Coelho maldito

Coelho maldito Bora Chung
Bora Chung




Resenhas - Cursed Bunny (English Edition)


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Jenni 23/01/2024

Contos Intrigantes: Do Terror à Melancolia
Gostei de todos os contos, embora tenha tido preferências entre eles; cada um é cativante à sua maneira.
O conjunto abrange elementos de terror, assombrações, ficção científica, histórias de vida e folclore.
Destaco "Reencontro" pela intensidade emocional, esse quote me destruiu: "? Se eu pudesse desejar algo.
Gostaria de pedir um pouco de felicidade.
Porque se eu for feliz demais.
Sentirei falta da tristeza".
"Dedos Gélidos" pelo suspense envolvente antes de sua revelação, eu já estava assustada com a escuridão total e a voz estranha antes de entender o que estava acontecendo.
"A Cabeça" merece menção especial pela sua bizarrice fascinante. Quanto ao conto titular, "Coelho Maldito", sua exploração da maldição é intrigante, embora não se destaque como o melhor. A escrita da autora difere notavelmente de alguns autores coreanos que já conheço, proporcionando uma experiência envolvente e muitas histórias macabras.
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Dudu Menezes 14/03/2024

Muito bom!
"Estejamos vivos ou mortos, não passamos, na verdade, de fantasmas do passado"

Já pensou se, logo depois de você usar o banheiro e dar a descarga, uma cabeça saísse da privada e te chamasse de mãe? E conhecer o mundo apenas através da dor, preso em uma caverna, subjugado por uma "coisa", que se alimenta da sua energia, desde criança?

Só nestas duas situações, referentes aos contos "A cabeça" e "Cicatriz", já temos elementos que remetem à literatura absurdista, nos moldes de Samuel Beckett, e à uma "recriação" do Mito da Caverna, de Platão, ao meu ver. E é esse tipo de livro que me faz não querer parar de ler até chegar ao final.

A narrativa passa por diversas referências, fazendo da literatura objeto de transcendência deste mundo, mas, também, de subversão, sobretudo pela sua proposta, que é de fazer com que os leitores sejam intimados a encarar os absurdos, nada ficcionais, da naturalização dos abusos impostos às mulheres, como os diferentes tipos de violência aos quais elas são submetidas. E isso nos obriga, por meio da arte, a rever valores e padrões de comportamento!

É, sem dúvidas, a maior surpresa literária que estou tendo, neste ano de 2024. Mérito de Bora Chung, que é daquelas autoras capazes de agradar diferentes tipos de leitores. Quer saber como? Você pode, ou não, gostar de terror, ficção científica ou fantasia, mas não vai conseguir ignorar as reflexões sociais, éticas e políticas, aqui suscitadas, justamente pela forma como elas estão inseridas no texto.

O conto que dá título ao livro - Coelho Maldito - nos fala sobre a ambição e suas consequências, tanto para a vida pessoal quanto profissional, mas outros contos também abordam esta temática - é algo recorrente, só que aparece sempre de forma diferente. E, talvez, aí esteja o segredo desta autora! Ela fala sobre o mesmo tema de forma diversa e sempre instigante, nos deixando curiosos pelo que está por vir e prendendo a nossa atenção a cada página.

Confesso que teve um conto que não me agradou tanto, porque começou num ritmo diferente dos demais, mas o final me surpreendeu. São 10 contos, ao todo. Eu achei 9 deles excelentes. Acho que não preciso dizer mais nada.

#coelhomaldito #borachung
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Mariana Dal Chico 18/04/2024

“Coelho Maldito”, livro de contos da sul coreana Bora Chung, foi finalista do prêmio Internatinal Book Prize em 2022.

À princípio, ele não me chamou muita atenção pela sinopse: (os contos)“transitam entre realismo mágico, folclore, horror, ficção científica e fantasia”.
O gênero de ficção científica é o que menos me agrada, por isso pego para ler apenas quando estou com muita curiosidade. O que acabou acontecendo depois que recebi o livro de cortesia da editora @alfaguara e ao folhear e ler alguns trechos, resolvi dar uma chance.

A tradução é de Hyo Jeong Sung com ilustração da capa por Ing Lee.

O conto que abre a coletânea e dá título ao livro, tem um misto de folclore, maldições e fantasia que logo me chamou atenção. A escrita da autora é daquelas mais simples (bem diferente de simplista), econômica, em que apenas o essencial para compreensão está ali e nada sobra. Algo tecnicamente muito difícil de se conseguir e ela fez isso com maestria.

“Menorreia” é um dos meus preferidos, tem um toque de absurdo, mas em suas entrelinhas é uma crítica pesada sobre maternidade, o papel da mulher na sociedade e o fardo que ela precisa carregar sem ao menos perceber que aquilo está ali apenas por convenções sociais.

E meu terceiro favorito é “A armadilha”, com realismo fantástico a autora explora o pior do ser humano quando incitado pela ganância cega e o clima de tensão perdura do começo ao fim.

Outros contos que gostei muito:
“A cabeça” é creepy e escatológico, mas por trás da aparente simplicidade de enredo, tem críticas sobre o padrão de beleza feminino.
“Cicatriz” violento com um final surpreendente, me lembrou vagamente de “Aqueles que abandonam Omelas” de Ursula K Le Guin.
“Reencontro” melancólico e tocante.

“Dedos gélidos”, “Lar doce lar”, “O senhor do vento e da areia” (toque de conto de fadas, destoa dos demais), foram leituras boas, mas previsíveis.

No geral foi uma coletânea que gostei da maioria dos contos, amei alguns e apenas um não me agradou “Adeus, meu amor”.

site: https://www.instagram.com/p/C56LBsgL3SY/
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nicolehuberr 25/02/2024

Leitura Diferente
Fiquei muito curiosa para ler a obra, mas a animação se perdeu logo no primeiro conto, que dá nome ao livro. Esperava mais da escrita (talvez seja uma questão da tradução), achei que o conto não deixa quase nenhum espaço de interpretação para o leitor, confiando pouco na capacidade de interpretação e leitura das entrelinhas. Mas essa impressão mudou conforme fui lendo. Algumas histórias são mais bizarras e outras mais tristes. Destaco as que mais me chamaram a atenção: Dedos gélidos, Lar doce lar e Reencontro.
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Aninha2044 25/09/2023

Que tanto de 3 estrelas é esse, por isso eu tô de ressaca...
Não sei avaliar livro de contos do mesmo jeito que não sei avaliar quadrinhos, então vou ignorar meu sistema pra falar simplesmente o que me levou a essa nota:
1. Os contos não tinham uma coerência entre si. E é por isso que eu digo que não sei avaliar contos, porque pode ser que isso seja muito normal, mas eu senti que os dois primeiros contos, por exemplo, tinham muita vibe de Junji Ito, sabe? Tipo, meio grotesco, sem sentindo, perturbador. Aí o terceiro já parecia uma fábula com lição de moral, oitro parecia uma lenda urbana do Gugu. Então, foi isso, acho que os contos faltaram sinergia.
2. A escrita em alguns contos estava muito arrastada, acho que principalmente esses com lição de moral.
E foi basicamente isso que eu tinha a criticar. Quanto as histórias eu devo ter gostado de metade? Então é isso. 3 estrelas.
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iammoremylrds 15/04/2024

Uma coletânea de contos de terror surpreendente, praticamente todos com um final inesperado, em sua maioria, sendo bizarros e muito melancólicos, contendo uma linguagem bem simples e direta, sendo assim, um ótimo livro pra tirar da ressaca
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Lore 04/03/2024

Fascinada
Adorei os contos, mas em especial Coelho maldito, A cabeça, Adeus, meu amor, O senhor do vento e areia e Reencontro, este último sendo o meu favorito, quero muito ler mais obras da autora.
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@rafadeodato_ 18/03/2024

Contos
Dizer que esse livro é um cura ressaca, não abrange o tudo que ele realmente nos passa. De maldições, princesas, robôs e fantasmas, cada conto vai falar sobre um aspecto da vida, e você vai decidir como absorver essa perspectiva. Sinto que acabei de sair da terapia que me ajudou a superar um trauma.
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Carlos Eduardo 05/05/2024

Achei nada demais. Como todo livro de contos, tem uns fodas e outros nada a haver. Mas dos 11 contos apresentados, 5 eu gostei bastante, 2 são uma verdadeira bomba e os outros são medianos.
Obs: a maioria dos contos tem uma crítica social abordada, corrupção, egoísmo, ganância, maternidade, tecnologia, entre outros. Isso fez com que alguns sejam bem interessantes.
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Val 01/04/2024

O Coelho Maldito e outras maldições.
Numa linguagem simples e direta a sul-coreana Bora Chung desperta nossa atenção, em sua obra Coelho Maldito, para exatamente a importância das palavras simples e diretas proferidas por pessoas em seus comentários. Uma experiência que todos os leitores já devem ter passado na vida, quando explanações ou palavras suas são ignoradas pelas pessoas que mal educadamente fingem que prestaram atenção.
Na realidade o livro traz uma coletânea de contos desta prestigiada escritora oriental sendo esta sua primeira obra publicada fora da Coreia. Coelho Maldito é o título do surpreendente conto de abertura que nos leva a uma fascinante historieta fantasiosa e sarcástica sobre maldição e vingança.
Cabeça, o premiado* segundo conto, é suspense escatológico. O grotesco e o improvável tornam-se ansiosamente envolventes e ressurge a vingança, alertando-nos para a mansidão e a falsidade. O seguinte, Dedos Gélidos, traz a escuridão permeando as narrativas de falsidade e mentira. Menorreia é literalmente uma descarga de improbabilidades, deixando-nos incrédulos. E expõe um alerta importante sobre as narrativas impositivas e tóxicas, principalmente as empregadas pelos poderosos.
Em Adeus, Meu Amor temos um forte alerta sobre a IA (Inteligência Artificial) superando a nossa inteligência normal, sentimental e humana. Já em Armadilha o alerta é sobre a ganância incomensurável e trágica. O abuso e exploração da ingenuidade e da fragilidade humana é o tema do fantástico conto Cicatriz, corroborado pela perda da infância e do sentido da vida.
Lar, Doce Lar é o conto que demonstra o perigo de um anticapitalista que não trabalha e vive do suor e do sacrifício da mulher que, sozinha, adota uma criança inexistente. A seguir, O Senhor do Vento e da Areia desfaz uma maldição e em Reencontro encontra-se permissão para continuar vivendo.
Ao tempo de sua insolência literária, Chung coloca alta dose de simbologia e metáforas em seus textos, deixando fortes recados subliminares aos leitores. Coelho Maldito é uma obra literariamente corajosa e irreverentemente diferenciada e digna representante da cultura popular das gerações contemporâneas. Provavelmente em função disso tornou-se uma das finalistas do International Booker Prize em 2022.

Valdemir Martins
01.04.2024
*Prêmio Yonsei de Literatura de 1998.


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
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Laura Coelho 07/03/2024

Você não está preparado para ler “Coelho Maldito”
Uma luminária de coelho que levou uma família à ruína.

Uma cabeça crescendo dentro do vaso sanitário.

Uma gestante precisa encontrar um pai para o filho o mais rápido possível.

Essas são apenas algumas das premissas dos contos da coletânea Coelho Maldito da autora sul-coreana, Bora Chung. Esse livro foi um dos finalista do International Booker Prize, os contos narram histórias bem bizarras sob a ótica do terror e realismo mágico (com bastante gore).

Os contos retratam muito aspectos do capitalismo, patriarcado e o papel da mulher na sociedade. E eu gostei MUITO dos 5 primeiros contos, estava vidrada neles e até agora quando penso neles fico maluca! Agora… a história dos 5 últimos eu achei um pouco confusa, não que sejam ruins, mas eu gostei muito mais das outras. Ahhh e a minha favorita foi a da cabeça.

Se você tá afim de um livro para fugir do comum e que te deixe chocado, pensando “meu deus, como essa autora tirou isso da cabeça?” Coelho Maldito é o livro perfeito para você!
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Natália 11/11/2022

bizarramente fascinante.
eu não sou muito de contos, mas esse livro da sul coreana Bora Chung me ganhou demais, são contos de horror, ficção científica e uma pitada de fantasia (só uma pitada mesmo). e coisas estranhas; muito estranha. chegando a ser incomodo em alguns contos.

como esperado em uma coleção de histórias, acabei gostando mais de algumas do que de outras, acho que pro fim acabou perdendo um pouco a força e os contos não estavam mais tão interessantes, mas ainda sim é um livro que vale muito a pena conferir se você gosta desse estilo de livro.
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DéboraMP 14/03/2024

Coelho maldito
Depois da minha última leitura (um calhamaço) precisava de uma leitura mais rápida. São dez contos nesse livro e eu gostei de todos eles. São contos fantásticos que não tem exatamente um sentindo, mas te fazem pensar sobre algumas coisas.

De longe o conto "A cabeça" foi o mais bizarro. "Coelho maldito, "Dedos gélidos ", "Menorreia", "Adeus amor", "A armadilha" e "Cicatriz" são muito bons.

Os contos que menos gostei - mas que de forma alguma são ruins - foram: "Lar doce lar", "O senhor do vento e da areia" e "Reencontro".

Esse livro foi viciante. Não conseguia parar de ler. Além de ser curtinho, a autora escreve de forma simples e fluída, consegui visualizar bem os cenários e personagens dos contos. Amei a capa!

Não foi um livro perfeito, pois os contos "Lar doce lar" e "O senhor do vento e da areia" não me agradaram tanto quanto os demais.

Recomendo muito esse livro para quem gosta de histórias bizarras, que não fazem muito sentido, mas que ainda assim dizem alguma coisa nas entrelinhas. Recomendo também para aqueles leitores que desejam uma leitura mais rápida e dinâmica.
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AriAri0 18/03/2024

Estou encantado!
Este livro é verdadeiramente poderoso, a confiança da escritora em sua narrativa é incrível!!!
Fui completamente absorvido pela história do início ao fim, minha única vontade era de continuar lendo! Estou ansioso para descobrir mais obras dela!
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Lili 18/04/2024

Tinha expectativas altíssimas, muito bem atendidas em alguns contos, outros não (normal para livros de contos)
“Tudo que é usado em uma maldição deve ser bonito.” Esta é a frase que abre o conto homônimo ao livro da coreana Bora Chung, porém a maldição, nessa história transmitida a uma família por meio de um belíssimo abajur de coelho, não se restringe apenas a ela, em todas as narrativas há algo maldito que não necessariamente é sobrenatural ou fantástico, ainda que essa natureza permeie sim, quase sua totalidade, a grande maldição é estar no mundo e estar sujeito a sua brutalidade, uma maldição transmitida a cada toque no papel, em cada virada de página, dessa belíssima edição.

As palavras amaldiçoadas da autora correm facilmente apesar da estranheza de algumas histórias. O absurdo em “A Cabeça” onde uma criatura formada a partir de dejetos de uma mulher passar a atormentá-la aparecendo em vasos e em “Menorreia” onde uma mulher após usar anticoncepcional por um período além do recomendado engravida sem ter relações sexuais e é alertada pela médica a procurar um marido para que o bebê se forme bem, me soaram alegorias extremas para falar sobre como os problemas femininos são encarados pela sociedade com desdém por mais graves que sejam.

Em “Dedos gélidos” a estranheza está na confusão na qual está imersa a personagem que sofreu supostamente um acidente que contribui para a sensação de desconforto do início ao fim. “A Armadilha”, “Cicatriz” e o “Senhor do tempo e da areia” me trouxeram de volta para os contos de fadas sombrios como eles são, trazendo elementos mágicos interessantíssimos, mas me decepcionando em aspectos similares às histórias antigas. Em “A armadilha” que caminhava para ser umas das minhas histórias preferidas senti ter perdido a atmosfera de tensão por correr um pouco mais no fim, em “Cicatriz” acho que um recurso similar a dedos gélidos poderia ter me mantido mais conectada, enquanto “O Senhor do tempo e da areia foi uma história que de fato não gostei, a única, no livro todo.

Mas foi em “Coelho Maldito”, “Lar, doce lar”, “Reencontro e “Adeus, meu amor” que encontrei minhas histórias preferidas. Enquanto “Coelho Maldito” e “Lar, Doce Lar” foram histórias governadas pela apreensão e despertaram uma voracidade na leitura como se amaldiçoada pelo coelho; “Adeus, meu amor” e “Reencontro” foram governados por uma melancolia encantadora que me fez caminhar lentamente pelos textos. E ainda que “Lar, doce lar” e “Adeus, meu amor” não sejam tão singulares nas escolhas dos elementos, como grande parte dos contos da Bora Chung, conseguiram conquistar um lugar em mim, afinal não sou conquistada pela surpresa, mas pela energia que um texto é governado e na sua capacidade de me governar.



site: https://www.instagram.com/leiamulheresvivas/
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