Caio Dantas Cabral 06/04/2021pachinko é uma obra-prima e aqui te conto porquea premissa parece ser simples, porém é tão complexa e necessária: min jin lee disserta em pachinko a história de quatro gerações de uma família coreana: desde o ?nascimento? dela na coréia em um período de colonização pelo Japão, até as décadas atuais, distantes de sua pátria-mãe.
3 PONTOS Q ME FIZERAM AMAR:
? Escrita da autora: min jin lee possui uma das escritas e estilo de narrativa mais fluidas que já li em um livro. mesmo tratando sobre assuntos extremamente importantes, ela transpassa entre eles de forma tão clara e simples, mas em momento algum desconsiderando ou negligenciando algum aspecto da cultura coreana e japonesa.
? Estilo de narrativa: iniciando-se em 1917, a narrativa percorre por cada uma das gerações dessa família coreana dando um foco a cada um dos integrantes; viajando de década em década, o leitor vai observando o crescimento, amadurecimento e morte de cada um deles, vivenciando cada uma das lutas e dilemas que cada um passou, assim como as mudanças e evolução de ambas as nações, coréia e japão, que se apresentam como dois personagens cruéis nessa história.
? Contexto-histórico: min jin nesse livro insere as lutas de uma família coreana tentando sobreviver em um país colonizado, e tempos depois tendo que se mudar para o país colonizador. Com o passar das décadas, a narrativa vai apresentando ao leitor cada um dos conflitos políticos, as relações entre colonizado x colonizador, além de ter conhecimento e compreender um lado das duas Guerras Mundiais que não é discutido nas escolas ou em qualquer outro espaço de conhecimento.
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dividido em 3 partes, pachinko é um retrato de uma nação que não possui nação. Se tornou um dos livros mais marcantes que já li na vida, 5 estrelas, favoritado e merecedor de toda panfletagem por aí. É lindo, tocante, delicado, sensível, real e cruel.
min jin lee, obrigado por essa carta de amor, família, identidade, preconceito e pátria; você escreveu um clássico do século XXI.