Indie.Ingrid 16/09/2022
Sou uma palhaça
Esperava: cartas da Sofia para a Nina
Recebi: cartas tendenciosas abrindo capítulos mornos em que nada do que era sugerido de fato acontecia.
E foi assim que Carina levou a história, a farofa completa de tudo o que rolou na série, diálogos necessários inexistentes, surtos, conclusões precipitadas, e personagens mais burros do que uma porta.
A Marina, se eu a amava quando bebê, agora já não a suporto, seu romance é morno, chato e previsível, sua personalidade, parecida demais com a mãe é baseada em: quebrar narizes. O que seria interessante, se não fosse algo vendido a exaustão. A cada 5 frases dita pelos personagens para descrever ou se direcionar a Marina é só para citar sua habilidade. Nem é preciso falar muito sobre o Lucas, opa, Samuel. Ele literalmente é a cópia do Lucas e isso não é um elogio.
Pouco posso falar do Ian e da Sofia, apenas que ela está mais louca do que nunca, não temos a narração, mas o drama contido nas cartas, pai amado, quem aguenta? E o Ian? Coitado, se tornou um capacho na mão da Sofia e é isso. 22 anos de casados e eles ainda não conseguiram chegar a um senso que os assombrou em várias situações: a falta de diálogo mela tudo.
O que salva nesse camalhaço é a Analu e o Alexander. Chegava a dar um quentinho quando os dois se juntavam, e nunca torci tanto para um casal dessa saga quanto torci para eles. Eles tem tudo, química, bons diálogos e poréns válidos. Digo com alegria, que poderia acompanhá-los num livro só deles, Infelizmente, tem toda a tralha atrelada.
O livro de mais de 600 páginas e 4896 tramas pouco fez para me ajudar a compreender a lógica utilizada pela autora pra justificar tanto absurdo e, principalmente, as viagens no tempo. Juro, eu tive um síncope só de tentar acompanhar a coisa toda e olha que sou uma entusiasta do tema.
Enfim, se o livro tivesse 200 páginas e apresentasse a história da Ana e do Alexander, teria sido 5/5. Infelizmente, a Carina adora mexer numa história que pouco tem a oferecer visto que é necessário reciclar os mesmos problemas para dar andamento.
Felizmente, é o último livro disso aqui e, finalmente, poderemos dar adeus a Sofia, e pêsames ao Ian, que já não tem personalidade, quem dirá paz de espírito.