Luiza Helena (@balaiodebabados) 09/01/2023Originalmente postada em www.instagram.com/balaiodebabadosSeis anos depois do lançamento de É Assim Que Acaba, por pura e espontânea pressão dos leitores do tiktok, CoHo lança É Assim Que Começa.
Com a narração alternando entre Atlas e Lily, o livro se passa bem depois do final do seu antecessor. Vamos ver Lily tentando conciliar sua vida e a presente participação de Ryle nela, por conta da filha que eles possuem. E com a volta de Atlas na sua vida, a situação só tende a piorar.
Sim, eu já comecei a leitura sabendo que esse livro seria um baita fanservice. Eu faço parte dos fãs que nem queria que esse livro existisse, já que o legal de É Assim Que Acaba é ser a história de uma mulher tentando quebrar um ciclo abusivo em sua vida. Mas parece que as pessoas querem a mulher com um final feliz sem um macho a tira-colo.
Acho que a Colleen exagerou demais no fator "mocinho escrito por mulher". Atlas beira a perfeição em tudo que faz e propõe que acabou se tornando, pra mim, um personagem sem sal e sem personalidade.
Já o que diz em relação a Lily, eu senti que a CoHo tentou dar uma justificativa de ter finalizado o outro livro do jeito que foi, mas ainda assim deixou a desejar. Eu sei que É Assim Que Acaba foi baseado na sua experiência de vida, mas vendo o que a Lily ainda passa aqui por conta do ex-marido abusivo, é como se a personagem ainda não tivesse conseguido se livrar desse relacionamento. Até o ponto da resolução disso tudo é como se a CoHo tivesse medo de realmente dar ao personagem o que ele merece.
Há a entrada de uma nova pessoa na vida de Atlas, que até salvou um pouco a leitura mas queria que tivesse mais desenvolvimento. Porém, não duvido se futuramente a Colleen queira dar uma história para esse personagem.
No fim das contas, todo esse livro poderia ter sido um conto que cumpria o papel. Na verdade, ele poderia não existir mesmo.
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