Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Lis 22/02/2013

Muito horrorshow, ó meus irmãos
Será que a bondade imposta é tão válida quanto a escolhida? Será que podemos escolher ser bons? Em Laranja Mecânica, Anthony Burguess aborda a violência na juventude e suas conseqüências e faz uma crítica ao sistema penal e os métodos do governo.
Alex é o líder de uma gangue de adolescentes que assaltam, espancam e estupram, mas acaba eventualmente assassinando uma mulher por acidente. É assim que ele vai parar em uma penitenciária por dois anos antes de ser submetido á técnica de Ludovico, um tratamento de choque do governo e sofre uma lavagem cerebral que faz com que seu corpo reaja com dor e sofrimento físico a qualquer ideia de violência. Então ele é reintegrado a sociedade.
O livro gira em torno dos conflitos internos de Alex, e também tem pontos fortes como a cultura Nadsat, (a qual Alex pertence) que é marcada principalmente pelos estranhíssimos hábitos linguísticos, que mesclam parte das línguas russa e inglesa. O autor causa estranhamento no leitor por usar palavras que nunca foram ouvidas e não se conhecem os significados, no começo o único guia de quem lê é a dedução.
O livro é dividido em três partes, a primeira mostra a vida de Alex antes de ser preso, seus hábitos violentos, seus amigos e companheiros de gangue e a consciência inabalável do personagem. A segunda parte trata-se de sua vida na cadeia e sua experiência como cobaia da Técnica de Ludovico. Já na terceira parte, Alex é reintegrado á sociedade e é forçado a lidar com o fato de que o tempo passou para todos, menos ele e a perda o controle de si mesmo.
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amanda 27/02/2013

Livre arbítrio x Imposição da "moral"
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mila antares 05/03/2013

Precisei de perseverança para continuar a leitura, porém, vale a pena, é um mergulho num universo bizarro e complexo, da mente humana.
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Camilla Szerman 09/03/2013

Uma análise interessante do comportamento humano, mostrando que não importa quem ou o quanto se lute contra, o instinto de cada um vai continuar o mesmo até o fim da vida. O autor cria um dialeto próprio, o que deixa o livro ainda mais interessante. Alex, apesar de ter seus problemas, é um personagem extremamente cativante. Prende o leitor da primeira a última página.
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Butakun 11/03/2013

A verdadeira natureza humana?
Difícil no começo, mas altamente intuitivo após uns dois ou três capítulos. O tal Alex nada mais é do que um retrato da verdadeira natureza humana: destruição. Lógico que, diante de tudo o que já vimos nos últimos tempos, as coisas que Alex e seus "druguis" fazem na "notchi" não causa lá tanto espanto. Mas, é fato que, na época em que foi lançado, deve ter sido um choque para a sociedade se deparar com um protagonista tão absurdamente humano (no sentido mais literal e selvagem da palavra), e não um doente. Agora, sim, posso ver o filme do Kubrick, rs. =D
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Flavinha 11/03/2013

Resenha: Laranja Mecânica - http://www.chatadoslivros.blogspot.com.br/
ALERTA SPOILERS

“Então, o que é que vai ser, hein?”

Alex e seus druguies estão no auge de sua adolescência, e sua diversão, é sair pela noite abusando violentamente de idosos, mulheres e crianças. Eles chamam esta diversão subversiva de ultraviolência, e essas ações hediondas parecem ser a única coisa que os satisfaz.

Alex, encontra um prazer fora do normal espancando, estuprando e roubando, mas sua alma também tem descanso quando escuta música clássica. As experiências pessoais dele com a música de Beethoven e Mozart e se igualam às experiências de ultraviolência na rua, às vezes ele se utiliza da música para despertar suas emoções, seu desejo de machucar as pessoas, como numa cena em que ele está com duas “garotas” de no máximo 10 anos em seu quarto e abusa sexualmente delas ao som de Beethoven.

Tudo parecia normal na rotina de Alex até que um dia, ao invadir a casa de uma velha senhora, ele exagera no espancamento e acaba por matar a velhinha. Quando tentou fugir, foi traído por seus druguies, deixado à própria sorte, ferido e desnorteado.

Ele foi capturado e preso, mandado direto pro inferno, e a única oportunidade que ele enxergou para sair dali foi participar de um programa do governo, que visava “condicionar” as pessoas com o temperamento de Alex a serem boas e praticarem somente o bem.

Logo no começo do livro vemos cenas fortes de espancamento e estupro, tudo é muito intenso e perturbador, e o que ajuda o leitor a lidar com essas experiências é a gíria utilizada na escrita na história. A impressão que eu tive foi que, ao ler as descrições feitas pelo autor utilizando essas palavras desconhecidas, que substituíam as mais fortes da cena, tudo foi mais amenizado, compreender algumas coisas no contexto foi mais tranqüilizador do que ler tudo na íntegra, no bom e velho português.

O livro é chocante e intenso, não só pela violência física nas ações do personagem principal, nosso Humilde Narrador, mas também pela violência imposta ao seu ser, sua alma, que sentimos quebrar quando ela foi moldada pelo tal benéfico programa governo e ele deixou de ser quem ele era pra se transformar numa marionete.

Gostei muito da história e fiquei me perguntando o porquê de eu ter demorado tanto pra ler este livro, que se mantém tão atual em suas críticas mesmo tendo sido escrito há muitos anos atrás.

O começo pode ser um pouco cansativo, porque você tem que ficar olhando o glossário para saber o significado das gírias que foram usadas, mas depois que você começa a reconhecer as expressões, a leitura fica bem mais fácil, e você acaba incorporando mentalmente muitas delas no seu dia a dia até mesmo depois de ter terminado o livro.

Realmente uma história muito Horrorshow! Agora vou atrás do filme ;)

http://www.chatadoslivros.blogspot.com.br/
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Erica 12/03/2013

tão estranho quanto uma laranja mecânica
Somos todos organismos livres que preferem se submeter a leis e seguir obedientemente como robôs? (Não eu, viu?)

Você é careta se questiona o progresso, não vista essa cor que te engorda, seja bom, seja magro, seja bonito, seja trabalhador, leia aquele livro nos mais vendidos, almeje um cargo melhor e dedique todas suas horas para obtê-lo, tenha sucesso. (depende de como você coloca. Eu sou bem rebelde quando quero)

O mal é inquestionavelmente mal. Então, onde estamos todos quando há matança naquela guerra lá do outro lado do planeta? E o que fazemos quanto à opressão de governos totalitários? E a crueldade da tortura encoberta pela necessidade da busca da verdade? (faço o que posso. O que mais posso fazer?)

E o mais, raros são - nem eu, nem você - os que fazem. Enfim, é isso aí mesmo, Ó, meus irmãos.



"Então, o que é que vai ser, hein?"

"Eles não procuram saber qual é a causa da bondade, então por que ir à outra loja?"

"É gozado como as cores do mundo real só parecem reais de verdade quando você as videia na tela"

"Cada homem mata a coisa que ama" (alusão a "The ballad of reading Gaol", de Oscar Wilde)

"Tranformar um jovem decente numa coisa mecânica não deveria, certamente, ser encarado como triunfo para nenhum governo, a não ser aquele que se gabe de sua capacidade de repressão".

"Alguns de nós têm de lutar"

"As pessoas comuns deixarão isso passar, ah, sim. Elas venderão a liberdade por uma vida mais tranquila".




"posso simpatizar com o civil que não gosta de tomar as próprias decisões. É mais fácil receber orientações: fume tal cigarro -- 90% menos alcatrão; leia tal livro -- 75 semanas na lista de best-sellers." ("A condição mecânica", Burgess, 1973)

"O mal ao nosso redor é assustador e não é seguro lidar com ele. Apenas o artista pode lidar com ele, pois pode fazê-lo com mais objetividade. E isso talvez não seja absolutamente seguro" ("De uma entrevista inédita com Anthony Burgess")

"Basicamente tenho muita desconfiança em relação ao uso de poder para mudar os outros"

"Artistas literários são sempre tratados como se tivessem inventado o mal, mas sua verdadeira função, dentre muitas, é mostrar que o mal existia muito antes de eles terem usado suas primeiras canetas ou processadores de texto. Se um escritor não diz a verdade, é melhor que não escreva." (Nota a a Clockwork Orange 2004)
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Sidney Matias 16/03/2013

Laranja Mecânica - Anthony Burgess
ra ora ora, o que temos aqui meus velhos drugues?
A ilustríssima obra de Anthony Burgess, após apreciar um bom e velho Moloko, o Blog Casa de Livro traz a você leitor, Laranja Mecânica.
Temos como tchelovek principal Alex, que também é o nosso narrador, que nos conta de uma forma bizarra seu cotidiano. Juntamente com seus drugues, Tosko, Pete e George, praticam roubos, espancamentos, estupros, esparramando a boa e velha ultraviolência, por toda uma Londres arrasada, em um caótico futuro indeterminado.
No futuro em que se passa a obra, os entorpecentes Velocet, Sintemesc e Dencrom, são misturado em Moloko e comercializada no Lactobar Korova, local em que religiosamente nosso drugues, reúnem-se para dar inicio a mais uma noite alucinada e repleta de Krovvy.
Agressões contra starres e sunkas são comuns, e acontecem em grande escala no livro, bem como toltchoks nas gúllivers. E se você é daqueles leitores que entram na obra, no decorrer dos capítulos irá sentir as dores das vítimas. Porém, como em toda gangue, nada é tão “perfeito”, os companheiros de Alex resolvem fazer um complô, afim de tirar dele, todo o “poder” que a liderança oferece.
Nota-se que, utilizei no texto acima algumas palavras que Burgess recriou, construindo um vocabulário próprio para seus personagens, o NADSAT, mesclando palavras em inglês, russo e gírias. Além de uma nova ambientação para Londres, em um cenário mais futurista, definitivamente o escritor estava à frente de seu tempo.
Todo esse cenário para receber as ações inconsequentes dos jovens, percebemos uma indireta do autor, nada doce, para com a realidade. Em sua ficção científica, Burgess abordou temas criticando determinados assuntos, que ainda hoje se aplicam a nossa sociedade.
O Próprio autor em sua vida sofreu com a violência, sua mulher havia sido violentada sexualmente por jovens. Acredita-se que uma forma de superar o problema, foi escrever o livro.
O leitor poderá acompanhar na obra, o chocante momento em que um escritor, esta trabalhando em um livro, cujo nome também é Laranja Mecânica, e é obrigado a assistir a sua mulher ser violentada sexualmente, após ter sua casa invadida por Alex e seus drugues.
Às vezes uma desgraça só, não é suficiente. Na época que escreveu o livro, Burgess ainda era perturbado por uma doença que provavelmente iria matá-lo, em até no máximo 12 meses. Se a expectativa de vida dada pelo médico tivesse sido certeira, ele teria partido sem terminar o livro.
A obra marcou muitos leitores assim como os que também tiveram contato com sua adaptação cinematográfica, que se tornaria um grande clássico do cinema mundial, dirigido pelo fenômeno Stanley Kubrick. Uma simples resenha descrevendo o conteúdo da obra é quase desnecessária, quando falamos em Laranja Mecânica precisamos ir mais afundo. E destacar alguns pontos de grande importância. Primeiro a natureza de agir inconsequentemente do ser humano, a irônica simpatia que nosso protagonista Alex despertou nos leitores, e a expressão “Laranja Mecânica” ter sido usada no livro, e não podemos esquecer do seu bom gosto para música clássica, em especial Beethoven.
Uma das características que tornam Laranja Mecânica ainda mais interessante, é a falta da real consciência dos personagens, entre fazer o bem e o mau, entre o certo e o errado. Certamente Alex sabe que, diretamente causa danos à vida de terceiros durante as agressões, mas antes de utilizar a razão e a moral, facilmente é levado pelo instinto e vontade. Para Alex e seus drugues, a ultraviolência era em primeiro lugar, um prazer, uma diversão. Uma vida regada de facilidades, tudo sobre controle e poder deles, mas não era o suficiente.
“Eu não conseguia deixar de me sentir um pouquinho decepcionado com as coisas do jeito que eram naquela época. Nada contra lutar de verdade. Tudo era fácil como tirar doce de criança” Alex.
A expressão Laranja Mecânica, nada mais é do que a tentativa de impor ao homem, um ser evoluído e capaz de agir docilmente, que será acolhido calorosamente por Deus no fim de tudo. Tudo isso na tentativa, e na base de leis impostas, dando condições que, são apropriadas para uma sociedade de criação mecânica.
Podemos ir um pouco além, Laranja e Mecânica são coisas distintas. A primeira nos traz algo natural, enquanto que a segunda carrega no contexto as mudanças humanas e a tecnologia, agregado à ausência de criatividade, e favorecendo a realização de uma atividade automática e mecanizada.
Nessa linha de pensamento podemos afirmar que, a mente de qualquer individuo é uma Laranja. Alex, no livro, é exatamente isso, na direção de que, a maldade é algo natural ao seu modo de ver. Apesar de ser fruto de bom berço, e pais educados, essa forma de agir despertou em Alex, tornando-o um perigo para a sociedade.


Na obra iremos acompanhar o tratamento que fora aplicado, o Método Ludovico, tentando “mecanizá-lo”. E o fim do nosso narrador, não é nada natural. Que antecipadamente até o próprio Alex questiona, em certo ponto do livro, ao conhecer o Método Ludovico, que seria aplicado em troca de redução de pena, com algo que também lhe traria a “cura".
– “Eu vou ser uma Laranja Mecânica?”.
Alex perde seus prazeres, senso de criação e paixões, que mesmo sendo um perigo, eram o que lhe tornava humano. Com sua mecanização, evadiu-se todo o seu senso de escolha, e isso criou uma certa comoção no leitor, talvez um dos motivos que nos levam a simpatizar com Alex, apesar de seus atos.
Alex sofre na mão das mesmas pessoas que no passado ele agrediu, gerando um ciclo para a narrativa. O final é nada mais que algo justo, porém muito cruel. Alex de sua adolescência à maturidade conhece as drogas, violência e punição, mas não só pelo governo, como também pelas eventualidades da vida.
Na versão britânica, não temos o vocabulário publicado no final no livro, causando grande estranhamento em seus leitores, solicitando ao leitor certa dedução para compreensão, e essa era a intenção do autor, trazer todo o cotidiano do mundo de Alex, da forma como ele realmente acontecia, e também é a forma mais indicada para primeira leitura, não consultar o vocabulário. Uma excelente obra com muita violência e conflitos éticos. Definitivamente é uma obra marcante, Laranja Mecânica é muito “horrorshow”, depois da sua leitura, você jamais será o mesmo.
Padre (para Ludovico):
"Escolha. Ele não tem escolha, certo? O interesse próprio, o medo da dor física levaram-no a este grotesco ato de humilhação. (...) Ele deixa de ser um malfeitor, mas deixa também de ser uma criatura capaz de escolhas morais!"


Título: Laranja Mecânica
Título original: A Clockwork Orange
Autor: Anthony Burgess
Ano de lançamento: 1962
Editora : Aleph
Páginas: 224

Sidney Matias


"A juventude precisa acabar, ah sim.

Mas a juventude é apenas quando nos comportamos tipo assim como os animais. Não, não é bem tipo assim ser um animal, mas ser um daqueles brinquedos malenks que você videia sendo vendido nas ruas, como pequenos tcheloveks feitos de lata e com uma mola dentro e uma chave de corda do lado de fora e você dá corda nele e grrr grrr grrr e ele vai itiando, tipo assim andando, Ó, meus irmãos. Mas ele itia numa linha reta e bate direto em coisas bang bang e não pode evitar o que está fazendo.
Ser jovem é como ser uma dessas máquinas malenks."
Alex.
É curioso como as cores do mundo real parecem muito mais reais quando vistas no cinema. (Alex)

Foi como se por momentos, meus irmãos, um pássaro imenso adejasse na leitaria e senti todos os meus cabelos porem-se em pé pelo corpo todo, e um formigueiro como se pequenas lagartixas o percorressem de alto a baixo. Porque eu conhecia aquele cântico; era um pedaço da gloriosa Nona do Ludwig Van. (Alex)

A virtude vem de nós mesmos. É uma escolha que só a nós pertence. Quando um homem perde a capacidade de escolher, deixa de ser homem. (padre)
- Não! Não! Parem por favor! Suplico-lhes! É um pecado! É um pecado!
- Pecado? O que é um pecado?!
- Servirem-se assim de Ludwig Van. Ele não fez mal a ninguém! Beethoven só escreveu música.
- Referes-te ao fundo musical?
- Sim.
- Já tinhas ouvido esta música antes?
- Sim!
- Gostas, então, de música?
- Sim!!! (...) não é justo! Não é justo sentir-me mal a ouvir o maravilhoso Ludwig Van.
(Alex/ médicos)


Algumas palavras do vocabulário:
itiar: ir, andar, acontecer
malenk: pequeno, pouco
tchelovek: sujeito
krovvy: sangue
starres: homem velho
sunkas: mulher
horrorshow: legal
moloko: leite
toltchoks: chutes, porradas
gúlliver: cabeça
sintemesc / dencrom = droga alucinógena
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Joubert 22/03/2013

Qual vai ser o programa hein?
Livros de distopia normalmente sugerem absurdos ou muita ficção. Não é o caso de Laranja Mecânica. Não achei nenhum sloochatmento do livro absurdo, não chega a ser cotidiano, mas são bem previsíveis de ocorrer, se não já ocorreram.

A raskazz contada pelo Malenky Alex, o protagonista. Alexinho é um adolescente de classe média, que por desvios morais torna-se um arruaceiro que sofre as consequências legais dos seus atos. A forma infantil e inocente que Alexinho conta sua jeezny, aliada a tentativa constante de nos fazer "seu drugue" acaba tendo sucesso comigo. Sim, eu fiquei com pena do Alexito e torci para ele!

Acho muito difícil quem hoje em dia não tenha videado ou não conheça bem a história por conta do sinny do Kubrick, tanto que li o livro sem bolshy surpresas (o filme é bem fiel), porém o que salva a falta de emoção é o capítulo final, que no sinny foi suprimido.
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criscat 04/04/2013

“Então, o que é que vai ser, hein?”
Comentários no blog: http://www.cafeinaliteraria.com.br/2013/04/04/laranja-mecanica/
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Lineker 10/04/2013

HORROSHOW
Pelas resenhas que eu li aqui não tou odinoki em terminar o livro falando as girias horroshow! Livro muito bom, entrou para os favoritos.
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Cris 23/04/2013

Um livro "horrorshow"
Ícone da cultura pop,"Laranja mecânica", de Anthony Burgess, influenciou gerações e é leitura obrigatória para aqueles que tentam entender a cultura da violência.
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Vida em Série 27/04/2013

Todo mundo é como um Laranja Mecânica.
A versão brasileira editora ALEPH e traduzida por Fábio Fernandes, possui uma imensa nota sobre a tradução brasileira que, acredite ou não, deve realmente ser lida, pois conta muito bem como o processo de tradução fora feito, afinal, não foi apenas traduzir do inglês para o português, eles também tiveram um trabalho bizarro ao traduzir o vocabulário nadsat. Se eu não tivesse lido as notas do prefácio, provavelmente teria ido consultar ao glossário do final do livro toda vez que Alex falasse algo bizarro, mas eles deixaram um aviso sobre qual era a intenção do autor ao escrever daquele jeito. E, sem dúvida nenhuma, o impacto que se tem com o contato com a linguagem é bem melhor quando se deixa por si só. Ou seja, aconselho, caso leia, que também deixe as gírias confundirem sua cabeça, não as consulte, aos poucos irá assimilando e experimente a sensação de estranhamento que os primeiros leitores tiveram.

Para os interessados na leitura, não nego, algumas partes são bastardes incômodas devido ao excesso de palavras desconhecidas, outras, também, estranhei pelo fato de que estão diferentes da visão do Cinema, além disso, Alex começa com 15 anos, sendo que, no filme, o ator que o interpretou já estava para lá de seus 20. Alguns estranhamos a parte, além de que, deve-se lembrar que Kubrick retirou o último capítulo do livro na adaptação.

(continua em http://pormaisuma.com/2013/04/laranja-mecanica-livro-de-anthony-burgess/)
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/QMD/ 21/05/2013

André não é ultraviolento.
Muita gente, quando quer se divertir junta os amigos, vai a festas, procria depois da balada, assiste um filminho ou come brigadeiro de panela. Alex e seus amigos, porém, cometem roubos, estupram mulheres, espancam mendigos ou praticam outros atos violentos. Porém, quando ele começa a tomar frente demais do grupo, seus companheiros o traem e ele acaba sendo entregue à polícia.

Para diminuir o tempo da sua estadia na prisão, DeLarge aceita participar de um novo tratamento psicológico, à base de filmes de violência e a Nona de Beethoven. Uma lavagem cerebral. A partir dele, Alex DeLarge fica enojado sempre que ouve música clássica, que era uma de suas paixões, ou pensa em cometer atos da chamada Ultraviolência, um dos neologismos usados no livro.

Anthony Burgess acaba de sair da lista de zés-ninguém no meu baço e ir para a listinha de maiores gênios da atualidade no meu coração. O cara conseguiu criar a distopia mais maravilhosa do mundo, com conceitos não utilizados, nada de filosofias baratas e até um novo idioma.

Alex DeLarge, nosso "vilão", acaba se tornando herói master após a lavagem cerebral, onde perde todo tipo de prazer e qualquer poder de decisão e livre arbítrio. O sistema impune e tirano quer acabar com o caos da sociedade sem medir qualquer consequência MESMO. Laranja Mecânica provoca discussões sobre a sociedade, sua forma de agir, o certo e o errado e várias outras várias questões, te dando base pra pensar, e não mastigando a opinião do autor pra você engolir.

Para narrar os diálogos dos adolescentes drogados de Moloko (um leite misturado a drogas alucinógenas), Burgess criou o Nadsat: um vocabulário que nasceu da mistura da língua russa com as gírias de tribos de jovens da classe operária da Inglaterra. O objetivo principal e amplamente divulgado é o de causar o estranhamento, a repulsa do leitor, mas um crítica está escondida aí.

Assim como o livro fala da lavagem cerebral em Alex, o autor quis provocar isto nos leitores: ao final do livro, mesmo sem perceber, eles estarão com "um mínimo vocabulário russo sem nenhum esforço, para sua surpresa". Fala que esse cara não merece que todo mundo sente com ele no recreio???

O vocabulário usado durante o livro, citado como no item "gostei", também aparece aqui neste espaço. Sinto que poderia ter lido bem mais rápido Laranja Mecânica, mas como, no início da leitura, as visitas ao glossário eram constantes, precisei de um tempinho a mais para criar um costume.

O glossário, por sinal, não está presente nem na versão original, gerando interpretações dúbias da parte dos leitores gringos, o que fez os tradutores do Brasil se dedicarem a compreender a escrita de Anthony para criar a listinha de neologismos da Nadsat e seus significados. (A propósito, isto não é um ponto negativo. Somente uma observação mesmo.)

RESENHA COMPLETA: http://www.quermedar.com/2013/05/nerd3.html
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