Larissa3225 28/05/2024Herdeiras do Mar é um daqueles livros que, apesar de ser ficcional, tem muito a nos ensinar sobre o mundo.
Para mim, um dos aspectos mais interessantes desse espaço que a literatura coreana vem ganhando nos últimos tempos é poder entrar em contato com estórias que me contam mais sobre a História de um país que, até pouco tempo atrás, eu não sabia nada sobre. Nessa prateleira, estão Pachinko, Atos Humanos e, agora, Herdeiras do Mar.
Embora eu já soubesse da existência das "mulheres de consolo", essa foi a primeira vez que tive um contato mais aprofundado com o assunto. Eu já esperava gostar do livro, mas não imaginava que seria tanto assim.
Me apeguei profundamente às duas irmãs, Hana e Emi, e é inexplicável o tanto que eu torci por elas e sofri com elas. E acredito que ter me apegado tanto a elas, fez com que eu vivesse muito intensamente os eventos do livro.
Uma das maiores surpresas do livro para mim foi a nota da autora no final, explicando o que era real e o que era ficção. Acho que os elementos ficcionais deram um respiro em toda a tristeza que é essa estória e permitiram uma beleza que, infelizmente, não foi possível na vida real.
"É nosso dever educar as futuras gerações a respeito das terríveis e reais verdades cometidas durante guerras, não escondê-las ou fingir que nunca aconteceram. Devemos lembrá-las para que os erros do passado não se repitam. Livros de história, canções, romances, peças de teatro, filmes e monumentos são essenciais para nos ajudar a nunca esquecer, enquanto também nos ajudam a prosseguir em paz."