O Alienista

O Alienista Stephenie Meyer
Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - O Alienista


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3.0.3 06/05/2024

Os paradoxos da razão e da loucura em O Alienista
“Trata-se, pois, de uma experiência, mas uma experiência que vai mudar a face da terra. A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão; começo a suspeitar que é um continente.”

Publicado em onze exemplares no periódico A Estação (1881), O Alienista é uma obra central no cânone literário de Machado de Assis (1839-1908). Servindo de obra introdutória em Papéis avulsos (1882), é um texto enigmático que desafia qualquer categorização. Embora inegavelmente humorístico, com episódios memoráveis, personagens cômicos ​​e frases espirituosas, a obra é tão complexa de definir quanto o seu protagonista, o alienista Simão Bacamarte. O texto marca o início da fase realista de Machado e introduz diversos elementos que se tornaram característicos em obras posteriores, como a crítica social e a análise psicológica. Usando-se de um narrador onisciente, Machado expõe o egoísmo e a vaidade que estão sob a superfície do comportamento humano.

Basicamente, O Alienista narra a história de Simão Bacamarte, um devotado médico cujo foco é o estudo e o tratamento de doenças mentais. Após concluir sua formação na Europa e se tornar um renomado especialista, Bacamarte opta por residir na pequena cidade de Itaguaí, situada no Rio de Janeiro. Na esperança de constituir família, casa-se com D. Evarista, mas não conseguem ter filhos. Bacamarte funda na cidade a Casa Verde — hospital dedicado ao atendimento de doentes mentais —, e a instituição logo se torna um elemento de destaque na comunidade. Com ideias pouco convencionais em mãos, o médico desafia as dinâmicas de poder estabelecidas na cidade, as quais são dominadas pelo padre, pelo prefeito, pelos vereadores e pelo juiz. Bacamarte inicia uma série de experiências, detendo e libertando pacientes do seu hospital, tudo na tentativa de descobrir a real distinção entre loucura e razão. Suas ações resultam na prisão de inúmeras pessoas, acabando por desencadear uma revolta popular comandada pelo barbeiro Porfírio. Apesar de todos os esforços, a Casa Verde mantém-se de pé. Enfim, tomando-se como louco, Bacamarte é internado em seu próprio manicômio até morrer.

***

“O principal nesta minha obra da Casa Verde é estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhe os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal. Este é o mistério do meu coração. Creio que com isto presto um bom serviço à humanidade.”

Num mundo que avança rapidamente, O Alienista dá um passo atrás, transportando os leitores para o crepúsculo da era colonial do Brasil. O mesmo acontece com Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), que retrocede para uma época anterior a 1850, mergulhando os leitores num mundo onde o comércio transatlântico de escravizados estava no seu ápice. Contudo, em 1880, o movimento abolicionista, que ganhara força no ano anterior, já se tornara uma influência importante. Nesse sentido, indaga-se: buscar o passado com seus “tempos remotos” seria uma manobra estratégica para impulsionar-se para frente?

Do ponto de vista geográfico, talvez Machado pretendesse insuflar em suas histórias um toque de fascínio mítico ou de parábola bíblica. Em Papéis avulsos, vários contos têm cenários abstratos e remotos. Nesse sentido, ao mergulhar na provinciana cidade de Itaguaí, O Alienista não apenas nos transporta no tempo, mas também no espaço. Durante a leitura, não podemos deixar de traçar paralelos com o mito de Prometeu, a torre de Babel ou a história de Fausto, pois Bacamarte anseia por alcançar um conhecimento que ultrapasse os limites humanos. Além dos aspectos míticos, também podemos pensar que Itaguaí atendesse aos interesses do médico, pois, localizada a aproximadamente setenta quilômetros do Rio de Janeiro, minimizaria os riscos enfrentados pelo protagonista na prossecução desenfreada de seus experimentos. A responsabilidade de Bacamarte seria, portanto, introduzir, com a sua pesquisa inovadora, o ineditismo à nada notável Itaguaí. No entanto, como sabemos, a prática criou pouco a pouco um sentimento de horror nos moradores, à medida que as prisões foram acontecendo.

A narrativa tem uma poderosa energia dramática. Nesse reino de Bacamarte, Machado, conhecido por arquitetar narrativas cheias de ironia, desdobra um elenco de personagens complexos. Aqui, empregando técnicas de exagero, distorção, semelhança e excentricidade para provocar sensações de estranheza e diversão, a trama desperta a curiosidade e nos convida a entrar em suas profundezas.

Entre a diversidade de arquétipos sociais, somos apresentados a Crispim Soares, o estimado botânico da vila. Ele reverencia e segue obedientemente cada palavra proferida por Bacamarte, ainda que movido apenas pelo interesse próprio, visando colher vantagens pessoais por meio de sua associação com o médico. Por outro lado, encontramos D. Evarista, uma esposa dedicada que tem muito respeito pelo marido. Apesar da sua profunda admiração pelo intelecto e pela experiência do companheiro, ela opta por não aderir aos seus conselhos médicos, nutrindo inveja pelo seu compromisso com os estudos, que ela considera prejudiciais ao seu próprio bem-estar. Além deles, encontramos Porfírio, o barbeiro local, que personifica o político oportunista, exclusivamente focado em obter ganhos pessoais. Nesse aspecto, a obra não apenas critica o médico arrogante que coloca a ciência acima de tudo, como também satiriza o revolucionário que se torna conservador; o indivíduo apático que só entra em ação quando enfrenta perigo pessoal; o oportunista que desconsidera o coletivo etc. Com uma escrita travessa e mordaz, a seriedade das discussões é retratada de forma cômica e exagerada; não busca o típico humor jovial e alegre, mas a ironia e os gestos sutis e enigmáticos que puxam leves sorrisos, deixando rastros de mistérios.

Que tipo de conceito científico está em jogo aqui? Por meio de um médico dedicado a desvendar os enigmas dos distúrbios psicológicos da sociedade, Machado desafia as noções convencionais de normalidade e anormalidade, trabalhando a ideia de loucura para além de estruturas conhecidas. Embora a sua definição passe por múltiplas transformações ao longo da narrativa, o princípio fundamental no centro desses parâmetros permanece inalterado: a lógica científica é o único meio pelo qual a insanidade humana pode ser compreendida nos limites da sanidade — conhecimento aprisionado exclusivamente pelo alienista. Nesse sentido, a narrativa se desenrola de maneira complexa, desprovida de uma estrutura tradicional e resistente à fácil classificação em gêneros específicos, pois ainda que o princípio permaneça inalterado, o método de validação do comportamento humano muda constantemente. Essa evasão deliberada reflete o tema da narrativa, que orbita em torno da natureza da loucura, e é essa natureza flutuante, apresentada como característica inerente ao processo científico, que perturba os indivíduos e incita-os à rebelião.

***

“E partiu a comitiva. Crispim Soares, ao tornar a casa, trazia os olhos entre as duas orelhas da besta ruana em que vinha montado; Simão Bacamarte alongava os seus pelo horizonte adiante, deixando ao cavalo a responsabilidade do regresso. Imagem vivaz do gênio e do vulgo! Um fita o presente, com todas as suas lágrimas e saudades, outro devassa o futuro com todas as suas auroras.”

A cena faz inteligentemente uma referência a Dom Quixote (1605) de Miguel de Cervantes (1547-1616), traçando paralelos entre o farmacêutico e o alienista, colocando Crispim Soares como Sancho Pança e Simão Bacamarte como Dom Quixote. Nesse sentido, é possível pensar uma chave de leitura para a obra machadiana onde esta seja uma inversão dos princípios que sustentam o Magnum Opus de Cervantes. Dom Quixote e O Alienista, embora abordem o tema da loucura de ângulos distintos, fornecem perspectivas valiosas sobre a dinâmica da sanidade e da insanidade, bem como sobre a complexa interação entre os indivíduos e a sociedade. Neste quadro, as obras propõem que a linguagem assume um papel central no declínio dos personagens ao reino da loucura, uma vez que as suas interpretações da realidade são moldadas pelas palavras que leem e pelas narrativas que incorporam. A linguagem, consequentemente, surge como um instrumento potente que molda as percepções e os comportamentos das pessoas.

Em Dom Quixote, Alonso Quijano transforma-se após ler vários livros de cavalaria. Inspirado por essas histórias, ele embarca em uma série de aventuras extraordinárias como cavaleiro errante. Sua percepção distorcida da realidade — onde moinhos de vento viram gigantes e pousadas viram castelos — é vista por outros como uma manifestação de loucura. Dom Quixote, no entanto, permanece firme em sua perspectiva, desafiando as normas e convenções sociais. Em contrapartida, O Alienista apresenta Bacamarte como um médico racional que se esforça por classificar e tratar os doentes mentais da cidade. Porém, à medida que sua sede por conhecimento aumenta, ele começa a diagnosticar cada vez mais indivíduos como loucos, incluindo até mesmo sua própria esposa. Movido por uma obsessão por controlar e categorizar a loucura, ele estabelece um sistema opressivo que subjuga os habitantes da cidade. Tal como Quixote, Bacamarte é ao mesmo tempo desajeitado e iludido, e a sua perseguição acabará por levá-lo à morte. Enquanto o século mergulhava na loucura, Machado contentava-se em construir a sua narrativa.

O gesto de enlouquecer pela linguagem não pode ser plenamente expresso ou apreendido por meios externos, pois está enraizado numa força transcendente que não pode ser percebida pelo simples intelecto. Nesse aspecto, o gesto não requer a negação dos desejos, pois opera de forma independente e está acima das influências que fazem com que os indivíduos comuns sucumbam às suas sensibilidades. Em essência, transforma o que nos é apresentado em representação, levando-nos a questionar o que está dentro dessa representação. Introduz um quadro ético que existe em nós e tem o potencial de nos levar à presença inegável do outro no reino do sublime. Portanto, o gesto de enlouquecer pela linguagem pode ser compreendido como uma libertação contínua da ilusão do outro, significando que o outro está para sempre situado entre a aflição da alma e o seu bem-estar. Isto nos permite pensar que, por meio de uma rotação contínua, a linguagem é o tumulto causado pelo outro em cada revolução. Em essência, enlouquecer pela linguagem é a representação simbólica da nossa humanidade, que normalmente responde ao desconhecimento, destacando a manifestação do intelecto humano e da autonomia moral.

Tanto Dom Quixote quanto Bacamarte desafiam as convenções sociais, embora suas abordagens sejam diferentes. Dom Quixote segue seu próprio princípio, enquanto Bacamarte tenta impor sua versão da realidade aos outros. Em ambas as obras, a loucura é retratada como meio de resistência às normas sociais estabelecidas. Além disso, a natureza da sanidade e da insanidade é questionada, destacando a linha subjetiva e muitas vezes confusa que existe entre ambas. Dom Quixote é considerado louco por sua visão de mundo idealista, enquanto Bacamarte enfrenta escrutínio por sua fixação em controlar e categorizar a loucura.

A loucura, tema frequentemente explorado na literatura, é uma porta de entrada para a verdade. Tal ideia, enraizada na percepção trágica da loucura descrita por Michel Foucault (1926-1984), reconhece a ligação entre a loucura e a verdade. Assim, quando os caminhos convencionais para a verdade são obstruídos, a loucura torna-se o último recurso. Ao abraçá-la, libertamo-nos das restrições impostas pelas normas sociais e desencadeamos um discurso que desafia a hipocrisia e o medo. Assim como Quixote teve de perder a sanidade, Bacamarte se viu em semelhante situação. No final, ambas as obras mergulham na essência da loucura e nas conexões humanas e sociais, obrigando-nos a desafiar as nossas próprias interpretações da sanidade e da loucura e o significado dessas ideias na nossa compreensão do mundo.

***

Nas narrativas machadianas, a intenção é despertar o leitor para a percepção de que a realidade é retratada de forma fragmentada e incompleta. Nesse sentido, as palavras lançam luz sobre as complexidades do jogo discursivo e revelam alguns dos seus princípios subjacentes. Em O Alienista, o foco reside na instabilidade dos conceitos, na crítica do determinismo científico como o único caminho para a verdade e no exame de como os critérios de valor são moldados e disseminados em vários contextos. Em certo sentido, sinaliza uma abordagem diferente à interpretação que envolve um delicado equilíbrio entre crença e ceticismo, existência e inexistência, traição e lealdade, negação e afirmação. Ao abordar o texto com cautela e com atenção às potenciais armadilhas do seu discurso, abrimo-nos a oportunidade de compreender tanto as intenções e as ações de Bacamarte quanto o poderoso impacto da escrita de Machado na construção da obra. Entre as diversas estratégias discursivas empregadas no diálogo com as tradições literárias, que abrangem a incorporação do púlpito e das práticas retóricas da tribuna para expor as hipocrisias sociais do período machadiano, acompanhamos um narrador que expõe falsos movimentos, ao mesmo tempo que nos permite descobrir fragmentos de verdade.

Esses exames do comportamento humano e da dinâmica social não apenas se confundem, como também traçam paralelos entre Bacamarte e Machado, que compartilha semelhante fascínio em mergulhar nas complexidades das ações humanas e em suas interconexões na sociedade. Além disso, eles introduzem lacunas temporais e interpretativas que podem ou não ser exploradas em encarceramentos subsequentes, desafiando assim as certezas previamente estabelecidas aos critérios definidores da loucura. Lembrando por vezes o Humanitismo de Quincas Borba (1892), Machado desafia a estabilidade dos critérios ​​utilizados para definir a loucura, expondo a imposição contundente dessas normas e as justificativas inventadas para a sua perpetuação. Tal crítica se estende à elevação da ciência como único árbitro da verdade.

O conflito principal do texto reside num domínio completamente diferente: a autoridade latente da ciência que o discurso científico tenta ocultar. No âmbito do positivismo, Machado percebe uma insânia escondida sob o disfarce do humanitarismo, uma busca incansável para desvendar os mistérios do universo e da existência humana. Nesse sentido, Machado transcende a sua época não apenas desafiando a compreensão racionalista e positivista da ciência, mas também questionando a autoridade de qualquer conhecimento que afirma ser estritamente objetivo e universalmente aplicável. Essa insânia decorre do exercício do poder entrelaçado à própria estrutura do conhecimento e aos seus fundamentos, exaltados pelos ideais positivistas da razão e da ciência. Se o foco de Machado é o próprio poder, essa entidade evasiva que se envolve em inúmeros disfarces, consequentemente, não há base para nutrir otimismo em relação à razão e à ciência.

“Nem rogos nem sugestões nem lágrimas o detiveram um só instante.
— A questão é científica, dizia ele; trata-se de uma doutrina nova, cujo primeiro exemplo sou eu. Reúno em mim mesmo a teoria e a prática.”

Equipado com as ferramentas da ciência contemporânea, especificamente a descrição da classificação predominante dos transtornos mentais, Bacamarte embarca numa busca irreversível para descobrir um critério definitivo que possa delinear com precisão os limites que separam a sanidade da loucura. Essa busca representa a verdade inabalável do alienista, o seu fervor inexorável. Ao nos aprofundarmos no texto, deparamo-nos com um médico que tem a convicção inabalável de que somente a ciência consegue desvendar os mistérios da loucura humana, delinear seus meandros e, finalmente, encontrar uma cura.
O Bruxo do Cosme Velho, no entanto, manifestou a sua insatisfação com o determinismo científico. Com um estilo de escrita cáustico, criticou a crença filosófica enraizada no positivismo que coloca a ciência acima de todos os outros meios de compreensão da realidade. Essa crítica também nos lembra o remédio de Brás Cubas, que sugere a substituição do lema de inspiração positivista da bandeira brasileira por um medicamento anti-hipocondríaco. Por fim, no domínio das parábolas, a conclusão é perfeita, precisa e completa: Simão Bacamarte “morreu dali a dezessete meses, no mesmo estado em que entrou, sem ter podido alcançar nada”. O desejo pela elucidação final e abrangente caminha em direção à morte. A busca incansável pela investigação racional resulta em reclusão. Nada resta.

“Um amplo chambre de damasco, preso à cintura por um cordão de seda, com borlas de ouro (presente de uma Universidade) envolvia o corpo majestoso e austero do ilustre alienista. A cabeleira cobria-lhe uma extensa e nobre calva adquirida nas cogitações quotidianas da ciência. Os pés, não delgados e femininos, não graúdos e mariolas, mas proporcionados ao vulto, eram resguardados por um par de sapatos cujas fivelas não passavam de simples e modesto latão. Vede a diferença: — só se lhe notava luxo naquilo que era de origem científica; o que propriamente vinha dele trazia a cor da moderação e da singeleza, virtudes tão ajustadas à pessoa de um sábio.”
Vania.Cristina 08/05/2024minha estante
Preciso reler O Alienista. Li para a escola e , na época odiei. Com certeza me faltou maturidade e uma mediação melhor da professora.




Renata Cavalcante 05/05/2024

Gostei bastante!
Ah como gostei dessa história! Achei uma história leve e divertida. A escrita de Machado de Assis nos envolve de uma maneira que fica difícil largar o livro. E nessa história em si, ele conversa com o leitor, parece um amigo contando uma fofoca. Amei!
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Fernanda.Marques 05/05/2024

Achei bem divertido!
Um dia, anos atrás, li a sinopse e me interessei, agora vi acompanhando o audiobook na Audible e amei a narração.
Serviu muito pra eu decidir que eu gosto de Machado! Começo a entender seu prestígio.
Sensacional.
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Izzy.lizzy08 05/05/2024

Primeiro livro do Machado de Assis que leio até o final.

Primeiramente, gostei muito da ideia da história. Questionar a questão do normal e anormal e a idolatria da ciência, temas relevantes até os dias atuais. Quem é o louco, afinal? Gostei bastante dos rumos que a história toma e da confusão da mente do alienista.

A escrita não chega a ser difícil de ler, mas claro, existem alguns termos antigos e complicados, porém, nada que dificulte a leitura, ainda mais que, pelo menos a versão que eu li, tinha apenas 40 páginas, tornando a leitura rápida.

Um ponto que achei bem negativo foi a falta de detalhes, de imersão e de descrição. Acredito que, ainda mais por ter só 40 páginas, a narrativa ficou muito rápida e parecendo quase como um livro de história. Gosto de narrativas mais imersivas e com personagens mais complexos, parece que a narrativa se torna quase que superficial dessa forma. O único personagem que tem realmente algum tipo de desenvolvimento é o próprio protagonista, mas não muito além disso.

Por fim, recomendo bastante a leitura, ainda mais para quem está começando com os clássicos e, principalmente, começando a ler Machado de Assis.

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Claudio 05/05/2024

A elegância da prosa Machadiana
Neste curto texto, a genialidade de Machado de Assis nos leva a Itaguaí, onde o Alienista funda a Casa Verde, um hospício que muda a vida da cidade.
Com a elegância da sua prosa, vamos acompanhando o desenvolvimento da Casa e os impactos na cidade, sempre recheado de muito humor e ironia.
Machado fora da escola fica muito melhor! Pra quem nunca leu Machado, essa é uma bela porta de entrada.
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Angelina 05/05/2024

Que livro de louco, só senti vontade de ó ler pois vi uma peça sobre ele na minha escola, então obrigada professora renata, por suas peças lindas e tão marcantes.
é um bom livro mesmo tendo uma linguagem muito complexa e antiga você entende essência da história.
bacamarte tu é o louco da questão.
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marina516 05/05/2024

O primeiro clássico brasileiro que li. me impressionou, obviamente, a escrita de machado de assis. não que eu seja importante em algum grau para o país, a literatura e o idioma, mas agora entendo e admito que ele merece tamanha aclamação. a temática psiquiátrica na literatura me atrai, a noção - ou falta de noção - da loucura humana sempre será um dos tópicos que rodeiam minha mente, e é ótimo que mentes tão brilhantes possam abordá-la em um aglomerado de ciência e sentimento. no final das contas, deveríamos todos ser abrigados na Casa Verde.

menção honrosa também à revolução no meio da história, tornou a história ainda mais envolvente e digna de reflexão.
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Clara 04/05/2024

O alienista
Mesmo sendo uma obra de um escritor que amo muito, confesso que não gosto muito, não sei se isso se deve a ressaca literária que me encontro ou de fato pela história mas confesso que não foi minha preferida

Mas mesmo não sendo uma obra que gostei tanto, não posso deixar de apontar suas qualidades.

Nessa obra machado de Assis, critica de maneira irônica e cômica a ideia de normalidade e loucura, por meio de Simon Bacamarte, um médico que é fascinado pela loucura humana. É um livro curto e bem rápido de ler.
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djulia.sall 04/05/2024

Muito bom
Já queria começar a ler machado há mt tempo e essa leitura se encaixou perfeitamente no momento em que eu to um pouco de ressaca por ser curtinha é bem intrigante. é uma leitura que não te faz querer papar, se eu pudesse teria lido tudo de uma vez pq é muito boa. a forma como ele escreve é admirável e realmente digna de tanta aclamação. o alienista é uma história intrigante, com um certo humor, mas também tragédia. é uma história que aborda um tema muito complexo de uma forma leve mas sem tirar o peso da reflexão.
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jonevesa 03/05/2024

Não se sabia já quem estava são, nem quem estava doudo.
Cada vez que eu leio Machado de Assis, eu me surpreendo. Machado era um escritor a frente de seu tempo, sua escrita é simplesmente atemporal. Sua sátira e ironia, assim como suas críticas sociais, estão presentes novamente em O Alienista.
Nessa obra, Simão Bacamarte é um ilustre médico que dedica-se a estudar a loucura, o total desequilíbrio das ideias, e então torna Itaguaí o seu próprio universo e objeto de estudo. Assim, Bacamarte cria a Casa Verde, lugar onde ele recolheria os doidos da cidade, porém, logo percebe-se que sua interpretação de loucura é um tanto deturpada.
Ao longo do livro, segue uma narrativa divertida, fluída, cheia de reviravoltas engraçadas (ao meu ver) e surpreendentes.
Machado era o brabo, simplesmente nunca errou.
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kkk2 03/05/2024

Não quero dar nota pra livro clássico que eu li só por causa da escola KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK mas ele é muito divertido. demais mesmo
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carolina 03/05/2024

? do meio pro final foi ficando mais lenta a minha leitura, sinto que tinha muita coisa acontecendo no pessoal e eu não dei a atenção que gostaria. tem potencial pra ser bom, talvez eu releia com mais calma em algum outro momento (ou não:):
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Raquel.Oliveira 03/05/2024

O psiquiatra autoritário
Alienista era como se fosse um psiquiatra nos dias de hoje. Nesse caso, passou na mão dele é vapo (vai ser internado querendo ou não)
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Pamela566 02/05/2024

O alienista machado de assis
No começo achei que ia ser chato mas fui lendo mas fui gostando, Simão bacamarte e meio doido né ele internou a veinha por nada e um monte de pessoa quase a cidade toda inclusive a mulher dele coitada , não esperava a reviravolta do final ele se internando mas também ele passou dos limites da sanidade e o unico louco ali era ele mesmo esse livro e mt bomm viro um dos meus favoritos vale mt a pena ler eu recomendo a cena da Guerra foi a melhor ameii dmss recomendo ??kkkkkkkk
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Lau Pinheiro 02/05/2024

4° da unicamp (casa velha)
Reforço que essa resenha é exclusivamente sobre casa velha, que é a leitura obrigatória da unicamp. comprei o livro com o alienista junto pois achei que seria uma edição melhor e futuramente (quando eu passar dessa fase de vestibulanda) posso vir a ler o livro. achei o conto uma maravilha, amo machado e acho a escrita dele fenomenal, tanto que enquanto leio sinto como se meus pensamentos se desenvolvessem no livro de tão ambientada que o autor me deixa. achei uma história curta mas com diversos desenvolvimentos e nem um pouco corrida, tanto que achei a Lalau uma diva (não só pelo nome, que é um dos meus apelidos) mas pelo valor que ela se deu. certíssima. achei o padre curioso... pensamentos divergentes sobre ele me ocorreram durante a leitura, ainda tenho que me inteirar um pouco mais sobre o contexto político do país na época, mas amei ;)
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