Sophia1534 02/05/2023
Como ganhar dinheiro!
Com esse livro, eu finalmente dou adeus à saga de Fennbirn! Foram muitas emoções misturadas e eu posso morrer em paz sabendo que eu li a coleção toda.
“Rainhas de Fennbirn” nada mais é do que uma estratégia para ganhar mais dinheiro. Pronto, falei. São 2 contos (o segundo nem sequer é um conto, só capítulos desconexos) que se passam antes dos acontecimentos da história original. São tão curtos que a editora fez de tudo para fazer com que o livro tivesse 200 páginas: cada capítulo pula uma folha para dar início ao outro e colocaram algumas divisórias pretas de 2 páginas no meio de algumas partes. Falando sobre a editora, para variar, o livro vem com alguns erros de edição (palavras cortadas, palavras faltando letras, traduções mal feitas, etc.). Nada que atrapalhe a leitura, mas te tira da imersão.
Daqui em diante eu falarei sobre os contos com spoilers!
O primeiro conto é sobre a Rainha Elsabet, a oráculo que supostamente ficou louca e mandou matar várias famílias inocentes. Ouvimos falar dela nos livros originais e sempre fiquei curiosa para saber como isso tinha acontecido. Confesso que esperava uma rainha realmente louca, tendo visões que a tornavam obsessiva e abusando do seu poder para concretizar seus desejos. Poréeeeem, não, tudo não passa de um mal entendido e um jogo político por parte dos Arron, que manipularam a verdade e fizeram todos acreditarem que Elsabet não estava apta para reinar e devia ser trancafiada (o que é meio inacreditável, pois somos lembradas constantemente de que as Rainhas são sagradas e que sempre têm a palavra final).
A história é interessante! Eu leria uma história inteira sobre ela, mas parece que a autora teve medo de ousar e escrever uma protagonista realmente perturbada. Tem um romance aleatório no meio, a Rainha é infantil e sequer usa a sua dádiva (a parte que eu estava mais curiosa), porque está sendo envenenada.
Kendare jogou vários personagens de uma vez e, por ser apenas um conto, nenhum é desenvolvido. Foram só nomes em páginas para mim. Ela teve uma ideia legal, só não soube executar da melhor maneira. Além disso, por que diabos matar todas as rainhas oráculos dali em diante? Apenas 1 dentre inúmeras enlouqueceu. Isso não é motivo suficiente para mim rs.
O segundo “”conto”” é uma junção de capítulos avulsos das Rainhas Katherine, Mirabella e Arsinoe quando crianças. Tem uma certa conexão temporal entre eles, mas a escritora claramente só queria mostrar alguns episódios pontuais que foram citados nos livros para sanar nossa curiosidade. O que aconteceu, porém, foi uma série de decepções.
- A maioria dos capítulos é dedicado para Jules e Arsinoe, as minhas protagonistas menos prediletas. Eu acho elas um saco, muito chatas. A minha favorita, a Katherine, sequer aparece. Mirabella tem sua participação, mas ainda assim menos que Arsinoe.
- Por que diabos essas Rainhas têm que viver juntas até os 6 anos de idade?! Isso só faz com que o processo de separação delas seja mais doloroso e complicado, como foi o caso. Faria muito mais sentido simplesmente separá-las ainda quando bebês ou logo após a amamentação, sei lá.
- Um dos mistérios da saga é o porquê das Rainhas Arsinoe e Katherine terem sido trocadas ao nascerem. Eu cogitei várias coisas, mas nenhuma delas foi tão decepcionante quanto a realidade. Sério, não acredito que foi uma besteira daquelas. Até hoje não entendo qual o motivo dessa troca, se (spoilers para o último livro), no final das contas, a Rainha que sobrevive continua sendo uma envenenadora.
Enfim, vale a pena ler se você é fã da saga e quer uma última viagem nesse universo tão incrível. Só não espere muita coisa.
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