Rota 66

Rota 66 Caco Barcellos




Resenhas - Rota 66


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Renata Miranda 17/05/2014

Os dois lados da moeda
O livro relata com muita clareza o que acontece na realidade, o que não é permitido passar nos jornais, mas é muito importante que saibamos que há o outro lado da moeda, que é o policial, prezando pela sua vida, que em situações de risco, não tem outra opção a não ser atirar. Guerra é guerra, então voce escolhe, é matar ou morrer.
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Jéssica Simões 02/04/2014

Caco é um exímio jornalista! E isso fica claro no livro através de sua coragem e perspicácia nas investigações e, sobretudo, na preocupação em não tangenciar informações. Um livro de tirar o fôlego! De fazer pensar, repensar e questionar. Recomendo!
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@icaronunes 04/02/2014

Denuncia contundente
Livro maravilhoso. Denuncia do começo ao fim. Coisas curiosas, tensa e violência o tempo todo.

ROTA e PM são exposto ao publica de uma forma que todos já sabem (violento e fora da lei) mas não parecem perceber quão profundo é o problema.

Mostra o racismo do sistema penal e execuções sumarias. Tudo acobertado pelo comando da policia, políticos e sociedade.
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Flora 08/05/2013

Rota 66
Se você acha que estava obsecado pelo que fazia, provavelmente você está errado. Caco barcellos dá uma lição de persistência, coragem e organização nesse livro. A tarefa não foi fácil, também não é para qualquer um. Mas, na minha opinião, mostra que um repórter investigativo é apenas alguém que se dispõe a ter um olhar diferenciado sobre determinado assunto, sem cair no grave risco das generalizações, nem na busca pela dramaticidade exacerbada. É saber que o jornalismo é também uma forma de documentação, de preservação da memória. E "falta de memória" é um dos principais problemas da política brasileira.
Fabio 04/12/2014minha estante
Concordo com a Flora. Que trabalho magistral de paciência, persistência, organização e principalmente de coragem... falar sobre gente que mata, e continua matando não é para qualquer um. O livro impressiona, mas no meio de tudo, o que mais me chamou a atenção foi a desmistificação da relação polícia/criminalidade tão usada por políticos para legitimar a necessidade de mais polícia, mais arma, mais combate, etc... Só acho que faltou trabalhar a questão da parcimônia, na ânsia de falar da polícia que mata, não aparece a polícia que salva, a polícia justa, engajada, séria. No meio da leitura se você não problematizar dá a impressão de que toda polícia é "podre" é assassina, etc... mas mesmo assim, excelente livro.




Djonatha 09/02/2013

Jornalista Caco Barcellos descreve as injustiças que apurou em casos de assassinatos pela Polícia do Brasil
Inicialmente, o livro “Rota 66” alterna entre os casos de violência e crimes por parte dos policiais e a história de vida do jornalista e autor do livro, Caco Barcellos.

O primeiro e mais impactante caso parte justamente da equipe que dá nome ao livro, a Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar n° 66, que perseguiu um grupo de jovens com uma patrulha forte de policiais e viaturas pelas ruas de São Paulo, pois pensavam que o carro em que os jovens estavam, um fusca azul Volks, era roubado. Ao fim da perseguição, os policiais assassinaram os jovens rendidos, inocentes e desesperados a sangue frio, com brutalidade e animalidade.

Entretanto, os policiais, já acostumados a agir desse modo com pessoas de classe baixa e de bairros periféricos, não esperavam que os adolescentes do fusca azul fossem filhos de burgueses, classe alta da sociedade.

A imprensa nacional se focou no caso Rota 66 e acabaram por revelar várias contradições por parte dos policiais nos depoimentos em que eles próprios se diziam vítimas e que os adolescentes foram responsáveis pela própria morte.

O autor descreve os acontecimentos com certa ironia, principalmente quando mostra os absurdos depoimentos dos policiais e o que eles eram capazes de fazer para alterar as cenas do crime, manipular a perícia e até de comprar falsas testemunhas, tudo obviamente com muito cinismo.

A história de Caco Barcellos cruza com a desse relato quando ele decide juntar informações a respeito de todos os casos de assassinato em que a Polícia estava envolvida, descobrindo e descrevendo vários deles, sempre evidenciando o desespero e a inocência das vítimas, pessoas pobres, e o abuso de poder aliado à falta de caráter dos assassinos, os policiais.
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Vi 02/02/2013

Rota 66 - Caco Barcellos
O melhor livro de jornalismo investigativo que já li.
Obra que faz denúncia social, escancara a atuação irregular da Rota de São Paulo.
O autor, prestigiado jornalista brasileiro, desvenda as motivações, os métodos e os propósitos da polícia militar, bem como a postura incentivadora do próprio Estado e o perfil dos assassinos e vítimas.
Foram cinco anos de pesquisa, inclusive nos arquivos do IML.
Com o lançamento, Caco Barcellos fora ameaçado de morte, mas conquistou o prêmio Jabuti de 1993.
Recomendo a todos!
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Kethlyn 17/09/2012

O livro é uma verdadeira janela que ao se abrir nos faz enxergar um mundo desconhecido afora. Inocentes mortos, famílias destruídas, assassinos ganhando "Estrelas", distintivos 'merecidos aos policiais que mais matam "bandidos" - que nem sempre são bandidos. Essa é uma pequena parte de um mundo escondido em becos. Becos, esses, que são palcos de inúmeros assassinatos. Becos figurados, algumas vezes acontece pra quem quer ver - mas ninguém quer. Rota 66 trata da história de uma polícia que mata - porém mata inocentes. Essa não é maioria, mas ainda é uma fração que nem deveria existir. Há um grande número de mortos na cidade de São Paulo, todos os dias. E muitos, pela imprudência de quem deveria estar a posto para nos defender.

"Rota 66 - A Historia da Policia que Mata é uma obra do jornalista brasileiro Caco Barcellos. O livro trata do assassinato de um grupo de jovens de classe média de São Paulo por uma suposta ação equivocada de uma unidade das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). A partir deste ponto o fato se torna o elo entre tantos outros assassinatos que não tiveram explicação realizados pelas autoridades competentes.
Uma pequena história que desencadeia casos onde a policia atira antes de perguntar.
Em sua busca pelos casos semelhantes ao do Rota 66, o repórter narra sua investigação em lugares pouco agradáveis para maioria das pessoas. Entre pilhas de jornais e documentos em um escritório até madrugadas inteiras dentro de uma espécie de almoxarifado de um necrotério. A narrativa também ressalta anotações e um árduo trabalho de pesquisa em jornais locais, documentos e entrevistas acompanhados dos comentários do jornalista."
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Arsenio Meira 27/08/2012

Caco Barcellos, além de ter uma baita coragem, é um dos maiores jornalistas da sua geração.
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Manfredo 19/08/2012

Muito bom.

Livro de coragem.


Leia tb Abusado.
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Victor Felipe 16/08/2012

O livro é surpreendente, com um raciocínio interessantíssimo.
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Anderson.Pissinate 06/08/2012

Se a pena de morte fosse boa a Rota já tinha transformado São Paulo em um paraíso.
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Grecia.Augusta 06/03/2012

Excelente e assustador!
Fundamental para quem faz Jornalismo e quer entender como funciona uma investigação nessa área.
O livro fala sobre a polícia que mata, num Brasil que ainda respira a ditadura militar.
É excelente pois Caco Barcellos conduz seu livro unindo fragmentos das cenas vividas pelas vítimas da polícia e ao mesmo tempo assustador, porque mostra a realidade nua e crua de mortes tenebrosas e imperdoáveis cometidas por policiais.
Super indico!
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Karol 27/09/2011

Tropa de Elite
Vou dedicar essa resenha à minha amiga Eliza Bachiega, a maior entusiasta de Direitos Humanos que tive a oportunidade de conhecer.

Poucos livros que li na vida me revoltaram tanto quanto Rota 66, do Caco Barcellos.

Esse foi o segundo livro que relacionei para o Desafio Literário esse mês e conseguir ler e resenhar esse livro foi uma bela evolução para mim: apenas em janeiro eu consegui postar mais de uma resenha para o DL e estava me sentindo meio falha nas minhas “obrigações”. Mas o tema desse mês me conquistou e eu escolhi livros muito bons (\o/) então, deu pra curtir e ler mais rápido os livros propostos.

Feita a introdução, vamos ao livro.

ROTA 66, A História da Polícia que Mata é o segundo livro do Caco Barcellos. Todo mundo aqui conhece o Caco Barcellos, né? Repórter da Rede Globo que, atualmente, treina os “estagiários” do Profissão Repórter. O livro retrata, de uma forma meio romanceada, uma série de assassinatos inexplicáveis cometidos pela ROTA – Rondas Ostensivas de Tobias Aguiar, o BOPE aqui de SP – em um período de mais ou menos 20 anos, com um destaque especial para o caso ROTA 66, em que três jovens inocentes de classe média foram assassinados por policiais da ROTA sem terem ao menos tempo para explicar o mal entendido.

O livro se estende contando vários casos semelhantes: jovem perigoso é perseguido pela ROTA e morto durante um tiroteio após atacar policiais e resistir à prisão. Esse é o texto base de 90% dos boletins de ocorrência analisados por Caco e sua equipe. O que ele nos conta é o que acontece por trás dessa versão simplória do relato oficial: que, na maioria das vezes, as pessoas mortas sequer são criminosos efetivamente perigosos, em muitas vezes são inocentes, raramente armados, alguns “ladrões de galinhas” e a minoria é peixe grande. Até porque, seria difícil um assassino perigoso ficar dando trela na rua quando a ROTA está passando, o cara teria que ser muito obtuso...

Lá em cima, no início da resenha, eu disse que o livro me revoltou e revoltou muito. Não por ser ruim ou mal escrito, pelo contrário, o livro é fácil de ser lido e muito interessante, mas a raiva que eu senti ao prosseguir com a leitura era daquelas de ter que fechar o livro e respirar fundo antes de continuar a leitura. ROTA 66 narra uma verdadeira carnificina, assassinatos incontáveis, responsáveis impunes, pessoas inocentes mortas sem explicação, corpos desaparecidos, famílias despedaçadas e uma enorme negligência do poder público para com essa situação.

A maioria das vítimas dos policias citados nos livros segue um padrão: negro ou pardo, entre 18 e 25 anos, pobre. Pessoas que a justiça não se apressa em defender, casos que ficam sem investigação por anos a fio e muitas vezes os assassinos não recebem nenhuma sanção. É simplesmente revoltante, a desvalorização total da vida, a negligência em relação à lei e aos deveres do estado e um abuso de poder sem limites. Os policiais citados no livro – sim, Caco Barcellos dá nome aos bois – são tratados pela corporação como heróis sem haver sequer uma investigação para apurar quais as circunstâncias da maioria das mortes ocorridas. Matar o indivíduo deve ser sempre a última opção, mas nos casos descritos no livro, o assassinato foi a mais fácil e, por isso, a mais usada.

Não quero entrar na velha discussão da pena de morte, muita gente é a favor e muita gente contra. Mas, ao ler ROTA 66, comecei a refletir sobre as conseqüências desse tipo de pena em um país como o nosso, onde a segurança pública é ineficiente, a justiça e a polícia corruptas e incapazes. Claro, podemos falar que os corruptos e assassinos são a minoria mas, convenhamos, eles não deveriam nem existir. Como você confia que a polícia vai te proteger se eles atiram antes e perguntam depois? A Lei serve pra que mesmo? Para proteger o errado? Para encobrir os erros de um trabalho mal-feito?

Enfim, recomendo a leitura de ROTA 66 para todos que tiverem estômago e curiosidade para saber o que realmente se passa na polícia de São Paulo – a do resto do país não deve ser muito diferente. Algumas pessoas vieram me falar que não dá pra levar tudo o que o Caco Barcellos escreveu naquele livro à sério, pois eu rebato da seguinte forma: se 10% do que ele denuncia for verdade, já temos motivos suficientes para passarmos uma vida toda preocupados.
dissonantbr 21/06/2012minha estante
Fica a dica do Abusado, livro simplesmente muito esclarecedor de um "Gap" entre Cidade de Deus e Tropa de Elite. E a assustadora condição de torcer ou não para o protagonista... Interessantíssimo.




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