Resenhas - Vou sumir quando a vela se apagar

Cherry 18/09/2022

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Apesar da cuidadosa pesquisa do autor a respeito da cultura árabe, e de uma boa evocação da época em que se passa, nada consegue mascarar seus personagens unilaterais e estereotipados.

Gabi 29/10/2023

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Eu não sabia o que esperar quando iniciei a leitura desse livro, mas o baque que eu levei foi maior que o salto que eu dei, PORQUE JESUS DO CÉU.
Esse romance meio ficção meio fantasia com várias doces de realidades doloridas, é tão completo e tem tantos personagens envolventes, que não dá pra parar de ler. O triste mesmo é que acaba.

aeviiin 10/12/2023

Um final talvez desnecessário
Eu fiquei muito curiosa sobre a história do Yacub, me conectei com as dores dele e a forma como a história foi contada, mas me frustrei com o final do livro, parece que roda jornada que ele fez foi em vão e que ele voltou pro mesmo ponto de que saiu.

Mari 23/12/2022

Nunca tinha lido nada desse autor, que é brasileiro mas também mestre em estudos árabes pela Universidade de Madri, e como jornalista já fez várias coberturas na Síria.
Esse livro então, foi uma inovação, uma ficção de estreia, mas retratou a imigração sírio-libanesa pro Brasil, e as sequelas do mandato francês na Síria e no Líbano com a delicadeza dos poetas, em um romance muito lindo sobre distância e saudade de casa; uma saudade que a gente nunca vai entender, claro.
Tudo bem que sou suspeita pra falar, porque a pegada da escrita brasileira já me fisga logo no começo, mas é mesmo inegável que a história, não só sobre distância, mas também o medo de vários possíveis futuros, a influência em si mesmo das próprias decisões, sobre São Paulo de 1930 e, principalmente, sobre religião, tem uma poesia muito forte, no estilo de ?Antes de nascer o mundo?, e o mesmo estilo de relação pessoa/natureza/campo espacial (quem gosta de ler Mia Couto pode ir forte).
Na história, uma dupla de amigos vive uma vida simples em uma vila, e quando um deles anuncia que vai embora, o outro começa uma sequência de sofrimento, sentimentos, medo e um luto antecipado, que depois vai se tornar um luto real. Eu particularmente gosto muito de livros sobre o luto, talvez por nunca ter passado por algo parecido, mas acho que esse em especial me tirou da minha zona de conforto. Realmente, não é um livro confortável, mas livros bons são exatamente esses, e o autor parece ter se comprometido com a ideia de relembrar que é preciso força também pra se ferir com as lembranças.
Um livro sobre a imigração dolorosa, e sobre a historia de ?uma Síria que também existe no Brasil?. BOM!
Procurando, aleatoriamente, algo que marquei, encontrei: ?Vendo Brutus sorrir, Yacub se enchia de uma impronunciável certeza de que habitava um mundo mais feliz do que o dos outros.?

Felibalex 03/10/2023

Um fogo que não queima
Na minha opinião o livro é muito fraco, lento e não consegue desenvolver nenhum personagem. Com tudo para poder entrar em uma terra fértil, fica capítulos e capítulos rodando sobre o mesmo tema e sem trazer nenhum ponto novo. Alguns momentos chegam a ser repetitivos e não acrescentam nada na história. Outros parecem estar ali apenas como um aceno a uma história lgbt. De todo modo, a história não agrada. O livro passaria tranquilamente como esquecível. Uma pena.

Rê Lima 10/02/2023

Gostei muito da narrativa do livro, dos personagens, da história em si, mas queria uma definição mais feliz para o protagonista.

Felipe 19/09/2023

Escrita impecável
Vocês se odeiam? Temos uma obra de arte aqui é ngm tá dando atenção?

A escrita aqui é muito boa, LEIAM

Planells 12/08/2023

Quem nunca amou em silêncio e perdeu um grande amor?
Um livro que trasmite uma profunda tristeza e vazio a traves da jornada de seu personagem principal; é como se a dor e o vazio que ele sentisse fosse palpável. A mensagem do livro é concisa, nele o autor narra sobre a migração de sírios e libaneses ao Brasil em busca de um futuro melhor longe de sua terra e cultura, longe de seus parentes aos quais, provavelmente, nunca voltarão a ver e a terra que nunca voltarão a pisar. A historia também aborda sentimentos de luto, de perda, de escolhas dolorosas e de amar em silêncio.

Uma das minhas passagens favoritas: ?Vejo você chorar de noite, cobrindo a boca com a mão. Vejo você chorar mesmo quando não está chorando. E você não vê que eu também choro.?

Day 14/02/2024

Iniciei a leitura sem saber muito sobre o que a história se tratava, porque optei por não ler a sinopse completamente, então foi um misto de estranhamento com surpresa ver que o personagem principal seria Yacub.
Demorei um pouco a me conectar com a história, mas quando ela começa a ser narrada no Brasil, fui compreendendo melhor as dores de Yacub e dos que estavam à sua volta. Algumas coisas me incomodaram, como a facilidade em encontrar o tio Mikhail e até mesmo Jurj, mas esse último dá pra relevar.
Acho que a parte do realismo mágico poderia ser melhor construída para que as cenas finais fossem mais críveis.
Não gostei muito do final, talvez pela falta de construção do realismo mágico e do jinni em si, tudo acontece "porque eu quero" e o leitor fica "então tá bom", e é isso. A escolha de Yacub não me surpreendeu, mas queria a outra, não vou negar.
Enfim, o livro interesante com algumas coisas que me perderam ao longo da história, mas que tem um potencial muito grande e de leitura bem fluida. Lerei outros livros do autor

Jediel.Santos 01/01/2024

A vela se apagou
'Vou sumir quando a vela se apagar' retrata, de uma maneira envolvente, os sentimentos de um homem cujo mundos se colidem e se afastam simultaneamente o tempo todo. Acompanhar a montanha de sentimentos que Yacub precisa enfrentar ao longo da história e sua incansável busca por entender o porquê das coisas acontecerem do jeito que aconteceram é o que torna esse livro tão sensacional.

a.s.a. 16/06/2023

Vou Sumir Quando A Vela Se Apagar - Diogo Bercito
Narrado durante a ocupação francesa na Siria, o livro narra a historia de Yacub, um jovem apaixonado pela sua terra e origem, e Butrus, que almeja imigrar para o Brasil em busca de riquezas. A trama narra a descoberta amorosa dos dois em meio a tardes de sol e cigarros compartilhados.

Cercado de crenças passadas pelos mais velhos, Yacub acredita que dentro de um poço lacrado no quintal de uma casa abandonada vive um jinn, mas Butrus não acredita em lendas e em um fim de tarde, abre o poço e o "liberta". A partir desse momento, tudo na vida dos dois jovens desanda e após uma serie de acontecimentos inesperados, Yacub acaba partindo para o Brasil para fujir da culpa que o corrói e descobrir porque nos ultimos dias sempre tem sonhado com o Jinn.

Deixando tudo que mais ama para trás e chegando num pais completamente desconhecido, acaba conhecendo um jovem vindo do Líbano chamado Jurj onde passam a dividir casa e descobertas pelo novo mundo. Porem ambos trazem seus segredos bem guardados.

Dividido em três partes: na primeira a relaçâo de Yacub com sua terra, as conversas sobre o Exército Francês e as humilhações sofridas pelo povo, as cartas lidas de parentes há muito no Brasil falando sobre riquezas atiçam o desejo de Butrus de experenciar essa nova possibilidade. A segunda parte com yacub vindo ao Brasil e descobrindo todo um novo mundo ao lado de Jurj, junto com a revelação de que pode amar outra vez, ao mesmo tempo que toda riqueza prometida era apenas ouro de tolo. Já na terceira, quando Yacub se torna caixeiro viajante, como muitos outros sirios, e parte finalmente em busca do Jinn e todas as respostas e o encontro final se desabrocha como o mais belo realismo mágico que um autor tenha escrito nestes ultimos anos.

O autor consegue um texto poético, melancólico, claustrofobico e extremamente introspectivo. A sensação final é a fidelidade a um amor puro e tristemente não vivido. Detalhe especial para a capa de onde podemos sentir todo calor emanado nas aparições do Jinn. Estreia sensacional de Diogo Bercito na ficção.

julianii 06/09/2023

é um livro melancólico e sensível. achei bem ambientado e gostei da escrita. senti falta de alguma coisa que eu não sei exatamente oq?? mas no geral é um bom livro

@tatysturnick 04/06/2023

Não esperava nada.. Ganhei tudo!
É uma obra que nos leva a refletir sobre questões fundamentais da vida. O livro mergulha em temas como identidade, confiança e busca pela felicidade, através de uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas.

Apesar dessa busca, este é um livro muito triste e repleto de camadas, que a cada uma você se sente mais ligado aos personagens complexos e sentindo suas dores de forma tão única, que te faz refletir sobre as próprias nuances da vida.

A escrita pode ser difícil no começo, mas logo você se vê envolto e totalmente transportado para o mundo que ele propõe, que é capaz de sentir o cheiro do suor e imerso na cultura (na qual o autor faz com maestria a junção de gestos com a cultura Síria).

Afinal, quem consegue descrever a morte com essas palavras, te deixa totalmente preso em qualquer ato.. "Butrus fora embora. Não para o Brasil, mas para aquela escuridão da qual ninguém volta, ninguém manda cartas. Ninguém enriquece."

É um livro que eu não esperava nada, mas que entregou tudo e mais um pouco. Um livro que não precisou descrever todos os sentimentos envolvidos, você consegue sentir e identificar em um único "ele sorriu". Ali, você consegue sentir as quinhentas e uma sensações que vem com essa simples frase, sem precisar-lhe acrescentar mais nada.

Este livro é uma escolha certa para aqueles que buscam uma experiência literária que vai além do entretenimento superficial.

Recomendo um milhão de vezes.

Nilsonln 21/01/2024

Não leia a sinopse
Antes de mais nada, melhor não ler a sinopse de "Vou sumir quando a vela se apagar", pois ela entrega demais a história que está por vir.

Conselho dado, posso dizer que amei o livro, a história, os personagens e a escrita deste romance homoafetivo tão lindo e peculiar. Tomara que o autor lance logo outro livro, vou adorar ler!

Gostei da leitura? AMEI
Valeu o tempo dispendido? SIM
Quero ler mais do autor? SIM
Recomendo a leitura? SIM

Isabella.Vendramin 12/03/2023

Gostei, só queria que tivesse mais kkkkkk
queria muito saber o que tinha na carta do Jurj e quando ela foi queimada eu fiquei sem acreditar ? e Yacub podia só não ter ido atrás do Jinni ? estava torcendo tanto pro Jurj e ele ficarem juntos