Herdeiras do mar

Herdeiras do mar Mary Lynn Bracht




Resenhas - Herdeiras do Mar


2064 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


RenataTunes 14/05/2024

"Herdeiras do Mar", de Mary Lynn Bracht, é um relato histórico envolvente que traz à luz a trágica história das "mulheres de conforto" coreanas durante a ocupação japonesa na Segunda Guerra Mundial. Por meio das irmãs Hana e Emi, Bracht elabora uma narrativa de coragem, sacrifício e resiliência, abordando o impacto duradouro do trauma e do conflito. A prosa de Bracht é simultaneamente poética e incisiva, capturando a beleza do mar que define a existência das personagens e a brutalidade dos abusos que elas sofrem.

A estrutura do romance oscila entre o passado de Hana, capturada pelos soldados japoneses, e o presente de Emi, sua irmã mais nova, que luta para compreender e honrar o legado da irmã desaparecida. Esta configuração narrativa estabelece um profundo diálogo intergeracional, ressaltando a tenacidade e a fortaleza das mulheres coreanas. "Herdeiras do Mar" é um tributo emocionante à memória das vítimas e uma meditação sobre a injustiça histórica, proporcionando uma experiência de leitura que é tanto educativa quanto profundamente tocante. Mary Lynn Bracht não apenas narra uma história, mas também preserva um segmento vital da memória coletiva, convidando os leitores a refletirem sobre a importância de recordar e aprender com o passado
comentários(0)comente



Jessica 14/05/2024

Mulheres do mar. Linda cultura
Encontrei essa obra por um acaso. A capa dele chamou-me a atenção, não tinha grandes expectativas pois nunca havia ouvido falar sobre. Não é um livro hypado. (INFELIZMENTE)
Muito do que me atraiu foi o prefácio sobre mulher na segunda guerra mundial.

Sabemos que cada um tem sua experiência única com cada leitura. O que me fez viver, sentir, chorar, deprimir e finalmente me sentir estoica e resignada, Pode não ter o mesmo efeito em você.


Mas falo apenas sobre minha experiência.
Foi uma obra com pesquisas profundas e esmiuçadas a fio. (LER NOTA DA AUTORA)
Foi escrito de uma forma que conseguimos acessar profundamente de forma a apalpar as descrições de cenários e sentimentos.

Experiência única. Sem igual.
TRISTE PORÉM LINDA.

Contém gatilhos.
comentários(0)comente



Agatha Lívia 13/05/2024

O livro mais triste que eu já li
Herdeiras do mar é o livro mais triste que já li na minha vida. É um livro que não consegui ler de uma vez só porque em todo momento eu parava a leitura para chorar ou respirar. Porém, é uma leitura muito necessária ? caso você não tenha gatilhos com abuso e violência sexual ? levando em conta o peso que essa história carrega.

Apesar de todo peso emocional e de ser uma história pesada, Herdeiras do mar é uma história que precisa ser contada. Mulheres sofreram de uma violência desumana e não houve um pedido de desculpas sequer. Ainda existem pessoas que não sabem o que foram as mulheres de consolo e o quanto elas foram vítimas de uma violência brutal.

?Aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la?

É o livro mais triste que eu já li, mas é o livro que me fez pensar na importância de falar sobre isso. É uma história triste, dolorosa, angustiante? mas precisa ser contada. As pessoas precisam conhecer a história para que não venham cometer os mesmos erros no futuro. É o mínimo que pode ser feito.

Uma das leituras mais marcantes do ano.
comentários(0)comente



Gabriellarusso 13/05/2024

Tristeza, raiva, perturbação, ansiedade e alívio foram os sentimentos q tive. ler sobre uma "mulher de consolo" e pensar que aproximadamente 200 mil mulheres tiveram seus direitos violados, sua inocência violada e seu corpo violado, acaba comigo. historia extremamente atual, mesmo tendo como base a época da segunda guerra mundial. para nunca esquecermos a dor de uma guerra e suas consequências, excelente leitura.
Meu Mundo Imaginari Books 13/05/2024minha estante
Essa história é bem pesada!




Tayanne0 12/05/2024

Que livro pesado meus amigos, peguei por recomendação do Tiktok e não me arrependi, já sabia que iria chorar e realmente chorei, um livro na mão e na outra um paninho pra secar minhas lágrimas
comentários(0)comente



Júlia Guerreiro 12/05/2024

Simplesmente o melhor livro que eu já li.
Meu Deus.
Todo mundo deveria ler, te prende de um jeito inexplicável, simplesmente não conseguia parar de ler e sempre queria mais.
LEIAM LEIAM LEIAM LEIAM.
comentários(0)comente



Thamirys.Melo 11/05/2024

Que leitura dolorosa, difícil, angustiante? demorei mais que o esperado. É um livro lindo, mas muito sofrido, falando como mulher. O amor das irmãs além do tempo é a esperança que mantém a leitura e o final, apesar de utópico, é emocionante.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



isa! 10/05/2024

“Todas as guerras são crimes contra as meninas e mulheres do mundo”
Como dito no livro, palavras são poder, quanto mais palavras você conhece, mais poderoso você fica. Palavras são conhecimento, e, por isso, eles não querem que a gente saiba, porque limitando nossas palavras, eles limitam nossos poderes. Esse livro não é uma história real, mas poderia ser, ele não é passado, é presente e não pode continuar sendo o que se espera do futuro.

Na narrativa, acompanhamos a história de duas irmãs haenyeo, durante a ocupação japonesa na Coreia na Segunda Guerra Mundial. Às vezes, esqueço como a guerra foi mundial, não apenas pelas desavenças, pelos erros tomados ou pela economia, mas também pela crueldade, ela nunca foi apenas de um lado, esteve presente em todos os momentos. Quando pequena, Hana sempre escutou de sua mãe que deveria procurar pela sua irmã a cada mergulho dado, pois se conseguisse vê-la, ela estaria segura. Assim, os dias de guerra foram seguindo, algumas notícias crueis rondavam a cidade e assustavam as meninas, elas sabiam que nunca deveriam olhar para os soldados japoneses, mas não entendiam o porquê. Elas não poderiam saber, suas mães não contavam, pois os detalhes eram capazes de destruir a humanidade que ainda sobrava em seus pequenos corações.

Quando cresce, Hana descobre o motivo e o que eles fazem. Sua mãe lhe conta sobre as mulheres de conforto, na qual mulheres e meninas são sequestradas a fim de servirem como escravas sexuais para os soldados japoneses. Isso é um crime de guerra inadmissível, que até hoje não teve sua devida validação, o Japão, ainda hoje, se recusa a justificar, a pedir perdão a essas mulheres cuja inocência foi arrancada a força, a essas meninas que foram mortas pela ganância e luxúria do homem, a essas meninas que foram enterradas sem conhecer a vida. Essas meninas não podem ser esquecidas, elas são a mancha de sangue na história, elas são a lembrança do quão terrível o ser humano pode ser.

Durante um dia qualquer, Hana, enfim, entende o verdadeiro significado do que sua mãe tanto lhe dizia. Para proteger sua irmã, a Hana é capturada por um soldado japonês. Ela fixa seu olhar em sua irmã, porque sabe que nunca mais voltará a vê-la, nunca mais estará segura. As seguintes cenas são uma das piores coisas que já li, os detalhes de Hana sendo levada para o bordel ao lado de centenas de meninas apavoradas, as descrições das violações e a anulação da sua humanidade. Para os soldados, as meninas são pragas, são prostitutas, são animais. Mas elas nunca foram, elas são meninas. Elas são filhas de alguém, elas têm sonhos, elas são limpas e inocentes, elas são apenas meninas. Num dia, elas estavam em suas casas, abraçando seus pais e brincando com seus irmãos, no outro, elas são estupradas por 20 homens por dia, elas são violadas todas as horas, elas se esquecem de como a vida era, porque não acreditam que possa voltar a ser. Nesse livro, as narrações são marcantes, pois são abomináveis, elas te mostram uma visão que nunca será esquecida, não pode ser esquecida. É preciso lembrar que para que não se repita, é necessário o conhecimento para repudiar a história.

Esse livro é doloroso, não é uma leitura fácil, mas é de extrema importância. Nunca vi essa pauta ser ensinada nas escolas, o que é um absurdo, porque aprendemos até de mais sobre a relevância global dos Estados Unidos e em como o Japão está crescendo nos últimos anos, mas nunca sobre os crimes que deixaram pelo caminho, nunca pelo estrago que causaram, nunca pelas vidas que perderam. Há muitos relatos sobre a vergonha sentida pelas vítimas depois do fim da guerra, em como não conseguiram se impor, em como muitas delas levaram uma vida miserável, de medo e de desconforto. Porque, é isso, a guerra pode ter acabado para eles, mas não para elas, nunca para elas. E, até o dia que morreram, levaram esse fardo de não terem sido reconhecidas, de não terem recebido o perdão que mereciam. No livro, Emi, irmã mais nova de Hana, discursa sobre como sente a vergonha de ter perdido a irmã para os soldados, de como não se sente corajosa e de como a saudade é imensa, quase impossível de aguentar. No começo, pensei que Emi estaria bem, lutando pelos seus ideais, mas isso não acontece, pois é muito difícil entender como você ainda está aqui quando todo mundo ao seu redor é tirado de você.

A simbologia da estátua de Hana é mais do que ela parece ser, ela não é apenas a garantia de que aquilo aconteceu, de toda a crueldade que ela passou, de todo o legado que ainda vai permanecer, a sua estátua é uma representação do que Hana foi antes de tudo, da menina que ela era e que nunca mais foi, porque os soldados arrancaram sua pureza, sua genuinidade e sua infância da pior forma. A estátua permaneceu com seus cabelos longos, com seu belo sorriso, com roupas de seu gosto, porque, no fundo, é muito surpreendente que eles não tenham conseguido rompê-la por completo. E é graças a essa estátua que Emi tem a oportunidade de rever sua irmã depois de décadas, depois de uma vida inteira procurando por ela. Por isso, precisamos que a história seja contemplada, esteja sempre em aberto, sempre à vista para que possamos enxergá-la por todos os lados. A nota da autora diz exatamente isso, que é nosso dever educar as futuras gerações a respeito das terríveis e reais verdades cometidas durante guerras, não escondê-las ou fingir que nunca aconteceram, não devemos esquecer nunca que a história foi manchada de sangue.

Por fim, quero deixar a minha frase marcante favorita: "são os soldados que trazem as doenças para o bordel. Todas as garotas chegaram aqui limpas e inocentes. São o soldados os monstros infectados, a razão pela qual as garotas são submetidas a check-ups, médicos humilhantes e recebem injeções de químicos tão pesadas que seus braços às vezes incham e ficam doentes"
comentários(0)comente



Mariana113 09/05/2024

Entrou para o meu top 5! A história se passa num contexto e região diferente, que não costuma ter um olhar atento da literatura em geral. É uma história fictícia (mas que poderia não ser) extremamente sensível e emocionante. Possui gatilhos de abuso sexual.
comentários(0)comente



Laryssa.Rabelo 08/05/2024

Herdeiras do mar
Ler esse livro foi bem doloroso, deixo aqui uma parte da nota da autora:

?? É nosso dever educar as futuras gerações a respeito das terríveis e reais verdades contidas durante guerras, não escondê-las ou fingir que nunca aconteceram. Devemos lembrá-las para que os erros do passado não se repitam. Livros de história, canções, romances, peças de teatro, filmes e monumentos são essenciais para nos ajudar a nunca esquecer, enquanto também nos ajudam a prosseguir em paz.?
comentários(0)comente



Jubis 08/05/2024

O livro que te salva da ressaca literária
"Herdeiras do mar" é um livro que eu fui sem muita expectativa e terminei a leitura pasma, é uma obra excelente. Confesso que, já sabia um pouco sobre a história das "mulheres de conforto", já tinha visto relatos, mas a narrativa desse texto é tão fenomenal, é crua e, de certa forma, cruel.
É uma história incrível, perdi a noite lendo, pois a história de Hana me prendeu do início ao fim.
Cheguei a ficar angustiada, é tanta coisa, tantos absurdos, impossível não imaginar como foi para as mulheres que realmente viveram isso.
A história da SangSoo me pegou de jeito, fiquei muito tempo chorando, realmente não é um livro qualquer.
Recomendo muito para quem tem o coração forte e que busca uma leitura transformadora.
Livro excelente e que não pode ser resumido em poucas palavras, é algo para sentir, para refletir e para mudar.

?Como a minha mãe, e a sua mãe antes dela, como a minha irmã será um dia, e suas filhas também? Eu nunca fui nada além de uma mulher do mar. Nem você nem qualquer outro homem pode me transformar em menos do que isso.?
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Cristiane Ribeiro Cazes 06/05/2024

Um livro necessário pra todos
Livro maravilhoso mas pesado e triste Quem tem gatilhos cuidado. É muito necessário lermos sobre a história dos acontecimentos que ocorreram no mundo. Eu gosto muito desse tipo de leitura ficção com história. Uma história triste. É triste saber o que essas mulheres passaram. Guerra é sempre triste.
Leiam. Vale a pena ler.
comentários(0)comente



Jeniesuki 06/05/2024

"Todas as guerras são crimes contra as mulheres é meninas"
Uma leitura muito dolorosa é triste, ainda mais em saber que de fato isso aconteceu, o que essas mulheres é crianças foram obrigadas a passar na 2°guerra mundial, durante a ocupação do Japão na Coreia
O quão baixo o ser humano pode chegar pra ser capaz de tais atrocidades
Foi uma leitura bem difícil, tive que parar de ler em vários momentos, para me recompor.
O amor que Hanna tinha pela sua irmã é sua família é algo que me comove, um ato de coragem, de amor, é de esperança de um dia voltar a ver eles novamente
comentários(0)comente



2064 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR