Não fossem as sílabas do sábado

Não fossem as sílabas do sábado Mariana Salomão Carrara




Resenhas - Não fossem as sílabas do sábado


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Bookster Pedro Pacifico 20/10/2023

Não fossem as sílabas do sábado, de Mariana Salomão Carrara
A segunda obra que leio da jovem autora paulistana me confirmou o que venho dizendo há um tempo: Mariana Salomão Carrara é uma das mais promissoras autoras contemporâneas que temos. Gosto muito de sua capacidade de mergulhar nas emoções e relações humanas, sempre caminhando pelo tema do luto.

Em seu último romance, nos deparamos com uma premissa trágica e fora do comum: um homem se joga da janela de seu apartamento e acaba caindo em cima de seu vizinho. Era o instante errado. E se o vizinho tivesse demorado mais dois segundos para sair de casa, o destino seria outro? E se o banho tivesse sido mais longo? Essa pergunta sem resposta não evita o triste fato de que o acontecimento foi fatal. Um instante trágico que mudou e terminou com vidas.

E é a partir dessa tragédia que a história passa a a ser construída, conduzindo o foco para as duas viúvas. Duas mulheres que se vêm sozinhas sem aviso prévio. Até então apenas vizinhas, começa a surgir algum tipo de relação entre elas, sobretudo por conta da insistência de um dos lados. Uma amizade improvável e que terá futuro? E para completar essas relações, há uma nova vida que faz parte desse cenário. Uma criança, que agora precisa ser criada por uma mãe solo.

Em uma série de tentativas de recomeço, a autora constrói um romance criativo e profundo, que acaba sendo coroado pela sua escrita poética. Gostei muito da leitura e fico curioso com o que Mariana ainda produzirá para a literatura nacional. Para quem ficou interessado, além de ler o livro, tem um papo muito legal com a autora no meu podcast @dariaumlivropodcast.

Nota 9/10

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Gabriela.Leis 11/06/2024minha estante
Só eu não gostei?! Achei repetitivo, chato, queria tanto ter gostado, porque eu AMEI se Deus me chamar não vou. Mas ainda vou ler o outro livro dela!




diennifercb 17/04/2023

O tempo realmente dilui a memória?
Segundo livro que eu leio da autora, e particularmente senti muita dificuldade de me conectar com a escrita dela da primeira vez, mas tenho pouco a reclamar sobre a experiência com esse livro aqui, totalmente visceral. Trabalhar com a temática do luto não é fácil, sempre atinge o
público de maneiras muito diferentes, e nem sempre agrada, mas aqui temos um recorte muito interessante de como funciona a elaboração de um processo de enlutamento, e acho que a autora trouxe um proposta muito rica nessa obra, e executou com maestria. Eu amei as personagens, me envolvi de verdade com o enredo, e fiquei muito tocada pela história de ambas, por mais que a gente só tenha um ponto de vista nesse livro. Mas acho que, se eu fosse resumir, não diria que é um livro sobre luto ou morte, diria que é um livro sobre a vida, sobre o acaso da nossa existência, sobre como continuar (sobre)vivendo depois de uma experiência traumática, sobre como maternar depois de tantos atravessamentos devastadores da vida. É sobre amor, sobre tristeza, sobre infelicidade, sobre solidariedade, sobre abandono, sobre renascer.
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Marilia 29/08/2022

Maravilhoso; visceral; poético.
Ainda estou sem as palavras adequadas para comentar esse livro que me provocou tantas emoções, mas, não sei se um dia as terei, então comento com palavras imperfeitas.

Mariana tem um texto único. O curioso é que se alguém me descrevesse o ritmo do texto e os recursos utilizados pela autora, talvez eu não embarcasse nessa leitura.

Ainda bem que ninguém me descreveu e eu pude sentir esse livro por mim mesma. Não fossem as sílabas de sábado é um livro que parece ter sido ditado pelo fígado em um jorro de inevitável expulsão de dor, de ausência, de perda.

Fiquei pensando que algo semelhante deve ter passado à autora, tamanha a riqueza narrativa. Tanta riqueza que transborda os limites do livro e leva o leitor para dentro da casa e da vida de Ana, a narradora da história trágica que envolve dois homens: um suicida e um desavisado sem sorte que saía do prédio justo no momento do derradeiro voo. Ficamos também íntimos de Madalena e de Catarina, a filha que cresce no ventre da mãe viúva.

É um livro que causa reações físicas. Nó na garganta, frio na barriga, ranger de dentes. Mas também desperta sorrisos e, eventualmente, até uma risada mesmo.

É que Mariana escreve com uma fina e rica ironia que tempera o texto e o faz incomparável a qualquer outro. Sentimos a dor, sentimos a confusão, sentimos a solidão, sentimos a culpa, sentimos a raiva. Enfim, sentimos Ana integralmente a ponto de termos vontade de abraçá-la.

O livro acabou e eu queria mais. Queria saber da Madalena, queria acompanhar Catarina, queria as sílabas de domingo para seguir com elas.

O livro está favoritado e eu vou buscar ler tudo que Mariana já escreveu.

Caso não tenha ficado claro, eu recomendo mil vezes essa leitura que não é leve, mas pode ser doce.
Alê | @alexandrejjr 29/08/2022minha estante
OK, Marília, fui convencido. E gostei da trama. Ah, e vale ressaltar: obrigado por compartilhar teu sentimento a respeito do livro, ficou lindo!


Marilia 30/08/2022minha estante
Obrigada, Alê ??
Agora fiquei na responsa, mas confio que vais gostar!! Depois me conta.


samuca 30/08/2022minha estante
Eu estava curioso só pelo título, mas agora, depois dessa resenha só aumenta minha vontade de ler.


dani 30/08/2022minha estante
Resenha maravilhosa! Amo demais essa escritora. Já li "Se deus me chamar não vou" e estou lendo "É sempre a hora da nossa morte amém". Recomendo muito!


Marilia 31/08/2022minha estante
Depois que vocês lerem vou querer saber o que acharam ??


Bianca 28/01/2023minha estante
Acabei de ler e amei!!! Depois vou postar minha ?resenha? entre aspas porque não sou muito boa! Rss


Marilia 29/01/2023minha estante
Que legal, Bianca! Deixa de lado essas aspas, toda a resenha ajuda o leitor ?




Thais 10/12/2023

Impecável!
Uma mistura de Clarice Lispector com Carla Madeira. Literatura brasileira em seu melhor. O luto. A luta. Viver dói até os ossos.
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marina.siqueira 28/12/2023

Um livro essencialmente sobre o luto e sobre as relações femininas que brotaram de uma fatalidade. A escrita é bonita, poética, em fluxo de pensamento.
A história tem passo lento ? nem tem tanta história, na verdade ? e acompanha as repetitivas espirais de pensamento de Ana, bem reais ainda assim. É um livro que mostra a face das transformações, no decorrer de 13 anos, do luto, da maternidade e das amizades.
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samuca 16/10/2022

Um acidente incomum que marca a vida de Ana. Acidente esse que acaba provocando a morte de André, seu esposo, no mesmo dia que ela iria anunciar a primeira gravidez.

As profundezas do luto pela olhar dessa mulher que convive com a dor daquele que não volta mais, com as lembranças que a mente faz questão de recordar, com a imaginação que busca no ?e se? uma nova narrativa para o presente caso o marido não tivesse perdido a vida naquele dia.
Uma história para sentir a dor daqueles que perdem precocemente e de forma inesperada alguém que ama, nos dias que a morte chega sem pedir licença e nos obriga a tentar da continuidade a nossa passagem por esse mundo não mais ao lado de quem desejávamos ter por perto. O luto que sufoca, tira o chão, rouba a rotina e leva Ana seguir com as memórias recorrente do esposo ao lado em uma casa que parece estranha, pois para todos os lugares que olhe lembra dos momentos cotidiano com o Andre e a ausencia provoca uma sensação de não pertencem aquele lugar

Mariana e sua marca de escrever personagens humanos em todos os sentidos. De tirar o sossego com a potência de suas narrativa em seus livros. Um rebento de dor a ser vivido.
Marilia 16/10/2022minha estante
Esse livro ???


samuca 17/10/2022minha estante
incrível né, Marilia? Peguei tua recomendação e amei


Marilia 17/10/2022minha estante
Fico feliz, Samuca!! Realmente, Mariana tem um texto incrível ?


samuca 18/10/2022minha estante
É sim




Boneca sem manual 15/01/2024

Um livro lindo que me fez chorar na primeira página. Uma história muito sensível sobre luto, sobre maternidade, mas principalmente sobre duas mulheres se tornando amigas apesar de tudo que sugere que elas se odeiem.
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Flavinha 25/10/2022

"Em algum momento do voo vamos lembrar da janela que ficou aberta na sala dela, o vento das cortinas, as futuras chuvas encharcando o piso. Primeiro vai se desesperar, depois vai concluir que tudo bem, que aquela janela já emborcou tanta coisa para fora que qualquer água que trouxer não há de destruir mais nada."
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debinha 03/02/2024

é um livro de uma tristeza e depressão muito intensa.
em vários momentos eu me via mandando mensagem pro meu amado o proibindo de morrer, essa foi a intensidade que a tristeza da Ana fez eu sentir.
é incrivelmente bizarro como os sentimentos constantes de tristeza são muito empáticos. como quando Ana volta a trabalhar no escritório que fica com um clima de expectativa pelo momento em que ela pode desabar em lágrimas.
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mari.rsp 05/03/2024

"O luto é um poço cheio de egoísmos."
O luto é cruel e destrói quem passa por ele, pois demora muito tempo para aceitar e se recuperar.
Adorei o livro, muito lindo e real.
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Camila.Longa 25/04/2024

Arrebatador
Esse me bateu no fundo da alma. Talvez por eu ser mãe, não sei.
Eu o vejo como um livro sobre luto e sobre as relações humanas.
Emocionante.
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Lahdutra 15/02/2023

"não é que o tempo diminua a saudade, o que ele faz é diluir a memória"
Livro extremamente sensível, dolorido e poético sobre uma história de luto, de uma maternidade roubada pela dor, e muita coisa no meio disso tudo.

Segundo livro que leio da autora e termino fascinada pelo carregamento de emoção nas palavras.

Se você gosta de ler ~desgraceiras~ com histórias tristes, como eu, vai amar esse!
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Nanda 17/05/2023

As sílabas do sábado
Foi a minha terceira tentativa com a Mariana Salomão e, dessa vez, consegui ir até o final. Particularmente, este livro foi um gatilho muito forte. O luto não só é o tema principal da narrativa, como é possível sentir o sabor da dor de Ana.

Ana perde o marido André em um sábado qualquer. Miguel, um vizinho desconhecido, se jogou do seu andar e atingiu André no solo do condomínio. Um suicida e um assassino. É dessa forma que Ana encara a situação. No dia da morte do marido, Ana iria contar sobre a gravidez. Tudo caminhava bem.

Miguel, o homem que se suicidou, também era casado. A esposa era Madalena. Assim acompanhamos uma dinâmica familiar bem esquisita: Madalena sustentando Ana e ajudando a criar o bebê que nunca conheceu o pai.

A temática da maternidade aqui é um morde e assopra. Não é totalmente romantizada, mas também não é aquele desconstrução visceral. Ana e Madalena são viúvas complexas ? ligadas pelas sílabas daquele sábado de morte.
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Maira 24/04/2023

Ana, madalena, catarina ? andré, miguel
Não tenho palavras para a escrita da Mariana. Sério. Ela tem um poder de imersão tão grande que fico abismada. Foi assim também quando li ?É sempre a hora de nossa morte amém?, outra obra excelente e favorita da autora. Durante as páginas me vi com sentimentos conflitantes entre a raiva e a empatia/compreensão. A autora traz a vivência do luto de forma visceral e muito real, tanto é que ao longo da história me percebi também enlutada pelo trágico acontecimento.

Um livro difícil de ler, apesar das poucas páginas e de certa fluidez nas linhas. Uma história que nos remexe e que nos faz refletir sobre como seriam nossas atitudes em circunstâncias parecidas.
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Erica.Barone 06/05/2024

Melhor livro de ficção sobre luto que já li. A dor, a solidão, os vazios se tornem palpáveis na narrativa de Ana. Uma história triste, melancólica, mas muito bem contada.
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