Resenhas - A filha primitiva

Vivislemos 27/05/2024

Um livro necessário
Sugerido pelo grupo de leitura do CLC da UFPel, trata-se de uma leitura necessária e ao mesmo tempo sincera e leal. É soco no estômago, uma sucessão de gatilhos, tal como a vida de qualquer mulher negra pobre deste país, sem nome, a mãe, a vó e a menina se misturam e se complementam.

DebsMonte 27/05/2024

Gostei
Gostei do livro, mas não amei. Achei muito interessante as mulheres do livro não terem nomes, somente os homens. A história é bem forte, sem rodeios, sem enfeites, mas sensível. Vale muito a leitura.

Douglas221 27/05/2024

Mãe, Avó, Filha
Quero explicar desde de cedo que eu entendo o motivo do ódio da mãe dela mas e algo anormal também.

Ela não tenta em momento nenhum amar tua mãe e tua filha, como pode odiar alguém que não dá motivos plausíveis para tanto ódio.

A única coisa que consigo dizer da personagem principal é que ela é psicopata.

"A pior coisa no mundo é quando um homem sente ódio de uma mulher."

O final do livro foi oque eu mais gostei.

Acho que vai de cada experiência as vidas são diferentes então o entendimento também

Fernanda3864 27/05/2024

É BOM MAS A PROTAGONISTA É PÉSSIMA
? a leitura desse livro é uma montanha russa de sentimentos. 

ele conta a história de mãe, filha e neta, mulheres pobres, pretas e sem identidade. isso fica claro logo de cara, uma vez que nenhuma delas tem nome.

a personagem principal é professora, estudante de letras, mãe sem nenhum desejo pela maternidade, filha de empregada e nunca soube quem era o pai. é essa a frustração que ela carrega durante a história, sempre perguntando e sua mãe sempre fugindo da resposta.

a Vanessa escreve de uma forma crua. não tem metáforas, não tem palavras bonitas, não tem máscaras pra realidade. é incômodo. eu me senti desconfortável quase a leitura inteira, como se não conseguisse relaxar no sofá enquanto lia.

ela também traz, com certa sutileza, o fato de que todas as mulheres se encontram nessas mulheres. os abusos, o abandono, a falta de oportunidades, a perda de identidade. as mulheres da história não possuem nomes, mas os homens sim. como se, de certa forma, isso representasse nossa sociedade. um ciclo sem fim de mulheres passando pelos mesmos problemas, enquanto os homens sabem quem são e vivem como querem.

dito isso, o livro só não se tornou um favorito porque não consegui gostar da personagem principal. achei ela infantil, egoísta e ingrata. ela maltrata a mãe e a filha durante toda a história simplesmente porque ela sofreu muito na vida, como se a culpa fosse delas.

e é curioso perceber que a personagem principal odeia e não confia nos homens, mas a única demonstração de carinho dela é para um homem. pode ser até que isso tenha sido proposital, a autora quis mostrar que existe incoerência entre o que se acredita e o que se sente, muitas vezes.

é um livro muito real e profundo, toca numa parte da gente que costumamos não gostar de confrontar e, apesar de não concordar com a protagonista, é possível sentir sua dor e entender sua busca. ele termina com um toque de esperança que, por fim, nos ajuda a respirar novamente.

anisania 26/05/2024

Foi a raiva que me tornou mãe.
Um livro pequeno, que você deveria ler em uma sentada só. Mas não dá. Você não consegue. O gosto amargo que fica ao fim de cada capítulo não te deixa virar as páginas sem parar. Você precisa de um respiro.

E não, não é um livro mal escrito. Nem é um livro triste. É só bem real. Bem cru. Com personagens raivosas, amorosas, ressentidas e sonhadoras. Cada uma tentando com toda força do mundo deixar um legado melhor pra filha.

É um soco no estômago. Daqueles bem dados. Que te deixam sem ar.


"Hoje não quis sentir ódio da minha mãe. Quis entender seus traumas do passado, justificar seus erros do presente. Mas como, se a vida dela é uma página em branco? E isso fazia de mim uma personagem incompleta, mal construída, sem porquês nem explicações."

matersuspiriorum 25/05/2024

Dói parir palavras. Dói mais ainda viver com elas dentro.
"Foi a raiva que me tornou mãe"

Muito impactante e cheio de verdades. "A Filha Primitiva" retrata sem pudor a realidade de muitas mulheres no Brasil.
Gostei de como a narrativa vai sendo construída com a presença dos flashbacks e a evolução do Ser mãe na vida da personagem. Escutei o audiobook e a experiência foi melhor ainda, porque eu conseguia sentir de forma mais evidente os sentimentos da protagonista. Literatura brasileira sendo subestimada como sempre.

Thalita12 22/05/2024

Parabéns.
Devorei cada página desse livro e amei, mesmo tendo muito sentimento conflituosos com essa leitura.
A narrado da história, eu odiei ela com tanta raiva que não tenho palavras para expressar o quando, ainda mais pelo modo como ela tratava a mãe uma mulher que deu o seu melhor e o quando ela foi manipuladora. Não vou dizer que entendo suas dores pq não entendo, e nem estou aqui para dizer que ela é uma péssima mãe pq não sou uma, eu espero muito que ela tenha encontrado q paz com a verdade ou consiga viver sem tanta raiva.

Kel.Andrade 22/05/2024

Traumas
Um livro maravilhosamente escrito, que despedaça o coração de que qualquer um que tenha uma alma.
Essa história aos olhos das poucas mulheres e homens, que nunca passaram por alguma situação na infância ou juventude, pode ser apenas "triste", pra mim é um relato da pura realidade das mulheres neste mundo, sempre vítimas de um instinto animalesco.
Um livro curto sobre maternidade, depressão, traumas e quebra de ciclo.

Lê Farias 22/05/2024

Esse eu fiquei interessada em ler depois de uma indicação do Rodrigo de Lorenzi e fiquei bem interessada em ler. Um livro curtinho, mas bastante denso, mostrando o lado real da maternidade e todos os perrengues que acompanham as mulheres em diferentes fases da vida.
O fato das personagens não ter nome é interessante, pois cada pessoa pode se identificar com as mulheres retratadas no livro ( a própria autora fala isso em um momento da narrativa).
Pra mim, que não quero ter filhos, foi uma agradável surpresa dar 5 estrelas justo para um livro sobre maternidade.

Robson68 21/05/2024

Igual a tantas outras
Quem lê a história da protagonista que sequer dá nome à própria filha. à própria mãe e a si mesma, passa a entender a crueza com que a autora procura dar as palavras ditas e escritas pela personagem principal.

Nesse livro curtinho e extremamente intenso, somos capazes de ler verdades tão duras e cruéis sobre a maternidade compulsória que nos é difícil crer que alguém pense assim. Mas, ao mesmo tempo, compreendemos que a mulher não é, e nem pode ser, o que a sociedade e a cultura determina e desja.

A sofrida e triste vida que as personagens desse curto livro trazem na pele e na história, nos faz compreender um aspecto fundamental: talvez elas não tenham nome porque representam, tristemente, uma parcela gigantesca das nossas mulheres brasileiras. As duras palavras e constatações, por vezes, me lembraram a escrita de Jarid Arraes, também cearense.

Bárbara 21/05/2024

Escutei a história Num audiobook, a narração impecável contribuiu para uma imersão ainda maior. visceral é a palavra que, para mim, define essa história ?.

Léslie 20/05/2024

Sensibilidade; Nudeza; Verdade.
“Naquele dia eu descobri que palavra rasga mais que faca no corpo.”

Eu não tenho nem palavras para descrever tamanha admiração por essa escrita, sem condições. Você devora esse livro sem nem perceber, quando se vê já leu a última palavra e respira fundo porque não é fácil... Quanta sensibilidade cabe em uma história? Quanta verdade? Quanta dor?

É uma obra de muito sentimento, falar dessa forma tão crua sobre a maternidade e tudo que envolve esse ato não é pra qualquer um e Vanessa cuspiu cada palavra como um espinho na coluna nos cutucando. É real. Vale muito a pena.

Kimonne 19/05/2024

Bom de ler
Me interessei por ser premiado e fui folhear o livro, acabei lendo o livro em um dia de tão fluído que ele é, uma leitura muito boa. O livro é bastante triste, principalmente a história da mãe dela, ao mesmo tempo bonito e emocionante. É bem rapido também já que tem menos de 100 páginas.

jjjjjulias2 19/05/2024

Gosto muito de livros que falam de maternidade nua e crua dessa forma. Mas esse foi um soco no estômago, uma história que infelizmente se repete e vai se repetir por muito tempo em nossa sociedade, doloroso demais.

Leticia640 17/05/2024

A história dói, pega em feridas que você não imaginava. Retrata a realidade da maternidade para muitas pessoas.

Impecável, recomendo muito!! Só gostaria que tivesse mais páginas?