Vanderlete 14/03/2022
Incrível!!
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"Mas, para encerrar, e a Alegria? Pois foi principalmente em tomo dela, afinal, que o relato se desenvolveu. Para dizer a verdade, o assunto para mim perdeu quase todo o interesse depois que me tornei cristão. Na verdade, não posso reclamar, como Wordsworth, que o brilho visionário tenha morrido. Creio (se é que a coisa de fato merece registro) que a velha punhalada, o velho sentimento de doce amargor, atinge-me desde minha conversão com tanta frequência e agudez quanto em qualquer outro momento de minha vida. Contudo, hoje sei que a experiência, considerada um estado de minha mente, nunca teve a importância que cheguei a dar-lhe. Foi valiosa somente como indicador de algo distinto e exterior.Enquanto essa coisa distinta era posta em dúvida, o indicador naturalmente ocupava grande espaço em meus pensamentos. Quando estamos perdidos na mata, a visão de um marco tem grande importância. Quem o vê primeiro, grita! "Olhem lá!". Todo o grupo se reúne e tenta enxergar. Mas, depois de encontrar a estrada, passando pelos marcos a cada poucos quilômetros, não mais paramos para olhar. Eles nos encorajam, e devemos mostrar-nos gratos pela autoridade que os erigiu. Mas não paramos para olhar, ou pelos menos não lhes damos importância excessiva; não nesta estrada, embora os marcos sejam de prata e as inscrições, de ouro. "Seguimos para Jerusalém."
Não que eu, é claro, não me surpreenda muitas vezes parando à margem da estrada para olhar objetos de importância ainda menor.
Nesse livro C.S.Lewis nos conta a história da sua conversão ao cristianismo. Lewis fala sobre sua infância, adolescência juventude e sua face adulta, nos conta seus altos e baixos em relação às suas crenças e a tão grande revelação do cristianismo em sua vida. Uma verdadeira jornada de um filho pródigo voltando ao lar. Senti como se estivesse sentada ao seu lado, tomando uma boa xícara de café, enquanto ouvia suas histórias. Um livro excepcional!!!