caros a Dostoievski, como a questão da consciência do mal, do crime cometido ou a cometer-se. Tenho a sensação de que "Dostô" sempre levanta a questão "como é que pode a pessoa fazer isso ou pensar aquilo, etc?". E está conectada com a questão da natureza humana... Como é possível alguém... Gostei muito do livro, como normalmente gosto das obras dele porque me fazem pensar no ser humano.
*
"Envelhecera não tanto pelo número dos anos, mas, por assim dizer, pela qualidade, e que tais males começaram por dentro e não por fora" p. 10.
*
"Os grandes pensamentos originam-se mais de um grande sentimento do que de uma grande inteligência" p. 159.
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Ana Tambara 27/09/2021

Muito bom!
Um livro curto e bom de ler. Gostei bastante do enredo e de como se sucedeu a história. Tem alguns mistérios, o que achei bem legal. Recomendo!
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 19/08/2017

Nesta obra Dostoievski descreve o tragicômico encontro entre o amante e marido traído e nos conduz numa narrativa repleta de angústias e incertezas à la Dostô, com reflexões que desnudam a alma e beiram à loucura.

O tempo inteiro o leitor sofre com o amante e com o marido. Será que o marido sabe que aquele que um dia acolhera em sua casa fora amante de sua mulher? Será que a estima que demonstra não faz parte de um plano de vingança? Ou será ela verdadeira? Até as últimas páginas do livro essa angústia, essa ânsia pelo acerto de contas, esse desejo de tirar um peso das costas (de ambas as partes) é repassado ao leitor com maestria.

Um livro capaz de suscitar sentimentos diversos. Por vezes, senti pena do marido, depois raiva (principalmente nas partes que remetem à sua filha), senti desprezo, senti pena de novo... Seria ele apenas uma pobre criatura que nascera para ser mesmo um "eterno marido"? Talvez...

"Sem dúvida, gostava de mim, enquanto me odiava. Esse amor é de todos o mais forte."

Leiam!
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isa.fsgomes 14/06/2021

O eterno marido, Fiódor Dostoiévski (1870)
Como não gostar de uma obra de Dostoiévski? Como sempre, uma narrativa completa, muito bem estruturada e com personagens e humor característicos dele.

O Eterno Marido me surpreendeu de várias formas, muito positivamente. Amei o suspense do começo ao fim e também me envolvi muito nos momentos de tragédia e comédia. Em nenhum outro livro vi tanta imersão nos costumes locais da época, achei isso bem interessante.

Enfim, recomendo.
Leiam Dostoiévski e o amem para sempre.
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Carolina 09/05/2021

#31 Romance curto e bem divertido
É um romance curto que fala sobre um homem traído e é bem divertido. É uma boa oportunidade para ver o lado mais cômico do Dostoiévski.
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