brunadlm 18/07/2023
Seguramente, este foi o livro que mais me fez gostar de livros. Pois é, embora ?livros? não seja o assunto principal, Lewis fez uso de várias fontes literárias para estruturar aquilo que denominou sua autobiografia, além de sua percepção em relação ao estado que acompanha o título. O motivo? Genialidade e, da minha parte, spoiler, que você precisa ler para entender.
No que tange o gênero textual, vale ressaltar que o escritor não executou corretamente todos os itens que caracterizam uma autobiografia, pelo contrário, o foco de sua escrita está em um tema específico: como deixou de ser ateu. Muitos talvez estranhem a especificidade do livro. No entanto, a meu ver, há grande sentido no fato de contarmos sobre nossa existência a partir de quando conhecemos o real sentido dela, adornando, com nossos dias, ou páginas, aquilo que de mais importante existe. Ademais, para finalizar sem mais divagações, vale ressaltar que, se você busca informações gerais sobre a trajetória de Lewis, como quando foi para a guerra, ou de onde tirou inspiração para fazer As crônicas de Nárnia, recomendo que leia outra coisa. Surpreendido pela alegria, carrega uma percepção diferente, mas, ainda assim, muito bela. Uma exibição de como as raizes profundas ligadas à descrença surgiram em um menino, como também a desconstrução dos pensamentos, exemplos e filosofias de um homem.
"Os campos, as águas, os céus, em acordo isento
Pareciam, sim, me sorrir e favorecer meu intento."