Germinal

Germinal Emile Zola




Resenhas - Germinal


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Marina 01/10/2020

"Germinal", o Naturalismo em sua essência
No começo, dei pouco para esse livro (também porque o li para uma prova da faculdade), mas a história me cativou. Ainda que seja um texto adaptado, achei interessantes os detalhes dados por Zola sobre a sociedade em carne e osso; imagino que em alguns momentos teria até sentido nojo se tivesse lido a versão integral. A demonstração da miséria, do sofrimento e da ambição demonstrada pelo autor é incrível e o sentimento que fica pelos personagens é empatia por tanta tristeza e força, especialmente pela senhora Maheu. Menos para o Étienne, por ele eu só sinto raiva.
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Andre.Nascimento 25/01/2021

O melhor do naturalismo
Sempre gostei muito de obras do naturalismo, por sua crueza de mostrar a vida como ela é, sem termos bonitos para situações feias.

Mas essa obra em especial, mostrou algo mais. Enquanto muitos exaltam o espírito revolucionário, o livro mostra a realidade da revolução. Gente morrendo, muita desgraça, fome e violência. Enquanto seu líder sonha em ser um político famoso e respeitado, bem longe do trabalho braçal.

Uma frase resume: seu ódio aos burgueses é apenas o desejo de ser como eles.
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Amós 18/04/2021

Sobre a besta devoradora de homens
Germinal foi um livro que sempre sonhei ler desde que, quando tinha por volta de quinze anos, assisti a uma peça realizada por alunos mais velhos na minha escola. Naquela idade não entendi muito do que acontecia mas me fascinou os discursos de Etienne e da revolta de todos os operários. Pois bem, eis que quase dez anos se passaram e eu inicio a leitura da obra. Tive a felicidade de ler numa edição da Abril - capa dura com detalhes em dourados e com direito a ilustração na contracapa - que foi impressa em 1979, plena Ditadura Militar. Sabendo o que me aguardava isso me animou.
O livro foi escrito pelo autor francês Émile Zola, falecido em 1902 e que dedicou boa parte de sua vida à luta em prol de causas socialistas e nas divulgações dessas ideias através de seu ofício de jornalista e também como romancista. Trabalhou em vários jornais e escreveu séries de livros que solidificaram a escola naturalista dentro da literatura francesa, sendo Germinal considerado o auge dessa produção. O livro foi publicado em 1885, momento em que a França via a 3º República se estabelecer sobre os escombros da amarga derrota na Guerra Franco-Prussiana. É sabido que para iniciar sua escrita, o autor trabalhou por alguns meses em minas de carvão para ambientar-se com a realidade do operariado da época.
A obra se assenta sobre a história de Etienne, um operário recém contratado numa mina de carvão numa região carbonífera do norte francês. Sob os olhos desse personagem o leitor é introduzido no universo desses trabalhadores. É fascinante como é descrito o funcionamento da mina em seu cotidiano e na constante comparação com uma besta que devora homens e cospe fora seus corpos mortos em acidentes ou adoentados depois de décadas de trabalho. As condições de trabalho são as piores possíveis, como jornadas de trabalho extenuantes e nenhuma garantia de segurança ou conforto no trabalho.
A imersão nesse universo minerador se completa quando Etienne encontra abrigo na casa de uma família de Maheu, um dos seus colegas de mina. Nesta casa o leitor encontra os exemplos mais puros dos trabalhadores dessas minas de carvão, pois são pessoas dedicadas ao serviço que lhes cobra a saúde e não paga a eles o suficiente para comprar o pão para crianças. Em torno dessa família vive uma vizinhança que compartilha dos mesmos valores e que conta com uma vida quase que comunal por conta da falta de privacidade típica de cortiços como aquele.
Simultaneamente a isso o autor nos apresenta ao núcleo rico da trama, as famílias dos donos da mina e de seus altos funcionários. O luxo, a mesquinhez e a extravagância desses personagens marca claramente o contraste entre esses dois universos, do burguês e do operário. As ansiedades desses personagens giram em torno de jantares sociais ou dos lucros e prejuízos de suas empresas de carvão enquanto nos cortiços mães e filhas se endividam ou cedem o próprio corpo para ganhar crédito na venda local e assim ter o que dar de comer para seus filhos esfomeados.
A trama do livro começa a crescer quando os donos da mina decidem mudar a forma de pagamento dos operários, deixando-a mais confusa para que estes recebam menos a cada semana de trabalho. Esse é o estalo porém para que Etienne se manifeste e ponha à prova todo conhecimento sobre o socialismo que adquiriu através de revistas, jornais operários e trocas de cartas com outros militantes da 1º Internacional dos Trabalhadores.
Os desfechos dessa história levam cada um dos leitores ao sofrimento e exaspero com as situações que esses trabalhadores irão enfrentar. Neste momento, aqueles que ainda hoje seguem na luta pelo socialismo vêem que as dificuldades enfrentadas não mudaram, somente se atualizaram. O trabalho de base, a agitação e propaganda, o peleguismo e a falta de consciência de classes são elementos que afetam a vida desses operários e que ainda são problemas hoje dentro da política.
Germinal é um livro inescapável para aqueles que se consideram socialistas e para apaixonados por literatura e suas escolas mais históricas como o naturalismo. A belíssima estética da sua escrita combinado com uma trama crua e brutal torna a leitura desse livro num prazer particular, como uma criança que arranca a casca de uma ferida mal cicatrizada e que mesmo sentindo dor continua o fazendo para descobrir o resultado. Enfim, já considero essa obra uma das minhas favoritas e recomendo a todos. Em primeira instância trata-se de um documento sólido da vida dos trabalhadores no final do século passado e que marca uma fase da luta dos movimentos socialista; e em segunda instância projeta no militante socialista da atualidade que a luta avançou muito nesse século e meio que se passou mas muito ainda há de ser feito para a emancipação da classe trabalhadora.


“Homens brotavam, um exército negro,
vingador, que germinava lentamente
nos sulcos da terra, crescendo para as
colheitas do século futuro, cuja germinação
não tardaria em fazer rebentar a terra.“


site: @gastter
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Tati 08/01/2009

A série completa é muito boa. Zola é perfeito. Consegui ler alguns, mas são difíceis de obter. Fora Germinal, recomendo Naná, O Doutor Pascal e La Faute de l'Abbé Mouret.
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André 25/09/2009minha estante
essa obra é clássica, pois faz referência a uma realidade vivida pelo próprio zola, que trabalhou nas minas em um período de sua vida, e devido e este fato o livro passa uma realidade cruel de uma França que mesmo depois da sua grande revolução não apresentava a igualdade, fraternidade e liberdade antes proposta, onde, muito pelo contrário, os burgueses é que comandavam e os trabalhadores se viam obrigados entrar em greve, e esta que daria certo graças a ajuda da então internacional comunista, liderada nada mais,nada menos por Marx. Vale a pena, com certeza uma das melhores obras que já li.




Laissantos 18/04/2013

Clássico.
É um clássico muito bom, sofri muito com os personagens e com o final.
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Tatiane495 28/09/2013

A esperança germina
Minas de carvão que se tornam personagens e ganham vida nessa história cheia de conflitos, sofrimento e desespero. Uma população inteira lutando por seus direitos de trabalho e remuneração digna: crianças, velhos e jovens, ninguém escapa. No inverno rigoroso na França do século XIX, a esperança tenta germinar diante de tanta dificuldade após a Revolução Francesa.
Por esta edição de Germinal da Companhia das Letras ser uma adaptação, ao longo do livro perde-se um pouco a essência da tragédia e dos acontecimentos importantes, por não conseguir capturar os sentimentos naturalistas em alguns personagens em certas situações. A sensação é que há uma certa "pressa" para contar a história e alguns elementos parecem "ficar para trás", dando uma impressão de que falta o drama, a felicidade, a tensão, etc. Há, porém, picos de alguns acontecimentos que se dão em passagens que beiram ao terror, porém não estão presentes na narrativa como um todo.
Em compensação, há um paradoxo em relação ao sentido de pobreza para alguns personagens: enquanto os jovens se fartam de amor na escuridão das ruas em meio à tanta escassez de outros recursos para a sobrevivência humana, o diretor da mina Voreux, o sr. Hennebeau, cuja vida é abastada em vários aspectos, vive estagnado na miséria de não possuir esse sentimento, seja este não recebido da própria esposa que o renega pelo tédio que é o seu casamento, seja este não advindo de nenhuma outra mulher que possa dar a ele o prazer e a satisfação de amar e ser amado.
Já a zoomorfização é bem visível na obra, uma vez que os personagens são comparados a animais quando agem por impulsos, motivados por sentimentos naturalistas: a raiva, o medo, a fome, o ódio, a revolta etc., são o impulso para dar corda em certos pontos dessa história.
Esta adaptação de Germinal deixa a desejar em vários aspectos, mas é um bom introdutório às ideias marxistas do final do século XIX, aos ideais revolucionários e à questão da luta de classes. Faz jus ao público infanto-juvenil, para que este se situe nesse contexto histórico tão importante que mudou o pensamento europeu.
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regifreitas 16/05/2019

GERMINAL (1885), de Émile Zola; tradução Mauro Pinheiro.

A obra mais impressionante que li, até agora, neste ano!

Escrito em 1885, é o décimo terceiro dos vinte romances que compõem a série “Os Rougon-Macquart: História Natural e Social de uma Família sob o Segundo Império”, na qual o autor acompanha a vida de alguns membros dessa família, no ambiente social e político, da França do século XIX.

Esta obra em questão foca no dia a dia de uma comunidade de trabalhadores de uma mina de carvão, nos anos 1860, no interior da França, e suas precárias condições de vida. A situação chega ao extremo da tensão após a deflagração de uma greve por conta da redução dos salários. Os trabalhadores, exaustos, se dão conta da forma precária em que vivem e se revoltam em busca de melhores condições de trabalho.

Era o início da tomada de consciência da classe trabalhadora, e da sua organização política em sindicatos. Zola chegou a trabalhar durante alguns meses em uma mina para sentir na pele o ambiente que ele retrataria em sua obra; conviveu com essas pessoas, frequentou os mesmos lugares que elas. Muitas das situações do romance foram baseadas em fatos verídicos coletados pelo autor nessa fase de pesquisa.

GERMINAL é considerada a principal obra do Naturalismo na Literatura. Os seres são guiados dentro dos limites que as forças da natureza, a hereditariedade e o meio social lhes impõem, conforme pregava aquele movimento literário. O mundo retratado é marcado pela miséria, pela fome, pela exploração do trabalho, pela vivência em condições subumanas, levando essa gente ao desespero, à violência e à loucura. O final é arrasador, mas anuncia que as sementes da esperança lançadas aguardariam o derradeiro tempo da germinação.

Trata-se de uma crítica social contundente e atemporal. Uma obra forte e magistral!
ElisaCazorla 17/05/2019minha estante
Já quero ler :)


regifreitas 17/05/2019minha estante
vale muito a pena, Eliza!




Beatriz3345 04/01/2020

Um livro com uma história pesadíssima.
Aqui temos a situação precária de mineiros franceses que, por gerações trabalham na mesma mina, toda uma sociedade e costumes já estão afixados na vida dessa pobre gente: a falta constante de comida, situação precária, trabalho angustiante e insalubre, promiscuidade, entre outros.
Zola, o autor, para poder escrever essa obra o mais fielmente possível trabalhou por dois meses sendo um mineiro comendo e participando de todas as atividades desse pessoal para entender como viviam.
Na história, temos a personalidade mais marcante que é Etienne, um homem que foi despedido de seu antigo emprego por esbofetear um de seus superiores e que consegue ser admitido na mina em questão trazendo assim ideias subversivas para a população.
Foi a primeira literatura que me apresentou os aspectos conflitantes do marxismo x anarquismo, é uma obra divina, um clássico maravilhoso.
Só tenho que agradecer ao professor Clóvis da faculdade no primeiro semestre que nos apresentou esse filme e me despertou a curiosidade para o livro, foi uma experiência avassaladora porém triste. Obrigada!
Pandora 04/01/2020minha estante
Meu livro preferido de toda a vida!


Beatriz3345 04/01/2020minha estante
Está na minha lista de preferidos também ?


TgOliveira 05/01/2020minha estante
Sua resenha me deixou instigado.


Beatriz3345 06/01/2020minha estante
Uau, obrigada! Espero que goste se chegar a ler


Jussiê 20/01/2020minha estante
Tem uma adaptação ótima pro cinema também, com o Gérard Depardieu, vale muito a pena.


Beatriz3345 21/01/2020minha estante
Vi primeiro o filme e depois fui ler o livro, extremamente fiel a adaptação, também achou?


Jussiê 21/01/2020minha estante
Te confesso que ainda não li o livro! hehehe, mas tenho muita vontade, acho muito bom o filme.




Sergio.Aquino 12/04/2020

Um mergulho social visceral.
Há muito visitei o Panteão em Paris e me dei conta que junto com Victor Hugo e Alexandre Dumas fora sepultado o grande Emile Zola. Dai passei a desejar conhecer, ao menos, sua "magnum opus". De fato, seu renome literário lhe faz jus. A obra é envolvente e mergulha fundo nas feridas sociais da época. Miséria e sofrimento permeiam o romance.
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Nicholas Sana 10/02/2023

Trabalhador só se ferra!!
Um francês dono da empresa em que trabalhei nesse período de leitura, ao ver o que lia pegou e afirmou ?vc vai se matar depois? o que de pronto respondi ?nunca, estou sempre ao lado do trabalhador, vou me revoltar mais ainda? e
Não podia estar mais preciso na afirmação?.tenho a raiva e a tristeza depois dessa leitura?.
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Ana Claudia 28/11/2020

Incrível! Livro forte, potente. Trata de tantos assuntos ao mesmo tempo. Faz sentir.
Reccanello 04/06/2021minha estante
Tenho que reler.




Graci 17/01/2021

Luta de classes
Um livro sobre luta de classes, muito impressionante e marcante.
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Fernanda Sleiman 07/02/2021

Um soco no estômago
A humanidade deveria ler, reler, digerir esse livro. Que pesado, que real. Um tapa na cara
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Anienne 26/02/2021

GERMINAL
Livro de ficção de Émile Zola que traz a representação do sistema capitalista e o funcionamento das relações de trabalho entre proletariado e burguesia.

Li com um grupo de estudos e leituras políticas e foi, realmente, uma experiência riquíssima, já que as reflexões são compartilhadas gerando discussões importantes.

É, sem dúvida uma leitura muito ácida e impactante que pinta em cores berrantes a tragédia que é a exploração do homem pelo homem e as consequências drásticas que advém daí.

Apesar da forma drástica que tudo é exposto, não deixa de ser a mais pura verdade.

É doloroso e faz sangrar...

Daqueles livros necessários, sabe?
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