Resenhas - Corpo público

May 13/11/2022

Meu corpo, minhas regras
O hq e sobre Morgan e sua jornada para se uma mulher independente que quer fugir dos padrões, que a sociedade tentar colocar sobre o seu corpo e a maternidade, tornando-se algo traumático para ela.

Mari 12/05/2022

A vida da mulher sempre é território público
Eu comecei essa HQ sem muita expectativa, porque achava que talvez não fosse gostar muito e que bom que fui de peito aberto, pois gostei bastante da história.
O título é auto-explicativo. A história faz uma reflexão sobre como todas as pessoas se sentem no direito de opinar nas decisões de foro íntimo de uma mulher, achando que seus corpos, suas vidas e escolhas são públicas. As autoras ainda inserem uma pequena crítica, pois, inacreditavelmente, muitas vezes são mulheres dando palpites desnecessários na vida de outras mulheres.
Uma temática assim pode facilmente adquirir um tom raivoso, o que não acontece nesse quadrinho. Ele é direto, mas não ofensivo (a menos que você seja um grande machista).
Eu achei que a paleta fria utilizada em toda a história pode acabar afastando um pouco o leitor, pelo menos foi a isso que atribuí minha pouca conexão com a protagonista. O excesso de tons azuis é um pouco cansativo, mas cada ponto de cor quente pincelado entre as páginas faz reviver cada quadro.

Ster 02/01/2022

- Você pode fazer o que quiser. Você é "livre"...

"Comporte-se.
Prepare-se.
Aproveite.
Você é igual a todos os mamíferos.
Esqueça-se de si mesma..."

Reis 07/01/2022

Muito bom
O corpo das mulheres ? com seus ciclos, mistérios e poder ? sempre foi alvo de medo, proibições, punições, controle. Para domá-lo e subestimá-lo, foi tornado um CORPO PÚBLICO, sobre o qual todos têm algo a dizer. Mas alguém escuta de verdade o que cada um desses corpos fala?

A HQ nos mostra como a protagonista Morgan percebe que o corpo dela, desde sempre, é um corpo público, sempre alvo de críticas e sugestões, em diversas situações que ela sequer perguntou a opinião de alguém.

Morgan sempre teve dúvidas sobre ser mãe e sobre gravidez, assunto que muitas vezes a deixava em pânico só de pensar nisso. A pressão de parceiros e de sua família nunca ajudou muito. Agora com uma carreira em ascenção no teatro e um relacionamento estável, seria uma boa hora para engravidar?

Engravide! Não engravide, vai te engordar! Depile-se! Tome pílula anticoncepcional! Você está magra demais, está doente? Engordou né? São frases típicas que toda mulher já ouviu na vida. Não somos criadas para sermos donas dos nossos próprios corpos. As autoras Mathilde Ramadier e Camille Ulrich nos mostram magistralmente 2nessas páginas provocantes e cheias de críticas. O uso das cores fortes nas cenas mais dramáticas dão um charme especial à obra. Muitas cenas nos deixam desconfortáveis para termos mais empatia com a personagem e para entender o quão absurdas são algumas situações.

Com uma proposta incrível, recomendo a todos que gostam do assunto de empoderamento feminino e aceitação do corpo. Apesar de focar mais em gravidez e não aprofundar muito os personagens, consegue nos passar a mensagem principal de forma simples e arrebatadora.

Leticia.Machado 09/01/2022

Do machismo diário a violências diárias contra a mulher
Ao acompanhar a historia de Morgan, nos deparamos com medos, incertezas, aflições, problemas e desafios bastante comuns a nós mulheres, desde comentários inapropriados até a certeza dos outros sobre nosso corpo e as violências que tais situações levam.
Em alguns momentos a ilustração é bastante explicita, nada que estrague a leitura, mas talvez "assuste" os desavisados como eu.
Acho que o que fica dessa experiência literária marcante, é que não estamos sozinhas. Sejam as mais independentes ou as mais tradicionais, todas nós mulheres sofremos ou sofreremos algum tipo de violência apenas por sermos mulheres, teremos os mais diversos palpites e "conselhos" não solicitados sobre nossas vidas, nossos hábitos, nossos corpos, nossos filhos, nossos empregos e relacionamentos tudo questionado desde muito cedo, seja porque nos consideram incapaz, frágeis ou instáveis.

Dressa 18/01/2022

Você é "livre"... Mas...?
Para ser sincera, eu não esperava me impressionar tanto com uma hq. As Ilustrações são simplesmente geniais e retrata assuntos da atualidade de forma muito inteligente. No começo, achei que seria apenas um livro para passar o tempo, mas ao me deparar com referências à mitologia grega, abordagem da maternidade e romantização, percebi que o livro tinha muito potencial para entregar muito. Os diálogos são simples, mas retrata o cotidiano de muitas mulheres que são caladas ou oprimidas em casa, no trabalho e na rua, por isso que o título "Corpo Público" combina tão bem com a estória. O corpo nunca pertence a mulher, mas ao pai, marido, namorado, ao filho e nunca a ela mesma. Em todas as fases da vida, alguém se sente no direito de julgar e opinar em suas escolhas e corpo, como na parte em que a protagonista é criticada por usar vestido curto na maternidade. A sociedade molda um papel que a mulher deve seguir, em ordem cronológica e certinha, quase como uma boneca sendo preparada para os caprichos de outros pessoa e, quando a mesma decide quebrar esse padrão, é fadada a enfrentar um caminho de pedras e críticas sobre si, sua vida e estilo de ser. O final me deixou feliz e satisfeita.

Obs:. O que foi aquele cena de parto? A retratação foi 10/10. Simplesmente amei a ilustração, as cores, os personagens.

@jaquepoesia 26/01/2022

Meu corpo não é público!
• Corpo público
• Mathilde Ramadier e Camille Ulrich
• Editora Leya

Eis aqui uma HQ sobre algo que com
certeza incomoda se não todas a maioria das mulheres, as opiniões e palpites sobre nosso corpo.

Neste trabalho o leitor(a) conhecerá Morgan, uma mulher que desde criança viu as decisões sobre seu corpo sendo tomada por outras pessoas, como por exemplo sua mãe, seu ginecologista e mais tarde seus parceiros.
Com o passar do tempo só aumenta o número de palpites e opiniões das pessoas a sua volta sobre as decisões que envolvem seu corpo, sendo a mais recorrente sobre maternidade.
Morgan é atriz e vive também uma pressão quanto a sua aparência (um pouco mais do que já sofre pelo simples fato de ser mulher), e teme que uma gravidez abale sua vida profissional.
Diante de uma sociedade que dita diversas normas sobre como deve ser o corpo de uma mulher, Morgan precisa ainda lidar com todos os comentários desnecessários dos familiares e pessoas próximas e suas próprias queixas sobre as mudanças em seu corpo. Aqui vemos o quanto esse "controle" que tentam ter sobre o corpo da mulher é prejudicial para o nosso psicológico e interfe consciente ou inconscientemente sobre como vemos a nós mesmas.

💬 Mesmo tendo sido criado vários tabus sobre o corpo das mulheres desde que o mundo é mundo, e com isso diversas proibições e punições, ainda sim de uma forma ou de outra nunca deixamos de lutar contra esse controle. Essa tentativa de tentarem nos dizer como deveríamos ser e como deveríamos agir quanto ao nosso corpo, ganha cada vez mais força quando você ou qualquer outra pessoa faz comentários do tipo "Não engravide, você vai engordar!" ou "Engravide antes dos 30!" entre tantos outros comentários/opiniões não solicitas sobre algo tão íntimo.

Recentemente ocorreu uma situação com uma das minhas youtubers favoritas. Embora seu canal nada tenha haver com beleza e moda a mesma recebeu diversos comentários maldosos quando engravidou. Seus espectadores(as) julgaram sua aparência como sendo desleixada e "aconselhavam" que ela se cuidasse mais e que fizesse isso ou aquilo para reparar as mudanças em seu corpo ocasionadas pela gestão.
Foi notório o quanto estes comentários a abalou (ainda mais por ela ela estar vivendo a gestão quando ocorreram), mas achei seu pronunciamento sobre o que ocorreu muito necessário "Meu corpo não é público, o corpo de nenhuma mulher grávida ou não é público! "

caarolparker 27/01/2022

Corpo da mulher
Nessa história em quadrinhos há 3 tipos de corpos retratados, a mulher jovem - objeto sexual; a mulher grávida - objeto público, e a mulher mãe - objeto secundário.
Neste, o bebê é o foco, e o bem estar da mãe é esquecido.

HQ que levanta discussões.

Mary Calore 30/01/2022

A experiência de ler a história dessa HQ é excelente. Uma experiência leve, por mais que as ilustrações não sejam.
A cena do parto em específico reflete uma das experiências/vivências mais poderosas para as mulheres que por ela passam, e por mais simbólico que seja a presença na HQ talvez traga um desconforto para os mais sensíveis.

Marcos Han 04/02/2022

Resenha
Resenha do livro lido para contagem da leitura no
desafio de leitura anual do aplicativo skoob do ano
2022.

CInt_lo 16/02/2022

Um livro com uma ilustração incrível,cores que suavizam nas páginas e deixam a obra mais linda ainda.
O livro aborda o corpo feminino q sempre foi alvo de grandes críticas, opiniões alheias, cerceamentos, proibições, restrições etc

isasousa 23/02/2022

Achei uma leitura muito boa super leve e bem didática,senti q foi bem complexo como abordam o tema da incessante tomada de decisões feita pelas outras pessoas na vida da Morgan a gravidez e essa constante cobrança com pessoas que tem útero para ?utiliza-lo?,achei as ilustrações muito criativas e a facilidade que elas tem em passar emoções é esplêndido,fico feliz que no final a Morgan se sente completa e realizada.

_thegreatsimpsina 02/04/2022

Uma história com uma temática importante retratada de forma leve e bonita. Nessa hq vemos a pressao sofrida pelas mulheres em todas as fases da vida no que diz respeito ao seu proprio corpo, levantando varios questionamentos em uma leitura super rapida e gostosinha de acompanhar.

Aila - @livrosue 08/04/2022

Bom
Então, estou com a sensação de que fui com muita sede ao pote e não me surpreendeuz e nem superou minhas expectativas.

Mas no geral é bom, faz uma certa crítica à todo mundo querer mandar no corpo de uma mulher, fala sobre essa visão errada que na gravidez só a mulher pode fazer as coisas enquanto o homem vive sua vida normalmente.
Achei que podia ter mais assuntos, mas gostei no geral.

Vaisussu 09/04/2022

Ótima ilustração e história ok
Achei certos retratos caricatos até demais, mesmo entendendo que isso faz parte de uma história ilustrada, achei um pouco forçado no início.
Os capítulos da gravidez me soaram muito reais, mas os primeiros me fizeram revirar os olhos em alguns momentos