Resenhas - O Mapa de Sal e Estrelas

Carol 20/08/2022

Eu adoro ler e descobrir histórias de outras culturas. Apesar de muito melancólico em alguns momentos, afinal uma guerra é sempre muito triste, adorei as personagens do livro, suas relações. Algumas falas e diálogos são tão profundos e bonitos.

As duas protagonistas, Nur é Rawiyla são fortes, marcantes ?

Rianne.Brito 15/08/2022

História linda!
Uma história muito bonita porém muito triste. Na verdade são duas histórias uma do passado e outra atual, sobre refugiados sírios. Eu achei um pouco arrastado, particularmente não gosto de muita descrição das coisas kkkkk mas é muito bom.

Bah 02/08/2022

Momentos arrastados e momentos que te arrastam
Este não foi um livro fácil de ler. Em partes porque achei o meio arrastado, mas também pelo tema que era pesado.

O livro segue Nur, uma menina que tem sinestesia que morava em Nova Iorque e se muda para Homs, na Síria, com sua família após a morte de seu pai, seu Baba. Enquanto lida com o luto, Nur e sua família se veem tendo que fugir de Homs porque a guerra da Síria estourou. E a partir daí seguimos Nur como uma refugiada tentando chegar a segurança em meio a uma situação que ninguém deveria passar.

O livro é muito bem escrito, a edição da Tag é maravilhosa. Eu tenho certeza que preciso reler para conseguir entender tudo, porque os paralelos entre Rawiya e Nur passaram batidos nos primeiros capítulos que li. Além de toda a questão com os mapas e poemas. Eu realmente quero reler, acho que vou gostar bem mais na segunda leitura.

Apesar de ter sido uma leitura difícil eu gostei bastante. Gostei muito de todos os personagens, inclusive me doeu demais em várias partes. A mistura da fantasia da Rawiya dava certa magia à história de Nur, e a visão infantil de Nur deu ao mesmo tempo uma leveza (se é que posso chamar disso) e um impacto maior a tudo que estava acontecendo.

Gostaria que eu não ligasse o jornal e visse guerras e mortes, que isso fosse apenas ficção. Mas não tem como, afinal é baseado em algo que aconteceu poucos anos atrás e que se repete vezes e mais vezes em diferentes locais.

Eu indico bastante a leitura. Tenham paciência, tem momentos arrastados e momentos que te arrastam, mas a leitura vale muito a pena!

Jaqueline 28/07/2022

"Mama uma vez disse que a cidade era um mapa de todas as pessoas que viveram e morreram nela, e Baba disse que todo mapa era, na verdade, uma história."

O livro narrada a travessia e fuga de uma família para encontrar um lugar seguro depois de estourar a guerra civil na Síria e ao tempo tempo narra outra história, que vai seguindo ao mesmo tempo. Achei bem arrastado o livro de início, mas é uma história emocionante e triste. Mesmo que os personagens não sejam reais, ainda é uma realidade que aconteceu com muita gente refugiada e é doloroso ler toda essa trajetória. E é livro que mostra muito sobre cultura, principalmente pela outra história que aparece e acabei procurando as cidades que são narradas pra ver como era caminho e as distâncias percorridas. E toda história é narrada por uma garotinha, que perdeu o pai, nasceu em outro país e o lar é em outro lugar, conforme cada situação que ela passa uma parte dela muda junto ou se perde. Gostei de ler.

Isabella 26/07/2022

Uma viagem sensível e sinestésica
O primeiro ponto a se destacar nesse livro, antes mesmo da história, é a sensibilidade trazida nas palavras empregadas, a beleza que o poder da metáfora carrega, bem como o impacto de ver o mundo pelos olhos de uma menina que faz mais do que narrar fatos.

Resumindo um pouco do contexto desse livro, posso dizer somente que a história se passa em duas linhas temporais, interligadas de alguma forma, e que nos levam a aventuras inimagináveis, cada uma empregada em momentos diferentes e importantes para a cultura árabe. O núcleo principal narra a história de Nur e sua família, que buscam um lugar onde possam viver e fugir da violência instaurada com o estopim da guerra civil síria; e não somente isso, acompanhamos da maneira mais delicada e doce possível, através do ponto de vista da caçula da família, Nur, ou apenas nuvenzinha. É impossível não se emocionar.
O segundo, e não menos importante, traz a história épica de Rawiya. Ela parte em uma viagem de reconhecimento territorial pelo Oriente Médio com o cartógrafo al Idrisi e vive o inimaginável, em meio a uma descoberta tanto científica, quanto de si mesma.

O mapa é um ponto a parte nesse livro, tendo quase vida própria, o que me fez repensar e admirar algo que antes era tão trivial para mim. Você vai entender o que estou dizendo quando ler essa preciosidade.

Sobre as minhas impressões: apesar de tudo, não foi um livro fácil para mim, demorei um pouco para terminá-lo, talvez por eu estar num momento mais sensível psicologicamente, mas a experiência no final valeu muito a pena. Apesar da doçura das palavras, ele não deixou de ser pesado em alguns momentos.

Uma dica que dou a quem quiser, que pode enriquecer muito a experiência de leitura, é de aproveitar todos os minuciosos detalhes de localização de cidades e monumentos entregues pelo autor e ir acompanhando por um mapa mesmo (acompanhei pelo Maps). A história se torna se certa forma mais palpável e você consegue sentir o que esses personagens viveram.

Barbara.Teodoro 14/07/2022

Arrastado
Esse livro foi difícil de ser lido em diversos contextos. O primeiro deles: extremamente arrastado, repetitivo e pelo menos até as primeiras 100 páginas, entediante. O segundo motivo é a sucessão de desgraças que acontecem após as primeiras 100 páginas. Acaba se tornando difícil de ler porque os temas são muito pesados, indigestos.
Fiquei com algumas questões ao longo do livro, do tipo: por que as meninas e a mãe foram se enfiar na Síria no meio da guerra? Custava ficar em NY? Como no fim do livro a Nur simplesmente avistou a casa em que procurava sem sequer saber onde era? Ficou tudo meio conveniente demais pro final ter um desfecho.
Como falei anteriormente, o livro também foi bastante repetitivo. Não sei quantas mil vezes li sobre a Zahra girar o bracelete no próprio braço. Não aguentava mais.
Porém obviamente, como qualquer livro, não é de todo ruim. Aprendi muitas coisas sobre a cultura árabe. O livro é também uma aula de história em que se vê um esforço enorme do autor a garantir um contexto histórico verossímil.
Outra coisa interessante foi o autor ter usado da sinestesia para ilustrar os sentimentos da Nur através das cores. Foi bem bacana as descrições de que algumas vozes tinham cores. Alguns acontecimentos também. Achei bem original.
No mais, é um livro que li uma vez para não ler mais.

Gabi 13/07/2022

Conhecer outra realidade e cultura é bem interessante.
E a escrita do livro é muito boa...
Além dos personagens serem cativantes

Mari 12/07/2022

Um livro bonito
Começando pelas páginas, pela estética, pela cor...
É bonito do inicio ao fim.
Também é triste, tenso, cheio de amor, de dor e crescimento.
Uma leitura sem igual!
Foi literalmente uma viagem, demorada, mais apreciada em cada pedacinho.

Djamila.MagalhAes 10/07/2022

É um livro interessante com uma escrita poética. A história é uma jornada, a leitura ela perpassa despertando nosso interesse e nos envolve, mas não me causou o frenesi e urgência em chegar ao fim.

Gabis 04/07/2022

Delicado e necessário
Meu sonho é ser uma escritora de obras delicadas. Obras que tocam tão fundo na alma, com um personagem tão profundo e, ao mesmo tempo, que não seja difícil de compreender.

Nur e Rawya são essas personagens, e me espantou demais virar a dobra do livro e ver que essas personagens nasceram de um autor homem. Eu esperava que delicadeza feminina fosse exclusividade nossa.

Ledo engano, delicadeza é algo que temos que buscar constantemente, ou nascer com ela.

Fernanda1492 01/07/2022

@rascunhosdeleitora
Um livro bom.
Achei que demorou um pouco pra ação começar a acontecer de fato. Então se tornou um pouco cansativo pra mim. Mas há lindos trechos, linda ambientação e um final maravilhoso.

Bruuh 20/06/2022

Resenha: O Mapa de Sal e Estrelas ??
Nota: 2/5 ?

Em meio a protestos, conflitos e bombardeios durante a guerra civil de 2011 na Síria, a jovem Nur é forçada a deixar o país em busca de segurança. Quase mil anos antes, Rawiya, aprendiz de cartografia, traça exatamente a mesma rota, numa saga épica por terras desconhecidas. As duas jornadas de amadurecimento se intercalam, enquanto que as protagonistas, embora separadas por séculos de história, espelham as diferentes faces de milhões de refugiados do Oriente Médio e norte da África.

Esse livro me fez entrar uma ressaca literária. Uma leitura nada fluida, mas muito emocionante.
A escrita não me envolveu e não me fez criar laços com os personagens. ?

Você já leu esse livro? O que achou? ?

#bookstagram #bookgram #lgbt #resenha
#umaquaseredatora

-HR 17/06/2022

Achei a leitura essencial mas é muito arrastada. Demorei para acabar porque ficava no tédio, algumas informações são bem repetidas.

Carol 29/05/2022

“O mapa de sal e estrelas” é uma leitura interessantíssima.

Em primeiro lugar, é necessário destacar os esforços de estudo do autor para apresentar duas histórias em uma só. A história pregressa envolve personagens reais, como o cartógrafo al-Idrisi, e a criatividade é colocada no papel a partir dos vazios da história real. Por outro lado, a história contemporânea remete aos refugiados sírios, com precisão inclusive sobre as rotas utilizadas em determinado momento.

Eu não me recordo da última vez em que li uma obra com o entrelace de duas histórias, mas sei que previamente imaginei que não me acostumaria ou preferiria uma à outra. Ledo engano. Zeyn nos envolve, como em uma teia, e a pausa em cada história nos faz buscar por mais.

A leitura é, também, frequentemente atravessada pela dor. Dor da perda do seu lar, da saudade, da morte de personagens que representam figuras paternas, da ausência, do desamparo..., Mas não é um livro piegas ou focado nesse drama. Pelo contrário, a história segue um fluxo em que buscamos, junto aos personagens, a nós mesmos, ao que nos mantém vivos, às nossas palavras, à nossa história. Um importante adendo às diferentes dimensões é uma característica de Nur, a sinestesia. Mergulhamos em seu mar de cores, odores e analogias, como se presenciássemos os ambientes.

Nesse processo de descoberta compartilhado, me chamou a atenção quando enfim descobrimos o significado das aberturas das seções da obra, parte do projeto gráfico deslumbrante.

Sim, fiquei completamente apaixonada por essa leitura em sua completude, mas res
salto a predominância do sentimento de perda, ao tratar de refugiados (história contemporânea) e viajantes (história passada). Vários triplex foram alugados na minha cabeça e sei que precisarei de muito tempo refletindo sobre as questões que “O mapa de sal e estrelas” me proporcionou.

Hellen (@literatucracia) 10/04/2022

O mapa de sal e estrelas
Gostei muito, principalmente das reflexões que essa narrativa proporciona. Em tempos de guerra na Europa, é acidamente percebível como as questões políticas / questões de guerra no Oriente Médio são ignorados pela massa mundial.
A história desse livro é contada a partir dos olhos e da vivência de uma criança, o que ao mesmo tempo ajuda a amenizar a gravidade dos acontecimentos e ajuda um adulto a perceber como sabemos promover o mal de forma bem gratuita.
A narrativa é envolvente, as páginas vão passando rapidamente e a gente percebe toda a emoção e sentimento contida nas páginas ao retratar as dores, perdas e impactos que essa guerra causou e causa ainda.
Leia com um lencinho em mãos.