Coruja 25/04/2011Após devorar toda a coleção de Percy Jackson, incluindo The Lost Hero e enquanto aguardava a chegada de Big Red Tequila, parti para a segunda série mitológica de Rick Riordan, agora mergulhando fundo no mundo egípcio.
Aqui acompanhamos os irmãos Kane – Carter e Sadie – que descobrem serem descendentes de faraós magos e que também servem como invólucros ou avatares para deuses: presentemente, Hórus e Ísis estão pegando uma carona em suas cabeças. O pai deles explodiu a Pedra de Rosetta e desapareceu misteriosamente, aprisionado pelo mui simpático deus Set, que agora planeja (surpresa, surpresa) conquistar o mundo.
E aí começa uma corrida contra o tempo para salvar o mundo e descobrir o que aconteceu com o pai deles, tudo isso com o auxílio de uma gata que abriga o espírito da deusa Bastet, um babuíno fascinado por basquete e um bocado de teletransporte – não contando o fato de que todos os outros magos da Casa da Vida querem a cabeça dos dois.
Se eu tivesse lido A Pirâmide Vermelha antes de Percy Jackson, diria que esse livro é excelente. Mas, como já tive um primeiro contato com Riordan, não posso deixar de observar que essa segunda série parece ser mais do mesmo.
Nas cenas dos próximos capítulos, só precisamos do panteão nórdico para a sopa estar completa.
Contudo, pensando em Pirâmide Vermelha como um complemento aos livros de Percy, consigo não me decepcionar. Pelo contrário: minha teoria secreta é que o caos causado por Cronos refletiu-sena confusão do panteão egípcio. Uma vez que a idéia de Riordan é que esses deuses – greco-romanos e egípcios até agora – são personificações da idéia de Civilização Ocidental, os dois panteões estão interligados e o que acontece em um afeta o outro.
Se ele conseguir desenvolver esse cruzamento mitológico sem se enroscar no caminho e ainda tascar um Odin no meio, vou montar um altar para ele na minha estante. É esperar para ver. Até lá, Pirâmide Vermelha é um livro até legal... mas não esperem se surpreender, ok?