Vivis 08/09/2022Um final digno de um trapaceiro!?Trapaceiro, trapaceiro
Roubou o sol por diversão
Irá mesmo cavalgá-lo?
Onde irá escondê-lo?
Lá na margem do rio!?
Olá praticantes de Livroterapia
Espero que estejam todos preparados pra uma resenha empolgada!
Pois eu acabei de ler O Reino dos Deuses, último livro da Trilogia Legado da autora mais que Crush NK Jemisin.
E assim como os dois primeiros livros eu amei!
Aliás, já temos resenhas de Os Cem Mil Reinos e Os Reinos Partidos, livro 1 e 2 aqui, para lerem basta clicar nas imagens abaixo:
?Mas espere, esse não é o começo de verdade. O tempo é irritante, mas fornece estrutura. Devo contar da maneira mortal? Tudo bem, então, linear. Devagaaaaar. Você precisa de contexto.
Começos...?
Vou começar falando da edição! Linda! Capa maravilhosa e com cores que soberbas, a edição segue o mesmo estilo dos primeiros livros e se complementam, e de todos os livros, foi a capa que para mim combinou mais com o personagem principal!
?Estou feliz. Mas ainda muito solitário.?
Para contextualizar a resenha falarei brevemente sobre os primeiros livros.
A história começa em Os Cem Mil Reinos, com Yeine, herdeira da família Arameri, que está no poder e controle dos Cem Mil Reinos, em uma trama que nos leva a conhecer o motivo do poder da família Arameri, e como isso gera sérias consequências aos longos dos séculos.
Eles se mantém no poder por terem o controle dos Enefas, Deuses aprisionados em corpos humanos e colocados como escravos da família pelo Deus Itempas, que eras atrás venceu a batalha contra Nahadoth, e o aprisionou assim como três dos filhos dele que ficaram ao lado do mesmo na guerra.
Quando Yeine, se reúne a esses deuses em Céu, a sede da família Arameri, um plano longo dos deuses é posto em andamento.
E são as consequências desse plano que acompanhamos no segundo livro da Trilogia, se passando por 10 anos após o primeiro livro temos agora a protagonista Oree Shoth, que se vê no meio de uma guerra entre os humanos e os deuses, sendo a responsável por salvar os destruir tudo.
Cada livro é um arco de história fechado, você pode ler o primeiro e sentir que tudo se encerrou bem, assim como ler o segundo livro, mas existe em ambos linhas que se conectam, tornando uma história rica e complexa.
O que nos leva ao terceiro livro e que finaliza a trilogia Legado, com uma passagem no tempo de mais de 200 anos após o final do segundo livro.
Temos Sieh, o Deus da infância (e trapaça), filho de Nahadoth, que após séculos foi aprisionado assim como seu pai, obrigada a fazer coisas abomináveis pelos Arameris (aqui deixa aviso de gatilhos: abuso infantil, pedofilia, violência em geral, não tem nada gráfico ou descrito com detalhes mas, como uma criança escravizada, é deixado claro, o quão ele sofre?) e que está vivendo sua recém liberdade lidando com seus traumas, mas acaba se envolvendo em uma trama que desafia sua essência infantil.
Ele conhece dois irmãos gêmeos, ambos herdeiros da família Arameri, que ainda está no poder, mas longe de ser poderosa como antigamente, e lidando com todos os povos que antes eles mantinham em rédeas curtas.
Shahar e Dekarta são os últimos dos Arameri, e rapidamente conectam com Sieh, este curioso sobre as crianças, mas ainda reticente. Está ?amizade? acaba por catalizar algo que nem os grandes deuses imaginariam ser possível, e forçam Sieh a se redescobrir, tudo isso revenerando por todos os Cem Mil Reinos, que está sob a mira de um novo e poderoso inimigo.
Então, não falarei mais da trama e sim da minha experiência de leitura!
?? Um verdadeiro amigo ? disse ela com gentileza e apenas um pouquinho de censura ? é algo a ser valorizado.?
Que foi magnífica! Eu amo como Jemisin cria seus universos, a trilogia Legado, é uma alta fantasia empolgante, com todo um universo criado, religião, povos, costumes e tradições diversas. E nessa história fantástica ela mescla temas tão importantes e reais: escravidão, exploração dos mais fracos, guerras étnicas, política etc.
e nos entregando personagens complexos, cheios de luz e trevas, heróis e vilões todos dentro dessa camada cinza que os torna reais mesmo dentro de um aspecto de fantasia.
Sieh, de longe foi o Deus que mais adorei desde o primeiro livro, suas ações e motivações tão puras e mesmo quando terríveis, uma resposta a sua essência e personalidade.
Amei que tenha sido ele o protagonista deste último arco e que me entregou surpresas! Sinceramente, não esperava o final! Apesar de logo ter intuído quem era o real inimigo deste último arco, fui surpreendida com o encerramento da história. Chorei e ri durante esta leitura.
?O que era uma cidade sem os seus habitantes? Era como a vida sem respirar ou a amizade sem o amor; qual era o sentido??
Indicado para todos que amam livros de alta fantasia, tramas inteligentes, reviravoltas e personagens capazes de nos fazer amá-los e também os odiar. Que gostam de histórias sobre amor, amizade, lealdade e o poder do perdão.
Espero que tenham gostado desta indicação e até a próxima.
Para resenha completa: http://www.eupraticolivroterapia.com.br/2022/09/o-reino-dos-deuses-trilogia-legado.html?m=1