Resenhas - A Cachorra

liviatae 29/12/2023

Outra recomendação do @aquelegf, a escrita é fluída e rápida, não é um livro "uau, que incrível" é só um livro "hm, legal".

Tamires Durães 20/06/2022

Quantos traumas podem estar enraizados no ser humano?
Na tentativa de desviar a atenção dos seus traumas passados e do insucesso de engravidar, Damaris adota uma cachorra. Mesmo na companhia do marido, a protagonista se sente sozinha e inconsolável. O drama latino-americano se passa na costa da Colômbia e é construído de forma única, singela e ao mesmo tempo atroz.

A leitura é muito fluída e envolvente. Desde o lançamento o título estava na minha lista, não sei por que não o li antes. Esta é daquelas histórias que eu gostaria de esquecer só para ler tudo pela primeira vez novamente (sou leitora de desgraceira mesmo, risos). Não me lembro de ter lido nada semelhante quando se trata do terror psicológico exposto nessa narrativa. Muitas vezes julgamos os atos de terceiros, sem conhecer ao certo o que o levou a cometê-lo. Quantos traumas podem estar enraizados no ser humano? O que uma dor em seu âmago é capaz de causar?
São tantas camadas possíveis para serem depreendidas, dentre elas, a maternidade, casamento, criação dos filhos, expectativas dos pais, traumas de infância, etc.

Amei a escrita da autora, muitas vezes a leitura me provocou as sensações de umidade, frio/calor, mofo, bem condizentes com o cenário descrito, dificilmente uma obra me provoca tais percepções e me empolguei com a leitura do início ao fim.

Marcelo1119 11/01/2024

A cachorra
Um livro inquietante e ao mesmo tempo triste.
Essa obra fala sobre a Damaris que passou por momentos devastadores em sua vida, ela mora junto com seu namorado Rogelio e mesmo assim a solidão faz parte da sua rotina. Damaris não tinha uma vida fácil com o namorado, pois ela vivia em um relacionamento "abusivo" por ela não conseguir engravidar.
A história começa a desenrolar a partir de sua vizinha, onde nasceu alguns cachorrinhos e Damaris adotou uma cachorra e ao mesmo tempo com a vinda da cachorra fez com que ela esquecesse um pouco de que ela não conseguia engravidar. A cachorra fazia parte da vida dela, circulava pela sua casa. No início o Rogelio tratava mal a cachorra e ela, ele vivia chateado por não conseguir ser pai. Uma história bem pesada e triste, vale muito a pena ler.

Kleilson.Torquatto 26/12/2023

Terror psicológico
Em a cachorra temos um leitura bem fluida e envolvente e ao mesmo tempo intensa e viceral.
Nessa história a autora desdobra a relação conflituosa e confusa entre a protagonista Damaris que sempre sonhou em ser mãe e nunca conseguiu realizar esse desejo e uma cachorrinha que ela adota quando pequena.

Em menos de 200 páginas a autora dá um show, trazendo uma trama envolvente que permeia sensações e sentimentos ao leitor através das projeções que a protagonista faz em relação a cachorra. A necessidade de cuidado e proteção pela cachorra, faz com que Damaris acredite que ela(a Cachorra) seja como uma filha que ele nunca teve.

Só que o retorno da cachorra para esse amor incondicional não é retribuído da forma que ela esperava, levando a mulher a decisões drásticas em que ela nunca imaginou que teria.

É uma narrativa inquietante e angustiante, permeada por traumas, dores, dificuldades e que vão sendo transmitidas durante a leitura todos esses sentimentos ao leitor de uma forma bem gráfica.

Esse livro vai te deixar aflito, tenso e reflexivo no final.
Apesar de poucas páginas é um livraço, que eu super indico!

Rauny.Campos 21/04/2021

Gutural, cru, exposto e forte
Um livro curto que te faz pensar sobre o quão bem será desenvolvido mas que disseca tanta nuances do ambiente dos personagens e trata a maternidade de uma forma crua e dolorida. Começo e final doloridos e se gosto amargo. Mas ficará por muito tempo nas mentes pra se pensar

Gabriel 25/03/2022

Doloroso
Não tinha nenhuma expectativa com esse livro e fui bastante surpreendido.

A narrativa é bem envolvente, e nos prende bastante.
Gostei das reflexões e de como a história começa e termina.

Bia 20/03/2021

Doloroso do início ao fim.
É rápido de ser lido, porém ao mesmo tempo muito pesado o que torna a leitura complicada. Um livro curto que nos faz questionar se toda mulher nasceu pra ser mãe?

diliterando 26/01/2022

.
Livro:  A Cachorra ????
Autor: ?????Pilar Quintana.
Ed: Intrínseca
Pg: 160

????????????????????
Nessa leitura rápida, nua, crua e intensa conhecemos a personagem Damaris uma mulher casada que tem o sonho de ser mãe e gerar em seu ventre uma criança.
Ela uma mulher que vive uma solidão acompanhada. Todos perguntam sobre quando cem o filho do casal???
Essa angústia e falta de sensibilidade dos outros há faz muito mal.  Depois de tentar de tudo. Ela encontra uma cachorra.
Esse animal doméstico se torna um poço de esperança, carinho e conforto, para sua vida medíocre de amor e atenção por parte do marido.
A vida vai seguindo seu rumo, impiedosa nessa situação nebulosa de Damaris. O seu principal desejo não é atendido. Nas entrelinhas de uma vida corriqueira é falado o que não está escrito.
A leitura vai pesando, a melancolia e frustrações de Damaris vai ficando mais denso, até seu ápice descontado em suas tristezas de uma vida conjugal carregada.
? Para mim a leitura foi válida, não sei se gostei ou não da leitura como um todo. Para muitos (li algumas críticas) parece um livro sem sentido, bobo e sem pretensão. Mas Para quem se coloca na pele dessa mulher, a leitura toma um ar gradioso e justificável. Foi a minha percepção.

Thalita.Almeida 18/09/2022

Esse livro foi um pouco surpreendente para mim, a ponto de ser chocante. Não sabia muito do que se tratava e quando comecei a ler, imaginei um desfecho totalmente alheio ao que foi. Apesar de ser um livro simples e curto, demonstrou muito bem em poucas páginas em como traumas podem transformar uma pessoa.

Damaris, uma mulher que sempre sonhou em ser mãe e nunca teve seu sonho realizado, agora com mais de 40 adota uma cachorrinha com poucos dias de nascimento e projeta sobre o animal suas expectativas sobre a maternidade. Mas quando elas são quebradas, passa e tomar atitudes que antes não era de si mesma e chega a um ponto que não se reconhece mais.

Um livro que mostra como a monstruosidade também habita pessoas consideradas boas, em como traumas e decepções podem ser gatilhos para os mais cruéis atos.

Eu recomendo muito essa leitura, pois mesmo para quem não gosta do gênero é uma leitura leve, fluída e curta. Enfim, eu amei esse livro.

bebel 03/03/2024

Gostei mas não tanto
Não lembro de ter lido nenhum outro livro que se passasse na colômbia, então isso foi muito legal, mas achei que o livro se perdeu um pouco da premissa original do que a sinopse sugeria - ou, pelo menos, foi a impressão que eu tive a partir da sinopse -, de que seria uma história de completa obsessão e autoproteção insana com a cachorra, e não foi exatamente isso que o livro contou.
outra coisa que eu achei foi que o livro foca muito em descrição de cenários, aparência de personagens e histórias passadas dos personagens - algumas que não fazem a menor diferença e personagens que não são importantes -, e por ser um livro tão curtinho, acho que poderia ser mais reduzido esses trechos na revisão.
mas fora isso gostei muito da leitura e amei a escrita da pilar

Dry 08/06/2021

Inquietação
Desde o lamento recente deste livro pela intrínseca algo nele me chamou atenção, não sei ao certo se foi mais o título ou a capa, que por sinal é perfeita para o romance. Mais senti muita vontade de iniciar essa leitura, que apesar da tenção palpável foi tão fluida. É difícil descrever.. mais é um livro bem desconfortável, começa de uma forma bem triste, e termina igualmente, mas o que mais chama atenção é justamente o misto de todos os sentimentos contidos aqui. .. solidão, frustração, vergonha, e traumas. É tudo tão cinza, que a gente se cogita o tempo todo sobre várias precariedades que levaram esses personagens a uma vida tão simples.. e triste, que vê todos os seus conflitos voltados a uma cachorra. E o quanto essa cachorra torna possível todos os sentimentos em Damares.. sejam ele bons .. ou não.

rebecbs 22/04/2023

Será que se trata realmente da cachorra?
Não. Não se trata da cachorra. Damaris teve uma vida traumática, desde a infância até a sua vida adulta. Viu a morte de Nicolasito, foi culpada por ela e acabou se culpando também. Várias vezes se questionava se a culpa realmente era dela.

Damaris lidava com o fardo de não conseguir ser mãe, de ser estéril.
A cachorra entrava e saia da vida dela o tempo inteiro. Ela fazia de tudo para a cachorra ficar, mas ela continuava indo embora. Partia e voltava.

Até que Damaris a matou. O que é irônico, vindo de alguem que protegeu Chirli por tanto tempo das mãos de Rogelio.

@varaomichel 19/12/2020

A Cadela
Narrada em terceira pessoa, esta novela colombiana da mais alta qualidade conta a história de Damaris com sua cachorra em seu povoado litorâneo. Diante de sua frustração por não conseguir engravidar e de como isso afeta a saúde de seu casamento ela adota uma cachorra cuja mãe foi morta envenenada, e é a partir dessa relação que vamos sendo apresentados ao universo interior de Damaris, suas culpas e expiações, especialmente a que sente por não ser fértil e pela tragédia que presenciou na infância e que sente que poderia ter evitado. Pilar é o tipo de autora que consegue te fazer imergir nesse lugarejo que você nunca esteve, dá quase pra sentir os cheiros e texturas, tamanho o poder narrativo. Pilar, a autora, teve seu primeiro filho aos 40 anos, idade de Damaris, a personagem, e conta que escreveu todo o livro no celular enquanto amamentava. Um grande livro, de se ler de uma vez só. Depois de lido o livro, acho que o título "La Perra", seria melhor traduzido como "A Cadela".????? 4.5/5

Thais645 02/05/2022

Às vezes me deparo com essa capa e a história vem fresca à minha mente. É um desconforto colossal. Hoje eu daria uma nota acima de três, e sempre me pergunto o que tanto me incomodou na trama. Quem lê pode responder - talvez melhor do que eu.

É um desalento constante e infinito - além de crescente. Um incômodo que mexe desde as entranhas até a nossa alma e corpo.

É triste, feio, perturbador e, em determinados momentos, insuportável.

Li em algum lugar que a autora escreveu esse livro no celular, enquanto amamentava seu bebê, e por vezes penso o que se passava no âmago de sua mente e ânimo.

Eu não leria de novo. Mas já faz parte daqueles livros que vão ficar marcados para sempre. Para todo o sempre. É isso.