Rota 66

Rota 66 Caco Barcellos




Resenhas - Rota 66


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Moniky.Brito 01/05/2022

Gostei muito do livro, ele traz bastante informação com embasamento das pesquisas do Caco. É aquela história, eu já esperava me chocar só ao ler a sinopse do livro, mas ao chegar ao final depois de ver todos os números e relatos não tenho nem palavras. Recomendo bastante a leitura.
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Marcos Nandi 07/05/2022

Indignação
Sabemos que a polícia no Brasil é a polícia que mais mata e que mais morre. Fato incontroverso, só ligar a televisão em qualquer jornal que vemos o tanto de mortes por "engano". Em geral, de pessoas pretas e pobres.

Com a desculpa de descriminante putativa (achar que a pessoa está armada, por exemplo), a policia que é despreparada, com péssimos recursos e estrutura estatal, segue cometendo atrocidades desde que o Brasil é Brasil, em especial, por causa do militarismo trazido pela ditadura militar.

Com o intuito de barrar o avanço dos guerrilheiros, as rondas ostensivas Tobias Aguiar (Rota), foi criado para torturar e matar. O que depois continuou, mesmo com a redemocratização.

Entre relatos de assassinatos de pobres e pretos, o sigilo policial, protege a rota nos crimes cometidos por civis. Aliás, supostos crimes. Visto que, a maioria são casos de pura injustiça. Por exemplo, morte de desafetos. Não há um critério prévio. Apenas, matam. São os juízes, promotores e executores de uma sentença de morte.

Muitos dos mortos, são esquecidos pela mídia sensacionalista, porém, num dos casos, a polícia matou e alterou a cena do crime, na morte de adolescentes de classe média alta, acusados de furto de um toca-fitas. Um dos únicos casos, que na época, causou comoção.

Um dos personagens odiosos dessa história, é o Nepomuceno, típico militar fruto da forja de um dos períodos mais obscuros da nossa história, cruel, maldito, personificação maniqueísta do mal. Porém, real. Um homem que existiu e que em uma vida, fez uma trajetória de sangue, tragédia e injustiça.

No meio disso tudo, temos Caco Barcelos, jovem jornalista de Porto Alegre, que resolve em 1975 ir para São Paulo, fazer um banco de dados sobre a violência policial dos anos 70 até o início dos anos 90, que até então, nunca haviam sido condenados. O próprio Caco, sofreu na sua adolescência violência policial

É irritante que os policiais sempre usam a mesma história mal contada. Com nenhuma prova do alegado (apenas provas que demonstram as fraudes processuais) e sempre eram absolvidos. É uma leitura que indigna qualquer cidadão decente. Uma história de psicopatia.
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@livroseplantas 23/11/2022

Jornalismo de verdade
Caco dá voz a quem é calado pela força da bala, conta histórias, além das versões oficiais, com uma profundidade e profissionalismo que poucos jornalistas conseguem. Que livro difícil, que realidade difícil e que trabalho incrível e corajoso desse jornalista.
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Moro 11/01/2023

Rota 66
Pesado e realista, o livro retrata um projeto de pesquisa e investigação do Caco Barcellos, onde durante anos ele mergulha em casos solucionados e não solucionados de matanças policiais entre bandidos e muitas vezes inocentes.

Ao criar um banco de dados baseado em diferentes métodos de pesquisa, o Caco consegue levantar números precisos sobre o perfil de quem mais sofre com a violência policial na cidade de São Paulo durante os anos 70, 80 e começo dos anos 90.

Enfim, é uma verdadeira aula de jornalismo investigativo.
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júlia 01/03/2023

Sempre me questiono como o Caco Barcelos conseguiu sair vivo disso. Um jornalista incrível e um livro muito duro de ler.
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Rodrigo 20/03/2023

Caco Barcellos é para além de um baita jornalista, um super humanista. Para se fazer jornalismo numa grande metrópole, é essencial e trivial aprender as nuanças de aprimorar os olhares para as demais realidades. Ele, desde o princípio, tenta acertar a agulha no ponto certo, muita das vezes chegando bem perto, o que define um trabalho suado e de reconhecimento do jornalismo de Caco.

Como um menino que cresceu numa favela do Rio de Janeiro, uma das maiores da América Latina, é tocante demais toda a obra. Tentei ao máximo focar no profissionalismo de Caco mas a realidade é dura e o sistema mais ainda?
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Mari 26/03/2023

Desesperador
O livro - de extrema qualidade investigativa, de escrita e de contribuição social - apresenta uma situação triste e desesperadora. Por meio de muita análise e rigor técnico, o jornalista Caco Barcellos evidencia e comprova a tese de que a polícia militar brasileira segue atuando, na democracia, como atuava na ditadura. Comprova também o caráter estrutural da perseguição e das ações que visam a eliminar a população negra e pobre do país com a conivência - ativa e passiva - das forças de segurança e justiça do Estado.
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vininho 19/04/2023

Extremamente real e impactante. Muito triste pensar que esses métodos característicos da ditadura, de manutenção da segurança, permanecem na nossa sociedade - bem como o discurso que permite o acontecimento de tamanhas atrocidades.

Poema que me impactou ao ler, de uma das vítimas e lido por sua mãe:

Sinto saudades do tempo que não existiu para nós.
Saudades dos teus olhos que não me viram passar.
Saudades do carinho que não veio de você.
Do encontro que tivemos e não nos encontramos.
Sinto saudades até das saudades que não sentimos.
Da vida que não vivemos.
Quero ser primavera.
Depois morrer.
Só o silêncio é sincero.
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Davi 29/04/2023

Tristemente real, mas necessário
Sempre quis ler esse livro, e quando meu professor da faculdade solicitou, não imaginava que eu ficaria tão abalado ao terminá-lo. Sabemos que a realidade do nosso país não é das melhores, principalmente quando pensamos sobre a polícia e o tratamento que ela realiza. Entretanto, ver isso tao descarado em um livro que traz fatos, entrevistas e dados tao concretos e reais, é um choque de realidade muito grande.
Apesar de ter sido escrito ainda no milênio passado, esse livro é extremamente atual. Obviamente que muita coisa mudou, a maioria para melhor, mas algumas para pior também. Porém, lendo, você sabe que tudo ali narrado poderia facilmente estar ocorrendo nos dias de hoje - se é que já não ocorre, e a gente não fica sabendo (ou fica, mas prefere fechar os olhos).
A primeira coisa que me chamou atenção nesse livro foi a escrita sensacional de Caco Barcellos. Alternando entre primeira e terceira pessoa, ele faz um trabalho incrível com as palavras e cenários. A maioria dos momentos, eu me senti dentro da história, vivendo aquilo lá, olhando de dentro mesmo. Ao mesmo tempo, ao me senti extremamente afastado e impotente de não poder fazer nada para mudar aquilo.
Outro fator doido para mim ao realizar essa leitura foi que tudo exposto eram fatos raias. A bizarrice de alguns momentos me fazia ter a certeza de que eram invenções da mente de Caco Barcellos, mas não. Era tudo tristemente verdadeiro. Ainda, o modo como ele narrava e abordava, fazia parecer que era ficção mesmo. Foi uma experiência maravilhosa, e não só como leitor.
Como estudante de jornalismo, esse livro é uma obra prima. Há diversas lições e ensinamentos que sem dúvidas levarei para a vida. A maneira como Caco realiza as entrevistas, o modo como ele buscava dados, a coragem que ele tinha em determinadas situações? de longe, de tornou uma das minhas grandes inspirações. Quero um dia poder fazer um trabalho tão primoroso como ele fez nesse livro. Não havia medo de errar, e mesmo que houvesse uma parcialidade descarada ali - como já é dito na própria introdução, ou mesmo na orelha - ele assumia tudo. Não escondeu ou guardou nenhum fato, quando havia um ?erro? - independente do lado da história - ele apresentava. Isso é incrível e uma aula para futuros jornalistas!
Por fim, só não dei cinco estrelas pois achei que em alguns momentos o livro se tornou um pouco repetitivo. Não chegou a me deixar cansado, mas não eu teria terminado antes se ele tivesse sido um pouco menor/mais dinâmico em alguns momentos. Além disso, senti que algumas momentos, outros pontos de vista poderiam ter sido explorados, mas acredito que Barcellos fez o melhor que pode com o que tinha ao seu alcance!
Em resumo, leitura recomendadíssima para todos e obrigatória para futuros jornalistas e comunicadores!
Nota 4,5/5.
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acalbero 13/05/2023

Impossível não se revoltar
Ler esse livro é adentrar um buraco que da uma sensação de impotência frente aqueles que deveriam proteger. É assustador é revoltante.
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Sara277 18/05/2023

Necessário
Li esta obra para uma disciplina na faculdade e não tive arrependimentos. Caco apresenta uma narrativa muito sóbria e impactante, do tipo que nos faz ficar imersos de tal forma que é como se fizéssemos parte da história.
Há momentos muito fortes, mas extremamente importantes tanto pela visão jornalística quanto pela visão como ser humano.
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paat_pontes 01/09/2023

Angustiante
Sem dúvidas esse é um dos livros mais angustiantes que eu já li em toda minha vida e ao mesmo tempo uma obra prima de trabalho de investigação que o Caco Barcellos sabe fazer com maestria.

Em 274 páginas você consegue se colocar no lugar de todos que estão e o sofrimento que as famílias passam e sabe o que é pior, esse livro é o retrato de uma São Paulo que nunca muda, não evolui e que em pleno 2023 poderíamos acrescentar inúmeros personagens a grande lista da chacina que a Rota pratica desde sua criação.

Espetacular e angustiante.
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Fernanda309 02/10/2023

Caco Barcellos sendo brilhante
"Se a pena de morte fosse boa a Rota já tinha transformado São Paulo em um paraíso" - Pena Branca

Na real, esse livro é assustador!

O Caco Barcellos desenvolveu arduamente essa importante pesquisa jornalística que mostrou como a realidade naquela época era assustadora.
Eu às vezes me pergunto como as pessoas conseguem normalizar esses tipos de comportamento por parte da polícia, só pq trata de um "criminoso" (e aqui as aspas são essenciais, pq como o próprio livro cansa de mostrar, quem morria eram predominantemente os inocentes).

Eu aplaudo o Caco e todos aqueles que trabalharam incansavelmente para trazer à tona essa realidade repulsiva.
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Rodolfo Zumbi 08/12/2023

Revoltante
Em meio a tanta injustiça, abusos e impunidade, o povo está pagando pra ser morto.
O verdadeiro problema não é solucionado. Na verdade o problema só piora e afunda ainda mais essa cidade na lama.
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